Cartas na mesa (12)

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A primeira coisa que Paul notou ao acordar foi o calor.

Sua mente estava confusa, todos os detalhes não estavam exatamente no lugar certo, mas ele sabia que o calor era um forte contraste com o frio gelado que havia experimentado antes de sucumbir à escuridão.

"Paul?" Uma voz profunda veio ao lado dele.

Paul forçou as pálpebras abertas, atraído pela voz antes de reconhecer a quem pertencia. Daryl estava sentado ao lado de sua cama. Se ele estivesse certo, eles estavam na enfermaria de Hilltop. Ele não se lembrava de ter voltado para casa. Tudo estava fora de foco.

"Ei," Daryl disse suavemente, seus olhos abaixados como costumavam ser.

Sua presença era como um bálsamo calmante sobre uma queimadura. Paul ficou surpreso com a profundidade do sentimento. "Ei," ele resmungou, sua garganta seca.

"Você quer um pouco de água?" Daryl perguntou.

Paul assentiu, grato quando Daryl o ajudou a sentar e dar alguns goles. "Obrigada."

Daryl colocou a xícara na mesinha de cabeceira. "Você se lembra do que aconteceu?"

"A maior parte", respondeu Paul. Seu ombro latejava, mas a falta de rigidez lhe disse que havia sido recolocado. A ferida em suas costelas estava apertada e dolorida. Com toda a honestidade, ele se sentia uma merda. "Todo mundo voltou bem?"

Quanto mais tempo ele estava acordado, mais a sequência de eventos se consolidava em sua mente. A emboscada, sendo agarrado por um Salvador, a lâmina cortando-o, correndo para as árvores para se proteger. Frio. Ele estava tão frio.

Daryl olhou para ele com uma expressão ilegível. "Sim. Jerry e Rick tiveram uma concussão. A perna de Becca vai ficar bem.

Alívio o percorreu. "Bom. Qual é o meu tempo de recuperação?"

"Alex disse que você deve ficar bem. Ele ajustou seu ombro, costurou seu ferimento de faca. Você teve sorte." Daryl mordeu o lábio, balançando a cabeça. "Por que diabos você fez isso?"

A raiva em sua voz levou Paul de volta. "Eu... eu tive que fazer. Não deu tempo".

"Você deveria ter esperado que eu voltasse."

Paul franziu a testa para ele. "Como eu poderia saber quando você voltaria?" Ele se lembrou de sua preocupação de que algo tivesse acontecido com Daryl. Seu tom endureceu quando ele pensou nos pensamentos sombrios que o perseguiram constantemente nos últimos dias. "Você poderia estar morto por tudo que eu sabia."

"Eu estava por perto", disse Daryl com desdém, irritando-o. Típico Daryl Dixon.

"Evidentemente não perto o suficiente para saber que estávamos voltando para o armazém", rebateu Paul. Ele suspirou. "Obrigado por me encontrar, Daryl, mas se você vai ser um idiota, não estou a fim."

"Isso não é.." Daryl balançou a cabeça novamente. "Eu não estou tentando ser. Eu estava muito preocupado, Paul. E culpado porque deveria estar com você. Em vez disso, eu estava de mau humor lá fora. Havia nojo em seu rosto, do tipo que era direcionado para dentro. "Eu sinto Muito. Se você quer que eu vá, eu vou."

Era instinto rejeitar isso em um instante. "Não," ele disse, encontrando a mão de Daryl, unindo seus dedos. O contato íntimo era exatamente o que ele precisava. "Fique. Senti a sua falta."

Daryl trouxe suas mãos entrelaçadas até a boca, pressionando um beijo nas costas da mão de Paul. "Senti sua falta também. Quando eles voltaram sem você, quase perdi a cabeça.

E agora? (Deryl Dixon e Jesus)Onde histórias criam vida. Descubra agora