A Enfermaria (26)

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No caminho de volta para a enfermaria, Daryl esbarrou em Rick. Eles trocaram algumas palavras antes de Rick sair correndo, dizendo a Daryl que ele e alguns dos outros estavam fazendo uma varredura em Alexandria. Entre os salvadores e os caminhantes que haviam rompido os caminhos, havia toda a possibilidade de que houvesse mais à espreita.

Daryl perguntou se havia alguma notícia sobre Paul, pois Eugene disse a ele que Rick havia levado Rosita para a enfermaria. Ele nunca chegou lá. Gabriel se ofereceu para levá-la para que Rick estivesse livre para caçar o último dos salvadores, então ele não tinha ideia se Paul ainda estava vivo.

Ainda segurando o bebê, Daryl forçou suas pernas a se moverem. Eles pararam a centímetros da porta. Ele estava parado a alguns metros da porta da enfermaria por uns bons cinco minutos, repreendendo-se por ter saído em primeiro lugar. Apavorado demais para esperar que Paul se recuperasse.

No momento em que entrasse, ele saberia o que seu futuro reservava. Paul ou um abismo de desesperança e tristeza. Ele estava inclinado para o último porque a vida raramente seguia seu caminho.

O bebê se agitou, chamando sua atenção. Balançando um pouco, o movimento o informou que seu corpo estava prestes a desligar. Seu sistema era uma fiação de feno, pavor saturando cada célula. Agora que a ameaça havia sido neutralizada, não havia nada para distraí-lo do fato de que Paul poderia morrer. Já poderia estar morto, pelo que sabia, porque estava com muito medo de ficar por perto para descobrir

Ele era um fodido, sempre tomando as decisões erradas. Decolando quando a merda ficou difícil. Paul merecia mais do que isso dele. O problema era que ele não sabia como processar o que havia acontecido. Ele finalmente se permitiu amar alguém e Daryl já poderia tê-lo perdido.

Não havia sentido nisso. De que adiantava tentar construir uma vida se em um único momento ela poderia desmoronar? De certa forma, era mais fácil quando ele era um solitário, quando podia contar nos dedos de uma mão o número de pessoas com quem se importava. Então ele não teria que assistir todos eles morrerem.

Convencido de que Paul havia partido, ele pensou que poderia muito bem continuar com isso. Seja atingido com a notícia, então ele vai embora. Lidar com isso longe de todos os outros. Não havia como ele ficar se Paul estivesse morto.

Quando ele entrou na enfermaria, Rosita estava deitada na cama, a perna apoiada sob uma pilha de travesseiros. "Siddiq," ela chamou assim que viu Daryl e o bebê.

Siddiq dobrou a esquina, aparecendo, preocupação irradiando dele. "Jackson", disse ele, com os olhos no bebê. Eles mudaram para Daryl quando ele pegou o garoto em seus braços, verificando-o. "Onde está Jenny, a mãe dele?"

"Morta," Daryl resmungou.

Siddiq suspirou, fechando os olhos. "Vou encontrar um lugar para colocá-lo para dormir. O namorado de Jenny foi morto alguns meses antes do bebê nascer.

Então o garoto cresceria sem os pais, Daryl pensou, a exaustão caindo sobre ele. Ele não sabia o que dizer sobre isso, então ele não disse nada. Siddiq lançou-lhe um olhar estranho. "Jesus está na outra sala. Ele ainda está inconsciente no momento, mas espero que acorde nas próximas horas. A bala passou direto, então eu o fechei.

A cabeça de Daryl se ergueu, o estômago revirando. "Ele está vivo?"

A expressão de Siddiq se suavizou. "Sim," ele confirmou. "Ele vai ficar dolorido, mas, pelo que sei, não haverá nenhum dano permanente."

Daryl engoliu em seco. "Ele realmente está vivo?"

Siddiq assentiu. "Sim. Você deveria ir e sentar com ele antes de cair. Precisas de descansar. Se ele acordar, provavelmente ficará por perto por alguns minutos. Seu corpo precisa se recuperar, então não se preocupe se ele voltar a dormir rapidamente. Venha me buscar se tiver alguma preocupação, mas ele deve ficar bem.

E agora? (Deryl Dixon e Jesus)Onde histórias criam vida. Descubra agora