Uma decisão monumental (28)

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Duas semanas após o ataque, Paul estava se sentindo mais como antes. Ele não era o tipo de homem que ficava sentado de braços cruzados, gostava de ser produtivo. Além disso, neste mundo, você tinha que ser. Era isso ou morrer. Acima de tudo, ele estava entediado pra caralho. Claro, ele tinha livros para mantê-lo ocupado, mas ficar preso em casa começou a irritar seus nervos no segundo dia.

Daryl tentou ficar por perto, mas os reparos na cidade estavam em andamento e ele era necessário em outro lugar. Quando ele voltou para casa, estava exausto, então Paul se sentiu mal por falar demais.

Tudo isso havia mudado esta manhã. Siddiq deu a ele um exame rápido e deu-lhe tudo claro. Tipo de. Ele não deveria fazer nada muito extenuante. Ele tinha visto Daryl se concentrar naquele comentário e tinha certeza de que seria levantado no momento em que fizesse algo para o qual Daryl achava que não estava pronto.

Agora que ele experimentou Daryl no modo 'babá' completo quando ele se machucou, ele não estava ansioso para repetir.

Ainda assim, nada poderia estragar seu bom humor. O sol estava brilhando. Quase não havia calor irradiando dele, mas Paul aceitaria. Era a primeira vez que ele dava um passeio ao ar livre em semanas. Tyr estava um pouco à frente dele, absorvendo a atenção que os transeuntes lhe davam.

Ele estava a caminho para ver Jackson.

Daryl visitava Jackson diariamente, atualizando Paul sobre todas as coisas fofas que ele estava fazendo. O bebê havia sido acolhido temporariamente por um casal mais velho, pois Siddiq estava ocupado com outras responsabilidades. Daryl disse a ele com uma carranca que o casal estava pensando em torná-lo permanente.

Era impossível perder a conexão que Daryl formou com a criança. Paul tinha certeza de que, se estivesse sozinho, já o teria adotado. Paul estava aberto a ter uma conversa sobre isso - mais do que - mas Daryl estava de boca fechada, nem uma vez mencionando a possibilidade de eles o adotarem.

Então ele não sabia o que pensar.

Ele poderia simplesmente perguntar a Daryl o que estava acontecendo naquela cabeça dele, mas não queria assustá-lo se não tivesse pensado nisso. Paul tinha pensado muito sobre isso. Especialmente depois da conversa quando Daryl estava observando Judith.

A parte racional de seu cérebro lhe dizia que assumir Jackson como seu próprio significaria pular cem etapas em seu relacionamento. O problema era que toda vez que ouvia Daryl falar sobre ele, via o amor estampado em seu rosto. E o mundo nem sempre esperava até que você estivesse pronto para lhe dar um presente.

Apesar dos eventos recentes que os colocaram de costas, ele e Daryl foram sobreviventes. Eles poderiam proteger um ao outro e a uma criança. Jackson teria uma boa chance com eles. Uma boa vida.

Mesmo que não o acolhessem, Paul queria conhecê-lo e fazer parte de sua vida. Daryl era um caso perdido para o garotinho, o que significava que eles estariam em sua vida de alguma forma. Graças aos ferimentos, ele estava atrasado na ligação.

Daryl não sabia que ele estava indo para lá. Ele pediu a Michonne para cobri-lo, explicando a situação. Algo estava dizendo a ele que ele tinha que ter aquela reunião inicial por conta própria. Antes de ter a conversa com Daryl, ele queria ter certeza de que queria prosseguir com isso. Ele tinha certeza de que, no momento em que colocasse os olhos no menino, ele cairia com força.

Sarah e Jake abriram a porta quando ele bateu. O casal estava na casa dos cinquenta, ele supôs. Dizia-se que eles haviam sido namorados no ensino médio. Paul não podia imaginar; embora não por falta de querer. Eles tiveram muita sorte ou lutaram muito para permanecerem juntos e vivos em tudo.

E agora? (Deryl Dixon e Jesus)Onde histórias criam vida. Descubra agora