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Brooklyn Baker

Uma semana.
Faz uma semana que meus pais estão no hospital, que eu não como e nem durmo direito, que eu não tenho vontade pra nada e que meu psicológico foi muito afetado.
Eu só estou conseguindo existir porque minha tia e meus amigos não me deixaram sozinha, estão o tempo todo comigo.

Hoje é sábado e eu acabo de chegar no meu apartamento. Deixo as bolsas e sacolas que eu segurava em cima da mesa e me apoio nela.
Essa semana inteira eu fiquei na casa da minha tia, ela é uma das melhores pessoas desse mundo.
Tia Rouse é irmã mais nova da minha mãe, ela e minha mãe não se dão tão bem pois minha tia sabe dos maltratos e sempre repudiou isso.
Ela é a melhor pessoa da família com certeza.

Guardo os alimentos e descarto as sacolas, indo agora com as bolsas para o meu quarto. Tiro as coisas e coloco-as em seus devidos lugares, tudo organizado.
Sento na cama e observo meu quarto, que não é pequeno, na verdade é grande e confortável. As paredes são no tom cinza claro, a cama é de casal, fica bem no meio do quarto, não tem closet mas tem araras já com cabides.

Até que enfim tenho meu lar.

Escuto o toque do meu celular e levanto indo procurar.
Pego ele em cima da penteadeira e atendo a ligação.

E então recebo uma ótima notícia. Meus pais receberam alta. Fecho os olhos e respiro fundo contendo o choro.
Encerro a ligação feliz e mando mensagem no grupo que tenho com o pessoal.

Uma busina alta soa e eu pego meu celular e saio do apartamento, trancando a porta e descendo de elevador.

Passo pelos portões e chego a rua, onde meu tio por parte de pai me espera com seu carro.

- oi tio – sorrio pra ele

Ele da um beijo no topo da minha cabeça e espera eu me sentar para dar partida.

- está com fome? – ele pergunta

- não – digo – a pouco comi brownie

- ah, ok então! – ele diz e segue o caminho – está ansiosa?

- sim, parece que não vejo eles a anos – digo com sinceridade

Ele ri com o nariz e balança a cabeça negativamente.

Em poucos minutos estamos no hospital.
Meu tio desce do carro e logo volta, acompanhando meus pais.
Meu pai está com o pé engessado com uma expressão séria, ele tem grandes e escuras olheiras abaixo dos olhos.
Minha mãe tem um braço enfaixado e um curativo na testa, sua feição está igual a do meu pai.
Desço do carro e meus olhos enchem de água por encarar eles vivos.

- pai, mãe – falo e uma lágrima solitária rola pelo meu rosto

Eles me abraçam e entram no carro.
O clima está pesado.

Continuo no banco do passageiro e meu tio da partida no carro, indo em direção a casa dos meus pais.

Decido ficar.
Minha avó está aqui para ajudar, mas eu não sei se ela dará conta de tudo.

Ajudo meu pai a descer, meu tio se despede e nós adentramos a casa, que está toda arrumada.

Eu vim aqui arrumar a uns dias atrás.

Thompson Onde histórias criam vida. Descubra agora