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Audrey Thompson

Acabo de chegar na escola, ainda estou meio sonolenta, corro o risco de dormir no meio da aula.

- cê tá dormindo ainda, né – Oliver aparece andando ao meu lado

- bom dia pra você também, Müller – digo com preguiça – e respondendo, sim, estou dormindo ainda

- percebi – ele fala – quer um energético?

- não precisa – falo

Na verdade, energético só me dá mais sono.

- tem certeza? – insiste

- sim, energético me deixa com sono – falo e ele ri

- tá bom então, vou para o quarto, até jaja – fala bagunçando meu cabelo

Sai aindando no meio do povo. Eu me esforço para abrir os olhos e procurar o caminho do meu quarto, são uns minutos até achar.

Abro a porta, entro e me jogo na cama.

- que sono é esse Drey?– Sam pergunta saindo do banheiro

Dou de ombros.

Brook que está sentada em sua cama começa a contar o que ela tá achando sobre morar sozinha e tal, conta que já conheceu alguns vizinhos e está gostando de lá.
Eu fico tão feliz por esse avanço dela.

O sinal toca e somos obrigadas a ir para a aula.
Pelo menos são aulas que eu gosto.
Entro e me sento na carteira, esperando a professora começar.

[...]

Estamos na aula de artes, o professor acaba de pedir para fazermos uma pintura, não pediu nada em específico, só disse para deixarmos nossa criatividade fluir. A única coisa que veio a minha mente foi a mudança pela qual eu passei, foi a minha chegada nesse colégio.
Então começo a pintar isso, algo que faz sentido só na minha cabeça. Após alguns minutos, mostro ao professor, que fica um tempo olhando sem dizer nada. Logo ele cola um adesivo com o número dez no cavalete, sorrio pra ele.
Fico andando pela sala olhando as pinturas alheias até tocar o sinal.
As meninas me puxam para o refeitório e em alguns segundos já estamos na nossa mesa.

- fofoca boa – Aaron chega com os meninos – dois caras do basquete estão se enfrentando agora lá fora

Levantamos da mesa no mesmo segundo.

- e – Logan chega correndo – é porque tem uma garota grávida, e os dois estão dizendo que é o pai

Sorrio satisfeita com a fofoca e corro em direção a porta, chegando a área externa. Encontro um formigueiro de gente, e uma roda formada mais pra dentro, mas nós não conseguimos chegar até lá.

Estava tentando passar pela multidão mas perco toda a estabilidade quando sinto mãos na minha cintura que conheço bem.
Demoro alguns segundos para me recompor.

- você é uma fofoqueira de mão cheia né, Thompson – ele diz no meu ouvido

- sou comentadora – o corrijo e ele ri

- sabe quem é a menina? – pergunta

Viro de frente pra ele.

- quem? – respondo com outra pergunta

- Stefany – diz e eu arregalo os olhos levando a mão até a boca

Ela é líder de torcida.

- nossa – falo em choque – e quem são os meninos?

Thompson Onde histórias criam vida. Descubra agora