Chuva de Estrelas · LuAr

Invasão

            Já estavam no solo de Los Angels quando o carro de Arthur começou a dar os primeiros sinais de problemas. Não era um carro novo, comprou-o com o dinheiro que ganhou quando trabalhava num bar perto da praia. Arthur esperava não ser nada de grave, sem carro como é que iriam continuar a viagem?

            Problemas à parte. Estavam a passar nas mais famosas ruas da cidade, aquelas onde tem as estrelinhas com nome dos maiores atores, músicos, etc. no chão.

- Olha, estou em cima do Tom Cruise!  - Dizia a Lua toda animada.

- Um dia ainda vais ter uma estrela aqui. – Disse Arthur e Lua riu deste.

- Sim, a minha vai estar ao lado da tua e elas as duas vão ofuscar todas as outras. – Riu logo de seguida.

- Eu não sei porquê que estás a rir. Isso vai mesmo acontecer, Lua!

- Sim Arthur, vai acontecer quando me mostrares o desenho que fizeste de mim, que por este andar, será nunca.

- Eu disse que ia te desenhar, não que ia te mostrar.

- Ok, não insisto mais.

- Estás com fome? – Lua acenou com a cabeça, dizendo que sim.

            Compraram dois burritos a um vendedor de rua e continuaram a andar.

- Aquelas carrinhas vão dar a volta à cidade?

- Sim, eu adoraria ir, mas são muito caras só para dar uma volta. – Disse Arthur.

            Lua nem ouviu o que Arthur disse, meteu-se entre a pequena multidão que estava para entrar na carrinha e entrou à socapa, Arthur foi atrás dela e fez o mesmo.         

- És louca?

- Faz ar de quem é rico. – Disse Lua ponto de seguida os seus óculos de sol na ponta do nariz e cruzando a perna.

- Lua, nós não temos bilhete, eles vão ver e...

- E depois fugimos – Disse ela interrompendo-o

- Lua?! És mesmo tu? – Perguntou Arthur admirado com o que a pequena acabara de dizer. Ela sorriu.

            A carrinha arrancou e uma mulher que não parava de sorrir começou a guiar a viagem, dizendo todos os pontos importantes por onde passavam.

- E esta é a casa de um grande pintor, conhecem o Ansel Teller? – Perguntava a mulher.

- Arthur, é o Teller! É a casa dele! – Dizia Lua entusiasmada. – Podemos ir lá? Eu quero falar com ele.

- Duvido que ele vá nos receber. – Disse Arthur.

- Eu sei que não somos ricos muito menos famosos, mas podemos tentar.

- Não é isso Lua. A casa dele está à venda, vês o letreiro? – Disse apontando – Ele não está cá. – Lua ficou desanimada e como de sempre isso via-se no seu rosto. Ficou como se fosse um bebé a quem o tinham tirado um doce. – Mas podemos vê-la mais perto. – Arthur tentava consolá-la.

- Tudo bem.

            Mandaram parar a carrinha e saíram, ninguém deu pela falta dos bilhetes deles. Andaram um pouco até estarem diante dos grandes portões de ferro da casa do Teller. Lua olhava para dentro da vedação, a casa era enorme e tinha um bonito jardim à sua volta, já para não falar da grande piscina.

- Um dia ainda vou viver numa casa assim.

- Ai vais? Não te esqueças de me convidar para fazermos um churrasco.

- Está descansado, serás o meu primeiro convidado. - Ela sorriu. – Vamos embora?

 - Sim, não estamos cá a fazer nada.

            Arthur foi ter a ela calmamente e enquanto andava, tentou abrir a porta puxando para baixo o puxador da porta.

- Seria uma pena se... - Lua vira-se para trás, Arthur estava dentro da mansão do Teller.

- Arthur! – Gritou, coçou os olhos e gritou de novo indo em direção a ele.

- Estava aberto.

- Eu estou dentro da casa dele! – Gritava

- Vem, vamos ver o que tem aqui.

- Eu não sei...

- Tu entraste numa carrinha sem bilhete e agora não queres explorar o jardim do teu mais que tudo?

- Não é correto, estamos a invadir a privacidade dele.

- Ele nem está aqui, Lua.

- Ok, mas se formos para a prisão eu vou dizer que a culpa foi tua.

            Correram pelo jardim dele, Lua tentava apanhar Arthur mas este era muito mais rápido que ela, então ela acabou por desistir.

Foram para perto da piscina, Arthur estava sentado com os pés na água e Lua estava em pé, subitamente teve a brilhante ideia de jogá-lo para dentro da piscina, o que teria sido uma boa partida se ele não tivesse agarrado no braço de Lua, os dois caíram na água.

- Louca! – Disse ele jogando água nela.

- Para Arthur. – Dizia ela a rir.

            Arthur nadou até ela e agarrou-a em seus braços.

- Agora tu és só minha.

- Sou só tua. – Ela sorriu e o mundo dele parou.

Hey, como vão?

Provavelmente querem matar-me por não postar à tanto tempo, é que agora estou com muitos testes por isso não deu tempo.

O que acharam deste capítulo?

Obrigado pelos votos e comentários. Postarei brevemente. Kiss!