Assassina

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Descemos do trem e ficamos paradas, não sabíamos para onde ir.

- E agora Anne? Para onde vamos?

- Bom, eu não sei - ela diz isso e quando eu ia falar, chega um homem do nada.

- Senhoritas! Por aqui por favor - fala ele, sorrindo.

- Quem é você? - perguntou Anne.

- Vim buscá-las.

- Quem te mandou? - perguntei.

- A família de vocês, é claro. Por aqui, mocinhas - diz o moço já pegando em nossos braços.

- A nossa família? - questionou Anne.

- Me mandaram buscar e levar vocês para casa. Chegaremos logo - foi nessa parte que eu entendi tudo e pelo jeito Anne também.

- Solta a gente!

- Rápido, se apressem. Eu tenho doces deliciosos para a gente nessa viagem - eu já estava começando a ficar com medo.

- Afaste-se da gente! - Anne pegou em minha mão e começamos a correr. Ele correu atrás da gente, mas desistiu logo depois.

{...}

Corremos tanto que eu nem sabia onde estávamos.

Eu já estava cansada, com vontade de usar o banheiro e com fome, não aguentava mais andar e já estava ficando tarde.

Chegamos em um lugar com navio. Anne deu alguma coisa para o moço que provavelmente eram as passagens e entramos no navio.

Nós nos sentamos em uma parte onde não tem ninguém.

Já estava ficando frio, então Anne abriu sua bolsa e pegou um cachecol e o fez de cobertor, então eu fiz o mesmo e acabei dormindo.

Eu acabei acordando com o barulho de pessoas saindo do navio e percebi que chegamos.

- Anne, acorde, nós chegamos - falei, sacudindo-a.

- Mas já?

- Sim, e é melhor irmos logo porque está de noite e pode ser perigoso.

- Você tem razão, vamos então.
Depois de sair do navio começamos a caminhar até o orfanato, ainda bem que não era tão longe assim.

Paramos na entrada.

- Bom, chegamos - anunciei totalmente desanimada, mas Anne parecia pior que eu.

Fomos até a porta, mas nenhuma de nós duas conseguimos bater nela.

Parece que toda a lembrança passou pela minha cabeça e na de Anne.

Flashback on

Eu estava colocando meu pijama para dormir quando eu ouvi as meninas entrando no quarto.

- A Anne é uma idiota! Por que ela tem que ser tão estranha? - a menina falou e todo mundo começou a rir, até ela me ver - A Estranha Dois já vai dormir? - continuei colocando meu pijama - Qual é o seu problema? O gato comeu a sua língua? - todas no quarto começaram a rir.

Olhei para ela, mas não respondi, ela faz isso desde que eu entrei. Fica fazendo piada com a minha aparência e o porquê eu vim para aqui. Eu já me acostumei. O pior é quando ela fala que a culpa por eu estar aqui é minha. Eu acabei contando a minha história para uma garota e ela acabou contando para todas as meninas.

- Como consegue dormir sabendo que alguém morreu por sua culpa? Deve ser difícil - quando ela fala isso o choro veio na garganta, porém eu segurei, eu sempre seguro.

I HATE THAT FRENCH BOYOnde histórias criam vida. Descubra agora