☾ | Uma noite em Inazuma

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A noite chegou bem rápido, a lua já estava visível no céu iluminando a janela do meu quarto

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A noite chegou bem rápido, a lua já estava visível no céu iluminando a janela do meu quarto. Eu estava 'pendurada' no batente observando o cenário de Inazuma, a cidade era linda, cada árvore tinha sua beleza própria, as flores caíam constantemente como no jogo, mas eram ainda mais belas ao vivo. Eu poderia facilmente me acostumar com esse lugar, se eu ao menos não fosse uma refugiada...

Ouvi alguns passos se aproximarem do quarto e quando pararam na porta eu me virei.

- Está com fome? - Era Thoma, estava com uma feição agradável encostado na porta.

- Estou... - Sorri para ele de volta.

- Vem comigo, vou fazer algo pra você. - Segui Thoma até a bancada do hall onde ele pegou alguns ingredientes. - Do que você gosta?

- ah...eu não sei bem...

- Como assim? Todo mundo gosta de alguma coisa, ensopado, caranguejo, lamen, espetinho. Pode escolher o que quiser eu sei fazer de tudo.

- Ah Thoma, como eu falo isso...err eu nunca comi nada disso.

- NADA? - Thoma bateu as mãos no balcão impressionado. - Ah não, hoje você vai provar tudo!

- Tudo?? Acho que não aguento comer tudo isso. - Eu ri da sua atitude.

- Não tem problema, eu te ajudo a comer. Vamos ver, temos salmão, caranguejo, olha só tem mistura pra ensopado aqui, ótimo... - Thoma começou a separar os ingredientes, ele colocou um avental de cozinha que ficava até pequeno em seu corpo.

Enquanto preparava o jantar, Thoma puxava assunto com qualquer coisa, era um garoto gentil e alegre, gostava de sua personalidade.

- Prontinho, voi la! - O jantar estava pronto, tinha de tudo um pouco, alguns espetinhos de peixe, sushi de ovo, ensopado, tofu e tudo mais.

- aaah isso cheira tão bem, eu posso? - Me referi a comida.

- Claro! Faça bom proveito. - Thoma saiu de trás do balcão e veio se sentar do meu lado. Logo eu já estava saboreando o Tofu, que por sinal estava incrível, nunca tinha comido nada assim antes, era saboroso e quentinho, tinha um toque amanteigado e o sabor do queijo derretia na boca.

- Hmmmmm, Thoma isso é delicioso, onde aprendeu a cozinhar assim? - Era tão suculento que mesmo quente eu não conseguia parar de comer.

Fazia tanto tempo que eu não comia algo bom de verdade, normalmente eu só comia algo assim em almoços na casa de burgueses que minha mãe trabalhava, de vez em quando ela me deixava comer as sobras escondida.

- Ah não precisa me bajular assim, eu aprendi com a prática. Meus pais me ensinaram um pouco também, com o tempo eu me aprimorei. - Thoma coçou a nuca sem graça. Ele era uma gracinha quando fazia isso.

- Você é incrível, eu jamais cozinharia algo assim.

- Tenho certeza que você consegue, eu posso te ensinar quando você quiser.

- Eu agradeço...mas não tenho muito jeito pra essas coisas.

- Deve ter algo em que você é boa. - Ele se serviu com uma concha de ensopado. Continuei comendo em silêncio. - Tem algo que seus pais te ensinaram?

- Bem... - Claro que tinha, como abandonar sua família, como fugir das suas responsabilidades, como esquecer completamente das suas raizes, mas eu não podia contar a ninguém sobre meu passado, o que aconteceu antes já foi, essa era minha vida agora e farei de tudo pra me esquecer da minha antiga vida. - Eu não cheguei a conhecê-los.

- Eu lamento...desculpe tocar nesse assunto.

- Tá tudo bem. Obrigado pelo jantar Thoma, posso te ajudar com a louça se quiser.

- Ah não se incomode com isso, resolvemos amanhã. É melhor dormirmos cedo, a viagem pode ser cansativa.

- Você deve estar cansado, posso lidar com isso pra você, vá dormir. - Levantei do balcão pegando algumas louças e levando até a parte de trás do hall para lavar.

Thoma me seguiu colocando as louças na pia, depois ficou ao meu lado.

- Se dois fizerem vai ser mais rápido. - Ele sorriu de forma doce. Então enquanto eu ensaboava os pratos, Thoma tirava o sabão e guardava nos armários. Comecei a cantarolar uma música que me veio na cabeça, não me lembro de onde ouvi ela, mas estava tão distraída que acabei me empolgando um pouco.

- Ah, Yeda sua voz é muito bonita.

- O que? Desculpe não quis arrancar um elogio seu, só estava distraída. Mas aprecio o elogio.

- Você sabe cantar?

- Só um pouco, quando era criança eu costumava frequentar casas nobres, então aprendi um pouco com eles.

- Por que frequentava esse tipo de lugar?

- Por dinheiro, trabalhava de doméstica pra conseguir me sustentar. - Menti.

- Entendo... - Logo tudo já estava limpo e organizado como antes do jantar acontecer. - Bem, vamos descansar, obrigada pela ajuda Yeda!

- Não foi nada, eu que agradeço. Boa noite Thoma.

- Boa noite Yeda.

Genshin Impact - A Fênix de TeyvatOnde histórias criam vida. Descubra agora