༄ | Bem vinda a bordo

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Na manhã seguinte já estávamos de pé bem cedo

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Na manhã seguinte já estávamos de pé bem cedo. Thoma me conduziu até o Porto de Inazuma onde embarcaríamos no mesmo navio que invadi, mas dessa vez como convidada de Thoma. Segundo ele, o navio era de Beidou, a capitã, que me recebeu como se não lembrasse do ocorrido de ontem. Ayaka não veio conosco, éramos só eu e Thoma, a viagem seria rápida já que estávamos na metade do caminho, chegar até Liyue levaria apenas algumas horas.

Mesmo que eu não encontrasse Scaramouche em Mondstadt, falar com alguém que saiba sobre os Fatui seria fácil já que o jogo mencionou várias pessoas de lá que sabiam muito sobre eles, talvez eu possa perguntar ao Diluc, ou melhor ainda, para a Jean, ela com certeza deve saber sua localização exata.

O caminho era fascinante, como não pude ver muito do trajeto de dentro de um caixote ontem, agora podia ver todo o horizonte, estava vivendo algo que eu nunca imaginaria viver na minha outra vida. O navio era enorme, a madeira era linda, cada pilastra tinha a grossura de um tronco de árvore, talvez até mais, as velas eram maiores que as nuvens e faziam um barulho constante conforme o vento avançava nelas, tudo era tão surreal.

- O que acha da vista? - Eu estava apoiada na sacada de madeira do navio observando o vasto oceano.

- Fascinante...é realmente lindo Thoma. Nunca tinha visto algo assim, ainda é inacreditável pra mim, é ainda mais bonito pessoalmente.

- Espera, quer dizer que você nunca saiu de Snezhnaya antes?
(Droga, não posso sair do personagem.)

- Não, só vi alguns cartões postais. - Sorri desconsertada.

- Bem, aproveite a viagem, estaremos em Mondstadt em algumas horas.

- Obrigada. - Thoma tocou meu ombro se distanciando. Logo em seguida Beidou chegou do meu lado escorando as costas na parede da borda.

- Quantos anos tem doçura?

- Ahm, catorze! - Tentei ser simpática, me senti mal por causar o maior fuzuê na sua tripulação ontem. - Olha...me desculpa por ontem, eu não quis te prejudicar, de verdade.

- Não tem porque remoer o passado, você é bem vinda no meu navio agora. Nunca é tarde pra se reconciliar. - Sorri para ela. - Você é muito jovem, como conseguiu sobreviver em Snezhnaya sozinha por tanto tempo? Thoma me contou que você estava perdida e sem ninguém.

- Bem, eu não estava cem por cento sozinha, tive a ajuda de um amigo... - A imagem da raposinha teimosa me veio à mente. Sinto sua falta...

- Mesmo? Então não está mais tão sozinha, tem a nós agora, mesmo que eu não possa fazer muito por você, saiba que é bem vinda a bordo sempre que precisar.

- Obrigada Beidou! - Ela se distanciou quando avistou terra no horizonte.

- TERRA A VISTA! PREPARAR ÂNCORAS! - Beidou gritou para sua tripulação observando o horizonte com sua luneta.

- Isso é demais! Sempre quis dizer isso! - Comemorei comigo mesma.

- Se divertindo miúda? - Alguém chegou do meu lado rindo, imaginei que fosse Thoma.

- Isso é tão legal Thoma, é tudo tão emocionante! - Observei a capitã tomar controle do timão e acelerar os preparativos para a parada.

- Perdão? - Ele riu mais uma vez, quando me virei confusa, vi que não estava falando com Thoma e sim com um garoto baixo, só um pouco mais alto que eu, tinha cabelos grisalhos e uma mecha vermelha. - Não quis me intrometer senhorita, sou Kazuha, um amigo de Beidou, vim dar as boas vindas. É um prazer conhecê-la.

Ele parecia uma brisa suave, falava com tranquilidade e calma, além de também parecer estar querendo se aproximar de mim por pena. Senti isso da parte da Beidou, talvez Thoma tenha exagerado na minha história para eles, ou talvez por eu ser muito nova, mas não parecem ter más intenções.

- Me desculpe. Sou Yeda, é um prazer conhecê-lo! - Fiquei mais calma assim que olhei em seus olhos.

- Você nunca foi a Mondstadt?

- Não...

- Tudo bem, não é um lugar para se preocupar, tenho certeza que vai se dar bem lá. Só não vá perder a embarcação para voltar, partiremos amanhã ao pôr do sol.

- Tá bem, não vou me atrasar. - Virei a atenção novamente para o horizonte, Liyue parecia uma pequena ilha de longe.

- A brisa parece estar te levando para caminhos inesperados, acha que consegue lidar com o futuro que o vento lhe propõe?

- O que...?

- Ah desculpa, as vezes ele não fala coisa com coisa, né noínha? - Beidou provocou o garoto e apoiou seu braço no ombro do mesmo lhe dando uma chave de braço, notando a diferença de tamanho entre os dois.

- Não me chame assim. - Ele respirou profundamente. - Nem mesmo você pode negar isso.

- Negar o que? Que você fuma um?

- Beidou... - Kazuha suspirou derrotado. Apesar de estar um pouco deslocada não pude evitar de rir dessa conversa.

- Vamos descer, já chegamos! - O navio se agitou, os tripulantes corriam de um lado para o outro puxando cordas, carregando cargas, guardando as velas e tudo isso era muito animador.

- Eu posso? Posso por favor? - Apontei para uma corda a qual provavelmente tocava o sino avisando que havíamos chegado.

- É claro que pode, ahaha! - Beidou caminhou na minha direção se divertindo. Ela me entregou a corda para que eu segurasse e deu o sinal.

Puxei para baixo com força, o sino badalou alto, muito mais do que eu esperava, mas mesmo que machucasse meus ouvidos, a alegria de estar tocando tal artefato era muito maior. A corda subiu e eu fui junto, era grande e pesada, aguentava o peso do meu corpo, então me puxei para baixo novamente badalando mais algumas vezes. Thoma logo surgiu quando ouviu o aviso, ele me viu de relance e sorriu divertido.

- Vejo que conseguiu uma ajudante Beidou?!

- Hahaha! Bem, agora se me dão licença, vou tomar controle da situação. - Beidou foi até seu posto direcionar o navio, Thoma, eu e Kazuha ficamos observando a ilha se transformar em uma grande formação de montanhas, casas e pontes. O Porto de Liyue estava a poucos quilômetros de mim, eu ainda não podia acreditar que estava mesmo chegando na cidade que vi na tela do meu celular, era linda, iluminada, colorida e viva.

Quando atracamos era por volta de meio dia, Thoma me ajudou a carregar minha bolsa até o cais, paramos um momento para conversarmos com a capitã, Kazuha também estava lá.

- Nos encontraremos aqui amanhã ao pôr do sol, não se atrasem. Se perderem essa embarcação só vão ter outra para Inazuma daqui dois dias.

- Entendido capitã! - Enquanto Thoma e Beidou conversavam, Kazuha veio falar comigo.

- Como eu dizia, não vai ser a última vez que o vento soprará na direção contrária da sua jornada, mas com certeza ele vai reconhecer seu esforço se você persistir. Sei que ele te trará coisas boas ao longo do caminho, mas vai enfrentar muitas tempestades.

- Ahm...tá legal. - (eu ein, esse cara não fala nada com nada) - Foi um prazer conhecê-lo Kazuha, até logo!

- O prazer foi meu Yeda, espero vê-la em breve.

- Vamos? - Thoma tocou meu ombro.

- Claro! - Acenei para Beidou e Kazuha que retribuíram fazendo o mesmo.

- Acha que consegue ir até Mondstadt sozinha?

- Acho que sim, se me der um mapa chego lá rapidinho.

- Tenho uma ideia melhor!

Finalmente adentramos Liyue...

Genshin Impact - A Fênix de TeyvatOnde histórias criam vida. Descubra agora