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- Os Originais foram criados no século 11, quando o meu pai queria encontrar uma forma por meio da magia para fazer dele e seus filhos seres imortais, com a intenção de torná-los seres superiores aos lobisomens em velocidade, força e sentidos muito melhores. Meu pai conseguiu convencer minha mãe a fazer o feitiço para realizar a transformação, ignorando as advertências de outras bruxas de que isso iria desencadear uma praga no mundo. - Louis murmurava calmamente, enquanto fazia um singelo carinho na mão de Harry.

O Nephilim havia acordado há alguns minutos com fleches de memória da noite anterior, depois de Louis o levou para a sua casa em South Kensington, ele se recorda do vampiro o despertando para que ele pudesse tomar um banho, o deu uma camiseta e uma calça moletom confortável para Harry dormir, ele estava exausto. Já era quase onze da manhã, e agora Louis estava sentado ao seu lado na sua cama, sim, Harry dormiu no quarto do vampiro, sozinho. O original tentava o distrair agora, ele notou.

- Sua mãe é uma bruxa. - Harry murmurou, gostando o carinho de Louis em sua mão. -  Então se o seu pai também é um vampiro original, porque você é considerado o mais velho?

- O feitiço não deu certo com todos, meu pai acabou morrendo junto com dois dos meus irmãos, e minha mãe também, pois ela não aguentou o feitiço que ela mesma invocou. Era muita energia. - Ele explicou. Harry olhou para cima, vendo Louis o observar. Não parecia ser um assunto delicado para o vampiro, era como se fosse um assunto triste mas que ele já tinha superado há muito tempo. - Eu e mais dois irmãos sobrevivemos, eu sou o mais velho. Desde então todos os outros vampiros que existem no mundo vieram depois de nós.

- Sinto muito. - disse com sinceridade. - Obrigado por tudo, Louis. - murmurou depois de um tempo, suspirou ao se sentar na cama, se sentindo mil vezes melhor do que no dia anterior. - Eu estava precisando muito disso.

- Você agradece demais. - Sorriu de lado. Ah, Harry estava começando a gostar aquele sorriso de lado. Deixou de acariciar a mão do Nephilim para tocar sua bochecha, aproximou seus rostos e deixou um beijo demorado na testa de Harry. O cacheado sentiu seu coração bater mais rápido. A presença de Louis o deixava extasiado, seu toque o deixava insano. - Não podia ver você daquele jeito e não fazer nada. 

Sorriu, sentindo a ponta do seu nariz roçar contra o do outro. Harry se sentia tão bem ali, estava com medo de sair daquela bolha que Louis havia construído a sua volta e enfrentar a realidade que o cercava. Ele não sabia o que exatamente estava acontecendo entre eles, mas tinha certeza que de nada iria adiantar mentir para si próprio de que não estava sentindo nada em relação ao vampiro.

Deveria parar de tentar ser o que querem que você seja. Faça o que achar que deve fazer, Harry lembrou do Louis havia o dito há semanas atrás, quando o beijou. Uma faísca de receio sempre aparecia em sua mente ao se lembrar de tudo que já ouviu de ruim sobre vampiros, principalmente sobre os originais.

Ele é uma criatura do inferno, Harry. Em algum momento você pensou em sua segurança? Você é uma criatura pura, não deve andar com seres do inferno. Ele se lembrava da voz autoritária do seu pai apenas com a lembrança. Apesar de tudo o que já ouviu por todos os seus dezoito anos de vida, ele estava ali, com Louis, em sua cama, e ele não sentia medo, se sentia confortável com a sua presença.

Não sentia que Louis era uma ameaça a sua segurança, não se importava se seu pai estivesse o odiando nesse momento por sua decisão, ele queria Tomlinson e ponto, Desmond não tinha nada a ver com isso, muito menos o outros membros do conselho.

O silêncio confortável entre os dois foi quebrado por batidas leves na porta. Louis disse um "entre" irritado. Jude apareceu na porta e dois para os dois ao vê-los sentados na cama de casal. Louis arqueou as sobrancelhas em busca de uma resposta pela intromissão.

the original [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora