Minha cura {M}

vinte e oito

12:23_p.m

já fazia mais de meia hora que o Renan tinha ido trabalhar quando as duas entraram em casa rindo e com algumas sacolas nas mãos

Dandara: finalmente lembraram de mim- falo olhando pra elas

Alésia: você que preferiu ficar aqui com macho ontem- ela fala e senta no sofá- como que foi?

olho pra mesma me fazendo de inocente

Dandara: foi o que maluca?

Lívia: nem adianta, ontem eu cheguei e escutei tu gritando pros quatro cantos pra ele acelerar- arregalo os olhos pra elas que dão risada

Alésia: Lívia chegou toda traumatizada lá fora- passo a mão no rosto e sinto o mesmo começando a esquentar

Dandara: ai que vergonha cara, puta merda

Alésia: tu não tranca a casa pra transar não filhona?

Dandara: vamos mudar de assunto? aonde vocês estavam?- Lívia nega com a cabeça e senta do meu ado

Lívia: pode ir contando gatinha, de cabo a rabo

Dandara: tá de brincadeira né?

Alésia: quero saber também mona, vai soltando 

Tentei enrolar o máximo que eu consegui, mas as duas não desistiram de nenhum jeito, então, comecei a contar, claro que eu pulei algumas partes

cada palavra que saia da minha boca era uma expressão diferente vindo das duas

Alésia: cara, tô passada- ela fala me olhando sem piscar- nunca mais deito na tua cama 

Lívia: e eu cara? tenho nem casa pra ficar escolhendo- dou risada negando com a cabeça

Dandara: parem de ser estranhas, ja colei a roupa da cama pra lavar

Lívia: do mesmo jeito, vou começar a dormir no sofá 

Dandara: vai nada gata, vai dormir agarradinha comigo- abraço a mesmo e beijo a bochecha da mesma 

Barão narrando

passei o dia na boca só na marola, tava nem conseguindo me concentrar sério na parada, minha mente só viajava no corpo da loira e como que eu queria levar ela pra minha casa 

papo de maluco 

acendi o segundo cigarro e vi a malucona atravessando a rua e vindo na minha direção, Dandara quase comeu meu cu por causa dela ontem, bagulho quase ficou de verdade

Flávia: fala nego- a mesma fala chegando perto e me dando um beijo na bochecha 

Barão: eae, qual foi dessa vez?

Flávia: ele pediu pra eu te dar isso aqui- a mesma fala começando a mexer na bolsa de ombro- pra vocês ficarem espertos com o sinal dele- ela tira um rádio da bolsa e logo em seguida um papel- ele quer o retorno do jacaré hoje

Barão: jaé- ela se vira me dando as costas e descendo a rua 

Flávia é bonitona pra caralho, já rolou um bagulho depois de um dos bailes mas não fluiu pra coisa mais séria, mas a mina é foda, o irmão dela rodou e desde quando aconteceu ela não deixou  mano lá sozinho, tá sempre dando uma atenção lá

Olhei o papel dobrado e nem pensei em mexer, tem bagulho que eu prefiro nem me meter 

Aubi pra laje e fiquei só na minha paz lá, enquanto batia um papo com a loira no whatsapp, esse negócio de ficar muito junto e de muito papo já tá começando a me preocupar, mas no papo, ficar nessa é gostosinho pra caralho 

Minha mãe sempre falava que a vida sem um pouco de amor é amarga, e porra, loira veio pra colocar um mel diferenciado na minha vida

Não tô apegado nela, mas tô curtindo os nossos momentos, bagulho tá diferente das outras vezes, dessa vez não tem dinheiro envolvido, barulho na minha orelha pra virar fiel e nada dessas merdas, é só eu querendo ela e vice versa 

chamei ela pra dormir lá em casa hoje e fiquei só esperando ela responder 

Felipinho: mas é vagabundo mesmo- me viro olhando pro mesmo

Barão: tem trabalho não filho?- pergunto desligando a tela do meu celular 

Felipinho: acabei de sair da boca seis, tá movimentado pra caralho lá, o próprio inferno 

Barão: tá maluco, jacaré queria que eu me enfiasse lá

Felipinho: falando nele, ele disse que tem um bagulho dele contigo 

Barão: daqui a pouco eu tô encostando lá na goma dele

Felipinho: já me leva pra eu amassar a feijoada da yasmin 

........

Desci o morro em direção a casa da Dandara e fiquei parado na frente da casa da mesma, foi coisa de dez minutos lá fora esperando e ela saiu, com uma mochilinha da dora aventureira nas cosas 

Barão: feiona- falo começando a dar risada dela que fechou a cara na hora 

Dandara: parou Renan, comprei ontem cara- ela se vira mostrando a mochilinha e eu dou mais risada- vai se fuder, não vou mais

Barão: qual foi loira, é brincadeira- falo controlando a risada e me desencostando da moto

Dandara: você é idiota cara, sei nem porquê eu te dou moral

Barão: tu gosta de mim que eu sei- puxo o braço dela fazendo a mesma chegar mais perto

ela não falou nada e eu abracei a mesma, abaixei a minha cabeça deixando na altura do pescoço dela, tô viciado no cheiro dessa mulher 

Alésia: qual foi? de pegação na porta de casa?- olho pra cima e vejo a malucona na varanda junto com a outra amiga dela, acho que a outra lá é até muda, nunca nem escutei a voz

Dandara: vão arrumar o que fazer - ela grita pra mesma 

Alésia: vai tu, de gracinha na rua 

Dandara: se fuder alésia, cuidado com as minhas coisas ai

Alésia: vou quebrar tudo- ela manda um beijo no ar pra loira e entra pro quarto

Subimos o morro na paz, sei que ela é curiosa e gosta de olhar em tudo então nem acelerei muito, via o pessoal olhando e comentando e já tô até ligado no buchicho que tá rolando por aqui