cinquenta

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Yasmin narrando

Eu odeio ele, odeio com todas as minhas forças e isso não é da boca pra fora

Sempre estive do lado dele, rezei por ele em todas as invasões pra que? Pra quando chegar uma putinha qualquer ele apontar uma arma na minha cara?

Porra vai se fuder eu sou a mulher dele e a mãe do segundo filho do mesmo

Mayara: você tem que tentar se acalmar agora- ela fala chamando a minha atenção- você ainda tá tremendo e isso não é bom pra você e nem pro Jorge

Yasmin: eu não consigo me acalmar, eu tô tentando mas não consigo

Dandara: vai ter que conseguir, desse jeito a sua pressão vai subir pra caralho- ela fala sentando do meu lado e tirando um aparelho de uma bolsinha

Mayara: fala pra Alésia colocar a Pietra no banho?- a mesma pede pra Talita, que só se levanta e sai do quarto

Yasmin: cada vez eu sinto o ódio crescer...eu quero matar eles- sinto a Dandara colocar a faixa da máquina em volta do meu braço e eu respiro fundo

Dandara: sua pressão tá aumentando Yasmin- ela fala me olhando preocupada- ou você se acalma ou vamos pro UPA

Yasmin: eu vou me acalmar

Mayara: pois eu acho bom- respiro fundo tentando me tranquilizar novamente, mas foi em vão, igual nas outras tentativas

Barão narrando

Mateus gosta de fuder com a própria vida, só que dessa vez o bagulho passou dos limites

Porra, apontar uma arma na cara da Yasmin foi a gota pra mim, a mina tá desde sempre com a gente pô, nunca deu vacilo pra merecer isso

Negueba: se continuar nesse ritmo ela vai ter que sair do morro, tu sabe como teu irmão é quando marca alguém

Barão: tô ligado- falo acendendo um cigarro- os pais dela sempre quiseram tirar ela daqui

Negueba: fiquei sabendo, vai mandar pra lá?

Barão: tem que ver se ela vai querer né, Yasmin é complicada pra cacete- puxo a fumaça tragando a mesma e logo solto pra cima

Olhei o relógio e ainda são 14:41, tenho trabalho pra fazer hoje ainda mas não tô afim de trombar o meu irmão

Fui pra boca da rua 6 e fiquei por lá, fazia tempo que eu não passava por ali então aproveitei pra ver se tava tudo certinho

Mesmo trabalhando a minha cabeça continuava na Yasmin e no meu sobrinho, prezo pra caralho pela minha família quando alguma coisa abala ela isso me deixa pensativo

Ganso: se irmão, tem uma mina na barreira querendo falar contigo- escuto o mesmo falar pelo rádio

Barão: pergunta o nome aí

Ganso: Marina- ele fala depois de um tempo, demorei um pouco pra reconhecer o nome mas logo me liguei

Sai já montando na moto e desci o morro, fui tranquilo já que ela não vai ir embora sem falar comigo, assim que eu cheguei perto vi uma mulher com o cabelo platinado com uma roupa florida e um chinelo branco

Pra que se vestir bem né?

Desço da moto e ando um pouco até eles

Barão: qual foi senhora?- pergunto cruzando os braços e parando do lado dos caras

Marina: tenho uma notícia pra você, posso subir?

Barão: e é doce assim? Sei nem quem é você o loucona

Marina: sou a mulher que ajudou vocês a saírem daquela casa vivos e com o Medeiro, se você não me deixar subir eu vou ir embora e vocês vão se fuder legal- analiso a mina e não tem muito o que dizer

Fiz um sinal com a cabeça pra mesma me seguir e fui indo até a moto

Aqui dentro ela não faz nada comigo e se tentar vai ir de arrasta pra cima

A mesma ia já subindo na minha garupa quando eu fiz ela parar

Marina: que foi?

Barão: ganso tu tá de moto?

Ganso: tô patrão

Barão: sobe com ela então- a mesma revira os olhos e se vira andando até o ganso

Se Dandara ficar sabendo que tem outra sentando na minha garupa tem nem explicação, e eu não tô querendo problema pra minha cabeça não

Subimos na direção da boca 6 e antes de eu chegar, já pedi pra geral ir saindo

Minha cura {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora