Quando Pai Grande (Abraham Lincoln)
Presenteou o chefe Chaleira Preta
Com a bandeira americana cheia de estrelas
O governo prometeu aos índios Cheyennes
Algo que não poderia cumprir: Que enquanto
Aquela bandeira estivesse erguida sobre eles
Nenhum soldado americano atiraria em sua direção;
A bandeira lhes traria proteção e salvação.
E os índios de boa-fé acreditaram e se sentiram tranquilizados.
Mas na tenebrosa manhã de 29 de novembro de 1864,
De uma noite de sono tranquila e de bons sonhos,
Para um verdadeiro e infernal pesadelo, acordaram.
Ordenados por um pastor macabro os soldados do Diabo
Chegaram à aldeia do chefe Chaleira Preta
Sem nenhuma explicação para trazer destruição.
Mas estava lá a bandeira da proteção e salvação.
Naquela hora o chefe Chaleira Preta
Crente na promessa americana hasteou,
Levantou no ar a bandeira cheia de estrelas.
E os índios Cheyennes correram para junto
De Chaleira Preta debaixo da bandeira,
Como pintinhos que correm para baixo das asas
Da mãe galinha pra fugir do terrível e atroz gavião,
Crentes que a bandeira lhes traria proteção e salvação.
Os endemoniados soldados do Capeta
Sem nenhum resquício de respeito
Pela sua própria bandeira,
Sem nem um pingo de compaixão
Pela humanidade, começaram a atirar
Fiéis a sua missão de sangue derramar.
Nem velhos, nem mulheres e nem crianças
Os desalmados tentaram ou quiseram poupar.
Os inocentes que confiaram na bandeira
Morreram, foram exterminados, dizimados!
Uma carnificina, um genocídio. Uma covarde destruição!
A bandeira americana não lhes trouxe proteção e salvação.
(Esse massacre é relatado em detalhes no livro Enterrem Meu Coração Na Curva Do Rio
de Dee Brown).
Herval do Oeste, 02 de junho de 2019 (Manhã).
(Um deputado medíocre um dia disse "A cavalaria brasileira foi muito incompetente. Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esse problema em seu país". Infelizmente, para vergonha do nosso povo, em 2018 esse deputado medíocre foi eleito presidente da república do Brasil).
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Poemas Eternos
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