Linda como noite enluarada,
Iluminada como sol ao meio dia.
Ela estava sentada no meio
De um balaço branco antigo.
Do seu lado esquerdo havia
Uma cesta de frutas frescas.
E do seu lado direito outra
Cesta com rosas amarelas.
Usava um diadema
De flores na cabeça.
E um vestido branco,
Longo e decotado.
Estavam nus os seus braços
E seu perfume era de talco.
E em cada lado do balanço
Um pé de azaleias florido.
***
O gramado era longo e verde.
E havia tantas alegres flores.
Sobre elas voavam e bailavam
Vivas borboletas multicores.
E uma dessas borboletas veio voando
E pousou no ombro dela com carinho.
Parecia fazer visita ao cantor que ali cantava
Sentado também no balanço (um passarinho).
E todos os passarinhos
Cantavam em harmonia
No chão e nas árvores
Formando uma sinfonia.
O céu estava todo azul sem nuvens
E o sol sobre a pele dela brilhava.
Mas sendo apenas dez horas da manhã,
Brilhava sem ardor e com muita calma.
Ainda bem que ela não me via,
Se visse poderia odiar o intruso.
Não sei qual seria sua reação,
Poderia acabar com tudo.
Eu era invisível aos seus olhos.
E eu estava na sua frente.
E ela olhou repentinamente
Na minha direção fixamente.
Pensei "Está tudo acabado".
Fiquei apreensivo e assustado,
Ela sem duvida alguma me viu.
Mas pra minha surpresa sorriu.
Ela levantou-se delicada e ainda sorridente,
Veio com passos largos e ficou na minha frente.
Olhou nos meus olhos e o inesperado aconteceu.
Abraçou meu corpo e beijou o rosto meu.
Joaçaba, 19 de abrilde 2007.
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Poemas Eternos
Poetry140 poemas selecionados de uma carreira de 20 anos dedicados a poesia. Neste livro você encontrará poemas de amor, paixão, romantismo, alegria, dor, ódio, filosofia, criticas social, vida e (como não poderia deixar de ser) morte. Entre esses 140 poe...