Capítulo 12

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Tom Parker

Estou de mau humor. Nada vai conseguir tirar da minha mente a sensação de tocar aquele seio delicado e apertar seu mamilo. Anton está falando alguma coisa mas tudo em que consigo pensar são em seus gemidos quando a toquei. Tão sensível e sincera, sempre tão boa para o meu ego.

Sua expressão estava ferida quando ela saiu daqui. Eu quero ir atrás dela para saber o que a afligiu e concertar, algo aconteceu enquanto eu estava fora, mas meu amigo me impede.

— Tom! — Anton grita, estalando os dedos na frente do meu rosto.

A presença de Anton em meu escritório na faculdade é inesperada, nos falamos agora pouco por ligação e ele não mencionou que estava vindo, ele é bem ocupado como eu e ele estar me visitando durante essa hora do dia, é inesperado.

— Porra. — praguejando, me viro para o sofá e me jogo lá, fechando os olhos.

— Você está tentado. Não está conseguindo resistir. — ele não pergunta, ele afirma.

E nós somos aquele tipo de amigos em que você confidencia tudo, sobre tudo, e confiamos um no outro.

— Eu estou tentado. Eu sempre estive tentado por ela. — respondo, expirando ar dos pulmões.

Eu não consigo saber ao certo quando ela passou a ser uma tentação que eu não posso mais resistir, mas de repente ela é uma jovem mulher que me faz questionar minha sanidade. 

— Mas ela é seu fruto proibido. — ele afirma novamente e ele está sendo tão específico que abro os olhos para encará-lo.

Fico surpreso quando o pego com uma expressão de quem realmente entende o que eu estou falando, como se estivesse passando pelo mesmo.

— Há algo que não está me contando? — pergunto, erguendo uma sobrancelha.

— Eu vou te contar. Mas primeiro resolveremos o seu problema. — ele aponta para mim e eu concordo.

— Preciso resolver isso. Não estou conseguindo mais resistir a ela. Eu não consigo não sentir vontade de mimá-la, ser o papai dela também, mas em outro sentido, um doentio e errado. — confesso.

— Qual é mesmo a idade dela? Ela é mais jovem do que imaginei. — Anton pergunta.

— Não se preocupe com isso. Não ouse pensar na imagem dela em sua mente. — cerro meus punhos.

Quando ele me encara com olhos arregalados, eu percebo. O meu eu obscuro se manifesta quando se trata da segurança dela. É um outro ponto em que preciso deixa-la livre de mim, porque por ela eu seria obsessivo, ciumento e super protetor. Não me esqueci de Trevor e o que farei com o ombro que emburrou minha Rebecca para o chão e a fez se machucar e chorar.

— Eu entendo a tentação. É difícil. — ele coça a cabeça — Você deu uma olhada no site?

— Ainda não. Não estou mais certo sobre isso. — me levanto do sofá e enfio minhas mãos no bolso, apertando os punhos com uma sensação estranha queimando dentro de mim.

— Abra o link antes de dizer não. Eu desenvolvi com um grupo de amigos durante muitos anos, testei e altamente recomendo. — Bufo, ele sempre comentava comigo sobre esse desenvolvimento — Não custa nada olhar.

Ele insiste e vai para meu notebook, digita algo e vira o aparelho para mim.

— O perfil que você quer, você encontrará apenas na página de sugar babys. Olhe. — ele empurra o site para mim e eu pego.

Há muitas jovens com no máximo vinte e quatro anos de idade, são muito bonitas e estão sorrindo nas fotos, não estão em poses vulgares ou mostram partes muito reveladoras, mas com certeza faz qualquer velho pervertido pagar uma fortuna para ter uma oportunidade de ver mais do que mostram nas fotos.

Um nó se forma em minha garganta porque todas estão na faixa etária da minha filha, de Rebecca e de suas amigas. Eu nunca fui tão moralista antes de virar pai de uma menina, por isso temo que minha diabinha traga de volta em mim aquele meu eu obscuro. Aquele dominador sujo de antigamente.

— Você me garante que estão todas aqui por livre e espontânea vontade e que isso não é nenhuma merda ilegal de prostituição ou algo assim? — questiono.

— Como já garanti nas outras vezes em que você me perguntou nas ligações desde que falei sobre essa alternativa. Se há motivos por trás delas se cadastrarem ou não na plataforma, eu não posso dizer, mas elas se cadastram online, não há um clube de prostituição, eu não sou um cafetão, eu dou as pessoas o que elas estão procurando no meu site. Elas vem. Elas procuram. Os membros que possuem acesso a isso precisam passar por várias verificações de segurança. Tudo é consensual e para maiores de idade que sabem o que estão fazendo. — ele explica.

— Compreendo. — respondo e então devolvo o notebook para ele — Foda-se porra. Não quero fazer isso. Eu não sei se irei até o fim.

— Precisa ser uma ruiva, veja essa. — ele vira a tela para mim.

Mas tudo que eu vejo é Rebecca. Tudo o que quero, todo o maldito tempo.

Porra. Maldita seja. Maldita seja. Ela está se tornando uma obsessão.

— E o que tem a ver uma sugar baby com uma submissa? Eu não quero pagar meninas por favores sexuais e companhia, eu quero uma submissa que entenda que não haverá sexo, apenas algumas sessões de jogos de dominação. — eu falo.

— Eu pensei em tudo. Há um filtro em que você pode escolher as opções que aparecem, como por exemplo quem participou do teste de torção e o resultado foi o que liga ao seu. — ele mexe no mouse — Como eu já sei que você é um dominador, não precisa participar do teste. Veja, as que aparecem são submissas.

Eu mal olho para a tela.

— Eu preciso ir para minha empresa, tenho uma reunião em trinta minutos, mais tarde pensarei na possibilidade de olhar o site com mais calma. — falo e ele fecha o laptop.

— Você pode me ligar para tirar qualquer dúvida. Agora eu também preciso ir. — ele tira o celular do bolso e olha para a tela, franzino as sobrancelhas.

— Marcaremos de tomar uma bebida e conversar sobre o seu problema da próxima vez. — falo para ele e recebo um sorriso e um aceno de mãos antes dele sair da minha sala.

Eu agarro meu notebook, minha pasta de trabalho, tranco a porta do escritório e também saio para o estacionamento. Dentro do meu carro, estou sozinho novamente e fecho os olhos, respiro fundo e sinto o fraco cheiro de algodão doce que restou. Eu me pergunto se aquele paraíso no meio das coxas que ela me mostrou  outro dia, cheira assim também, e se o gosto é tão doce quanto pareceu. Eu aposto que sim.








Gostaram do capítulo?

Votem e comentem que eu posto outro mais tarde com a reação do Tom ao plano da diabinha dele ❤️

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