Capítulo 14

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Tom Parker

"Olá, eu sou uma submissa com fetiche de pequenina. Quem quer ser o meu papai?"

A frase que aquela pequena maldita colocou em seu perfil me atormenta. Agarro o volante com força, meus nós dos dedos brancos e sinto uma veia saltando em minha testa.

Desde o momento em que ela mudou seu comportamento e começou a por qualquer que seja o motivo, demonstrar que me quer, ela nunca havia ido tão longe, mas desta vez ela definitivamente passou dos limites. Eu posso estar enganado ao pensar que ele fez isso para me provocar, afinal ela poderia muito bem querer se envolver nesse estilo de vida desde que ela seja maior de idade, o que ela de fato é. No entanto isso não acalma a fera dentro de mim. Rebecca é apenas uma adolescente brincando com coisas que ela não entende e não conhece.

Primeiramente, como ela sabe sobre essas coisas?

Se eu acabar perdendo todo o meu controle e reivindicando ela como minha submissa, ignorando todas as consequências que cairão sobre nós dois, eu me pergunto em que tipo de monstro eu iria me tornar, porque mais cedo eu pedi a um segurança de confiança que quebrasse a mão de Travor Sinclair porque ele empurrou, insultou, machucou e fez ela chorar e que fizesse ele saber que não deveria fazer isso com garotas.

Eu fiz isso. Olhe para mim, porra, eu sou um homem maduro, tenho uma filha de dezenove anos, tenho uma empresa, sou professor em uma universidade e não me arrependo de ter mandado quebrar a mão de um aluno meu por causa dela. Porque ela trás meu eu obscuro à tona, aquele homem dominador de vinte anos atrás, perverso e sem escrúpulos, que tinha sessões de dominação todos os dias e gostava também de punir submissas travessas, embora eu nunca tenha me deparado com nenhuma como minha diabinha em toda a minha experiência. Ela é única e perfeita e de alguma maneira me faz sentir mais jovem.

Quando me aproximo do portão da casa de Sophia, outra amiga da minha filha, pego meu celular e envio uma mensagem para Rebecca sair. Não demora mais do que dois minutos e ela está correndo apressadamente para o carro. Eu saio primeiro e abro a porta do carona para ela.

— Olá senhor Par-

— Entre no carro agora. — corto seus cumprimentos.

Ela parece um pouco chocada quando abre e fecha a boca duas vezes, mas então obedece entra no carro com as bochechas coradas.

— Boa menina. — murmuro baixinho — Não, garota má.

Ela não está merecendo nenhum elogio agora, mas isso não me impede de olhar para o que ela está vestindo. Uma mini saia rosa, meias brancas com bolinhas rosa até os joelhos, um top branco e um casaco que cobre quase tudo. Em seus pequenos e delicados pés há saltos pretos com laços em cima. O contraste é enorme aqui. Ela é uma coisinha pequena e jovem em um mundo cor de rosa, enquanto eu sou um cara grande, mais velho e com pensamentos sujos.

Estou furioso em pensar que homens mais velhos acostumados a conseguirem o que querem, estariam tendo acesso a Rebecca naquele maldito site. A maioria dos homens que conheço no meio dos negócios são assim, querendo jovens para fazer sexo em seus tempos de folga. Já fui a inúmeros jantares e festas com eles, o suficiente para jamais querer deixar minha própria filha sozinha com eles e isso inclui Rebecca.

Ela solta um pequeno gemido quando me sento no banco do motorista, tranco as portas do carro e coloco o cinto de segurança em volta do seu corpo. Com uma mão agarro seu pescoço, ganhando um suspiro de surpresa, suas pupilas ficam dilatadas mas não vejo medo. Ela gosta disso.

— Você sabe o motivo de eu estar vindo buscá-la, não sabe? — pergunto e ela assente, balançando a cabeça enquanto engole em seco — Onde estão suas palavras? Fale.

Não Resisto A Você Onde histórias criam vida. Descubra agora