Capítulo 04

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Rebecca Blake

— Por que realmente entrou aqui usando esse maldito pijama de adolescente com tesão? — pergunta e eu mal consigo respirar, meu ponto sensível feminino pulsa com suas palavras.

É a primeira vez que ele fala assim comigo. E eu adoro isso. Quero ouvir essas palavras sujas e rudes de sua boca o tempo todo e se provoca-lo fará isso, se prepare Sr. Parker.

— Porra. — rosna um lamento — Eu sinto muito. Eu não deveria ter falado assim com você. Foi errado e inapropriado por tantos motivos. — não deixo seu arrependimento me desanimar.

— Você gosta do meu pijama? — um instinto meio que natural em mim me faz perguntar em um tom inocente — Eu adoro essa cor. Você acha que combina comigo?

O encaro com expectativa, meus olhos brilhando, um pedido silencioso. 

— Sim, menina. — ele solta uma profunda respiração.

Calor inunda meu peito e eu me sinto motivada.

— Mesmo? — pergunto novamente, o entusiasmo estampado em meu rosto.

— Sim. — grunhe — Você deveria voltar para a cama. — ele solta meu joelho e se levanta, me deixando desapontada.

— Mas... — tento argumentar.

— Agora. — late — Vá, Rebecca. — sua ordem dura me faz querer ir, mas um rápido plano se forma em minha mente.

— Eu só volto para a cama se o senhor for descansar também. — cruzo os braços e ele ergue as sobrancelhas.

— Preciso terminar de ler alguns documentos. — justifica.

— Certo. Então eu irei te ajudar e depois iremos dormir. — falo enquanto começo a caminhar em direção a sua mesa mas ele balança a cabeça hesita e aperta os lábios.

— Eu vou subir. — diz e eu sorrio vitoriosa.

Até que foi fácil.

— Okay. — ergo minha mão para ele, esperando que ele a pegue, ele parece incerto, mas então segura minha mão.

É mais uma vitória esta noite.

Ele me deixa guiá-lo, eu sei que ele não precisa, mas ele faz, e isso é incrível. Quando chegamos nas escadas, ele se coloca a minha frente e me ergue em seus braços.

— Oh! — exclamo surpresa. É mais do que eu esperava.

Essa madrugada está sendo cheia de surpresas e me sinto em êxtase por dentro.

— Deve ser ruim subir essas escadas com o joelho machucado. Você disse que doía um pouco, não disse? — sua voz grave e rouca perto do meu ouvido.

Vê por que sou obcecada por ele? Cada pequena coisinha me faz querer que ele cuide de mim e quando ele faz, como agora, levantando-me com tanta facilidade, me sinto pequena, delicada e feminina em seus braços. Com ele eu sou apenas uma menina querendo sua atenção. Eu odeio que ele me trate como uma, mas eu quero ser sua garotinha e sua mulher ao mesmo tempo, eu sei que ele pode me dar isso. Minha língua coça para chamá-lo por um nome que parece natural para mim. Mas eu apenas me aconchego em seus braços e enfio meu rosto na curva do seu pescoço, absorvendo cada segundo da segurança de seus braços. É quase um sonho.

Mais rápido do que eu esperava, estou sendo colocada de pé na porta do quarto de Eve.

— Boa noite, Rebecca. — ele diz baixinho e se afasta, mas eu noto a protuberância de sua masculinidade rígida na calça.

Comprovado. Ele me deseja. Ele me acha difícil de resistir. É por isso que ele foge, pelos motivos que eu suspeitava mas não tinha certeza. Agora eu vejo. Sim, sim sim! Ele me deseja.

— E-Espera! — chamo, indo atrás dele — Isso é por minha causa?

Eu não vou ser tímida sobre isso agora.

Nós dois olhamos juntos para sua ereção então de volta aos olhos um do outro, eu dou a ele um olhar cheio de expectativa, o mesmo que dei quando mentalmente implorei para ele abrir a porta do carro para mim novamente quando chegamos, o mesmo pedido silencioso que ele parece conhecer tão bem e saber exatamente o que eu estou querendo. Eu quero que ele diga a verdade.

— Você é... — ele engole em seco.

— Difícil de resistir? — pergunto usando meu tom doce e inocente.

Caminho para ele e seguro sua camiseta, encostando nossos corpos e moendo minha barriga contra seu volume.

— Sim. — ele rosna, perdendo um pouco de controle quando coloca uma mão grande em meu pescoço e aperta levemente — Está agindo como uma adolescente safada com tesão por um velho que é pai da sua melhor amiga, amigo do seu pai, seu maldito professor e tem idade para ser seu pai.

Sua mão aperta mais meu pescoço e ele me empurra contra a parede, pressionando nossos corpos e eu, ao invés de me sentir humilhada por suas palavras, me sinto excitada e aperto sua enorme protuberância na calça.

É por minha causa! Meu.

— Mas você não é meu pai. — sussurro — Pelo menos não neste sentido.

— E que outro sentido teria, menina? — sua voz está rouca e eu posso dizer que é de desejo, fazendo meu coração se alegrar mais e mais.

— É que eu leio muitos romances em meu Kindle e os meus preferidos são aqueles em que as mocinhas chamam seus homens de papai. — sussurro em seu ouvido e ele aperta mais meu pescoço com uma mão, um gemido escapa quando sinto sua outra mão apertar minha coxa — É sujo, eu sei. Eu sou doente por gostar disso?

— Não, você não é doente, sua diabinha. Mas você entrou no meu escritório para me seduzir. Me chamando de papai e tornando tudo pior, não é? — sussurra me provocando.

— Sim. — choramingo.

— Você é uma garotinha suja sim. E eu seria um velho ainda mais sujo por colocar minhas mãos em você, Rebecca. — lamenta, assoprando em meu pescoço e eu temo que ele me solte mas ele não faz. Ele está me olhando como um lobo selvagem, seu controle parece estar indo — Mas é isso que faz você gostar, hum? Você quer ser a menininha do papai? Um corpinho tão jovem e apertado querendo um homem grande e experiente para cuidar de você.

Eu engasgo, meu estômago apertando, um calor se espalhando pelo meu peito, todo o meu ser dizendo sim, sim, sim!

— Sim, quero isso, quero isso! — eu clamo.

Tão desesperada por ele, para ser dele. Eu quero sua atenção, quero seu toque, quero que que ele goste de mim. Quero tudo que ele disse. Mas ele de repente se afasta com as mãos para cima.

— Entre no maldito quarto e vá dormir. — ele rosna — Agora. Rebecca. Agora.

Segurando meu pescoço, ele abre a porta do quarto de Eve e me empurra para dentro, fechando a porta atrás de mim. A atitude rude apenas me deixa quente. E saber que ele está fazendo isso porque está tentado e é difícil resistir deixa tudo melhor. Estou mais satisfeita do que nunca, foi a primeira vez que fomos tão longe. Ele me tocou, eu o toquei, ele apertou meu pescoço, disse coisas sujas e eu senti seu enorme volume duro. Eu o chamei de papai, mal posso acreditar!

Agora eu sei que para ele é difícil resistir, ele me quer e me evita por todos os motivos que faz estarmos juntos ser totalmente fora de questão. Não para mim.

Ele será meu e eu serei dele.

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