Capítulo 2.

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—Ei menina, acorda porra! -Alguém me chama.

—O que foi? -Viro-me dando de cara com uma garota, ela era branca e seus cabelos avermelhados.

—Caralho finalmente, que sono pesado da porra mano. Está na hora do café da manhã, a Jude pediu para te acordar, novata. -A garota fala e logo depois se retira do quarto, assim me deixando sozinha novamente.

Me levanto dando entrada ao banheiro, lavo meu rosto, escovo meus dentes e penteio meu cabelo. Após isso apenas coloco uma camisa larga na cor preta, bermudas brancas, sapatos brancos simples e coloco alguns anéis. Pronta para sair do quarto, uhul...

O colégio possui doze alas, seis alas são das meninas ( H, I, J, K, L, M) e as outras seis são dos meninos (B, C, D, E, F, G). As dos meninos ficam separadas das meninas, mas todos dividem o mesmo refeitório.

(...)

Eu já havia pegado o que eu comeria no café, então fui me direcionando para a mesa mais distante que eu vi ali. Mas meu plano de ficar longe de todos não deu muito certo, avisto a mesma menina que havia me ajudado a encontrar meu quarto, jude, juntamente com suas colegas vindo em minha direção.

—Posso sentar aqui, Bill? -Indaga a morena

—Bill? -Indago

—Sim? Muito obrigada. -A garota sorri e agradece fingindo que não havia me escutado.

—Eu nem falei nada porra.

—Olha só, essas aquis são as minhas amigas; Louise, Mia, Sophie e Alyssa. Divido quarto com todas, menos a Mia.

—Eae. -Cumprimento sem muita animação.

—Oie, qual seu nome? -Indaga a tal Alyssa.

Porra, eu odeio essa parte!

—Billie, Billie Eilish.

—Billie Eilish? Tipo você é A billie Eilish? -Indaga surpresa a garota.

—Quando você diz "A Billie Eilish" você quer dizer o que exatamente? -Indago confusa.

—Você é filha do Patrick? Patrick O'connell?

—É. -Respondo fria enquanto brincava com a comida em meu prato.

—Uh... Entendi. -Todas as garotas da mesa se olham com uma cara de frustração.

—Alyssa você é surda porra?! Tô te chamando faz tempo caralho. Sai daí logo, você prometeu que sentaria comigo hoje! -Um garoto fala rudemente enquanto olha para a tal Alyssa. Ela levanta tanto quanto frustrada e em silêncio se direcionando para a mesa em que o garoto estava. Suas amigas também foram, menos Jude.

—O que rolou aqui? -A garota Indaga enquanto me olha confusa.

—Acho que não gostaram de mim, acho que ninguém gosta na realidade. -Solto uma risada nasal.

—O que você fez? Como assim?

—Eu? Nada. Apenas nasci na família errada e agora tenho que conviver com isso. Meu pai tá preso, ele é líder da maior gangue daqui de Gloomhaven, então você já deve imaginar porque todo mundo me evita.

—Porra Bill... Eu sinto muito, não sabia disso.

—Tranquilo. -Rio. —Eu já sou acostumada com isso, e sinceramente? Foda-se. Mas agora mudando de assunto... Quem é aquele cara?

—É o namorado da Alyssa, o James. Ele é um babaca mas mesmo assim ela continua com ele. Se eu fosse você também não mexeria com ele.

—Entendi. Pelo jeito que falou com ela é realmente um cuzão.

(...)

O horário do café já havia acabado e eu estava no meu quarto. Como eu cheguei ontem, sexta-feira, e hoje é sábado; não haveria aula.

Eu estava deitada na minha cama até que...

—Ei garota, não sei quem você é mas tô pouco me fodendo. Tira essas suas malas feias daqui e vai arrumar suas coisas. Não quero nada em cima dessas escrivaninhas que ficam do lado da cama além do abajur. Varra o chão todos os dias, não pise aqui de sapato, tire-os lá fora e depois coloque em baixo da cama. Tire esse lençol branco e mande seus pais comprarem um mais bonito, ele não combina nada com a estética do quarto. Também compre um tapete para combinar com os resto de todas nós. Não quero nada naquela prateleira maior. -Aponta. Ela é toda minha então dê um jeito de colocar suas coisas em outro canto. -Ordena a garota de cabelos vermelhos, Talita. A mesma que me acordou pela manhã

—Quem que varre o chão aqui? -Indago inocente.

—As meninas, Mia e Suzene.

—E você? Não varre?

—Olha pra mim. Você acha que tenho cara de quem faz isso?

—Então você é líder do quarto? -Indago me levantando e me aproximando da garota.

—Não, sou do colégio todo, aqui todo mundo me respeita. Inclusive, fofinha, você vai começar a fazer isso também. Mas por que a pergunta?

—Porque vão continuar varrendo. Enfia sua estética de quarto no seu cu sua folgada do caralho. Você tá achando o quê? Que estamos numa prisão e você é a líder dela? Você é patética e por coincidência tem cara de ganso. Se eu quiser entrar aqui de sapato eu entro, se eu quiser usar a porra daquela prateleira ali. -Aponto. —EU uso.

—Entendi. -Fala sarcástica a garota e logo após me dá um tapa na cara. —A próxima vez que falar assim comigo vai ser um soco, sua smorf do caralho.

—Você sabe quem sou eu? -Tranquilamente olho para ela enquanto passo minha mão onde a garota havia batido.

—Uma pessoa que tá completamente fodida e que mexeu com a garota errada. -Fala se direcionando para o banheiro ignorando minha existência.

Antes que a garota entrasse no banheiro eu sigo apressada na mesma direção que ela. Quando ela estava prestes a abrir a porta, no calor do momento, puxei o cabelo dela e bati sua cabeça contra a porta.

921 palavras.

Quarto K-12 - Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora