Capítulo 22.

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(...)

—Não pode fugir de mim para sempre, Jones. Por que voltou?

—Aconteceram alguns imprevistos. -A mulher responde com uma educação tão boa, que parecia estar sendo grosseira.

—Vamos ... Não seja assim tão simplista e reservada, me conte os detalhes.

—Meu pai faleceu. -A mulher fala simples.

—Jones... Eu... Eu nem sei o que falar, me desculpa. Eu sinto muito.‐Me surpreendo.

Não precisa fingir sentimentos, senhorita O'connell.

—Eu não estou fingindo sentimentos?! -Digo como criança.

—Sim, você está. Vamos parar de formalidades, Billie. Estou tão aliviada quanto você.

Abro minha boca na tentativa de falar alguma coisa, mas nada sai. Escuto o barulho de uma buzina atrás de mim e olho rapidamente.

Estávamos no jardim em frente à grande casa.

—EILISH, VENHA LOGO! ‐A mulher grita de dentro do carro, enquanto abaixa o vidro para me ver melhor.

—Bom... Tenho que ir, nos vemos por . -Digo e faço um sinal informal de continência, e logo saio. Mas logo ando de volta até a mulher. —Me desculpe por... Você sabe, ter estragado seu dia. Eu não queria vir, mas seu marido foi tão receptivo que eu não consegui negar. Mas tirando isso, foi ótimo.

—Tudo bem, Billie. -A mulher diz me lançando um sorriso fraco, tão fraco que era quase imperceptível. —Tenha uma boa tarde.

Você também, e... Parabéns- Aponto para sua barriga.

Saio do local dando uma leve corridinha e adentrando o carro que me esperava.

(...)

A fumaça do Marlboro era soltada cuidadosamente logo depois de ser tragada retirando todo meu estresse, ou pelo menos quase todo. Estávamos em mais uma manhã gelada e calma. Tão calma que chegava a assustar silenciosamente toda a cidade.

Quarto K-12 - Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora