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Uma vez que a memórias voltam para de assombrar

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Uma vez que a memórias voltam para de assombrar. E quando você percebe que elas estão do seu lado.
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   Uma semana já se passou e hoje é oficialmente o primeiro último dia no colegial, e meu primeiro dia oficial nesta cidade. Meus pais na Europa e eu junto com meu gêmeo organizamos a casa toda, ouço um som alto vindo de fora e no mesmo momento olho o horário no relógio digital dentro do closet. 

   São dez para as seis, e eu ainda não decidi o que vestir, não sei porque acordei tão cedo sendo que as aulas só começam às oito. Olho um casaco de couro preto e decido que ele é um dos escolhidos, aqui não é tão quente, nem tão frio. Mas mesmo assim pede uma vestimenta que esquente um pouco. 

   Já vestida, ouço um barulho alto e um grunhido, ou seja, Lex caiu da cama.

   Me sento na penteadeira e arrumo o cabelo, faço toda a minha rotina de cuidados e uma maquiagem básica. Acho incrível como nenhum de nós tem uma marca de olheira e quase nenhuma espinha, então mal uso maquiagem. Afinal, por que cobrir a perfeição? 

   Olho o reflexo da porta da varanda, como é de vidro e eu abri a cortina, a luz do sol começa a iluminar o quarto. Desligo todas as luzes e proveito da luz natural.

   A porta do quarto é aberta e um Félix completamente molhado com apenas uma calça de moletom aparece. O querido nem bom dia me diz, apenas se joga na minha cama. Pego uma bolsa, e coloco meu tablet dentro, junto com um caderno e um lápis. Vou até a cama e dou batidinhas carinhosas na costa do meu amado irmão. 

   — Ai. - ele se levanta e me olha emburrado. — Precisava?
   — Sim, agora sai da minha cama, você tá molhando ela. - fico puxando ele para sair da minha cama. — coloca logo uma roupa pra gente finalmente ir tomar café.

   Saímos do quarto e Lex para o seu, eu desço as escadas e coloco minha bolsa na poltrona perto da porta. Vou até a cozinha preparar alguma coisa pra nós dois, Lex não toma café, então vou preparar uma vitamina para ele. 

♡ 

   Alimentados e prontos para ir. Quando Lex abre a porta eu estou pegando minha bolsa, ele coloca um pacote em cima da mesa, olho o horário no meu celular e são seis e quarenta, ainda é cedo, bem cedo. Pego o pacote e o movimento com cuidado. 

   — O que você está fazendo? 

   — Está muito cedo, e eu não pedi nada. - olho o remetente e não tem nenhum nome, fora o meu e o de Félix. — Me dá uma faca. 

   Rasgo o lacre devagar, implorando para que não seja uma bomba. Quando abri por completo, me afasto rápido e puxo Félix comigo, quando não acontece nada, me aproximo devagar e quando encontro uma caneca, solto parte da respiração que segurava. Félix pegou a caneca e a olhava para cada ponto. Quando ele olha para o fundo, seu semblante muda por completo. 

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