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I know

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I know

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Acordo e ainda está escuro, olho as horas no meu celular, são cinco da manhã. Sinto minha cabeça latejar com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, como eu sei que não vou dormir até meu alarme tocar, caminho para o banheiro desejando um banho para acordar. Entro no box e ligo o chuveiro, a água morna descendo pelo meu corpo me trás uma sensação de descanso, como se nada tivesse acontecendo, apenas tranquilidade. 

   Depois de um belo banho, vou até a pia nua mesmo, vejo meu corpo magro e pele excessivamente branca. Sou a Branca de Neve com cabelos até o meio da bunda. Sempre tive um corpo magro, não consigo ganhar peso, minha pele branca deixa claro as marcas. A cicatriz no final da minha costela é uma clara lembrança do que aconteceu, a da minha costa também. 

   Costela, costas, punhos e tornozelos. 

   Lugares onde se pode cobrir, mesmo no verão mais quente, é possível cobrir. 

   Pego a escova de cabelo e começo a pentear meus longos fios. Meu cabelo, meu longo cabelo. As únicas vezes que eu tive um cabelo curto foi quando eu ainda morava com meus avós. Depois da mudança, minha mãe controlava e controla até onde posso cortar. 

   Não resta dúvida que os genes deles dois fizeram frutos perfeitos. 

   De onde olham e para onde vão olhar, precisa deixar sua marca para cada um lembrar. Não se esqueça meu amor, nada importa se esquecerem, trate de marcá-los para sempre.

   Se eu me importasse com o que vão falar sobre minha beleza, eu levaria o lema da minha mãe para a vida. Enquanto eu morar debaixo do teto dela, eu era sua posse. Sua boneca, sua boneca de porcelana.

   Deixo a escova de volta na pia, pego uma toalha e enrolei no meu corpo. Pego meu pijama de volta e visto com outra calcinha. Deixo tudo no lugar e volto pro banheiro escovar os dentes. 

   Depois de tudo me jogo na cama, pego meu celular e entro na galeria. Vejo as fotos do internato, eu estava bem mais feliz lá, sem preocupações de um maluco tentar me raptar, sem cartas estranhas, sem objetos com mensagens. Sem preocupações que com certeza nenhum adolescente teria. 

   Encaro uma foto em grupo, eu, Lex e nossos amigos. Meu melhor amigo, Sammy, o ruivo mais alegre que eu já conheci. Demorou um pouco para eu me acostumar com a energia dele, a energia de uma criança ligada no duzentos e vinte.

   Popular pela sua alegria, não tinha uma pessoa daquele lugar que não o conhecia. Pela sua fofura, tinha muita gente que fazia de tudo por ele, era absurda a quantidade de presentes que recebia no dia dos namorados. E nem todos eram presentes de garotas. 

The Sound of ThunderOnde histórias criam vida. Descubra agora