A MAGIA DO CAOS | "Eu não consigo controlar o poder dentro de mim Yul, estou fadada a morrer como minha mãe morreu"
Yoon Ji-Woo é uma feiticeira com o poder da magia do caos nas mãos e capaz de realizar coisas extraordinárias, mas a garota não sab...
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04.
No tempo em que estive em Fairuz, fui informada de que poderia encontrar o que tanto queria em Daeho, no vilarejo Gaema. O xamã Hwan me explicou sobre o livro dos condenados e me alertou sobre as consequências de seu uso. Quando a primeira feiticeira criou o livro, séculos atrás, ela escreveu poderosos feitiços para que as próximas gerações de sua linhagem pudessem usar a magia do caos de forma correta.
Mas, segundo Hwan, nenhuma feiticeira nunca foi capaz de controlar tal poder, e isso resultou em diversos acontecimentos caóticos. Até então, o darkhold foi usado apenas para coisas malignas, por pessoas que acabaram se desviando do caminho do bem. Porém, este livro é minha última esperança. Preciso saber se realmente tenho a magia do caos dentro de mim.
E se este for o caso, preciso aprender a controlá-la.
Meus pensamentos tomam conta de mim e fico mais ansiosa a cada passo que dou em direção ao meu destino. Enquanto ando pelas ruas do vilarejo, penso em como esta parte é diferente do resto de Daeho. Energias ruins, cheiros desagradáveis e pessoas perigosas. Parece um ótimo lugar para guardar um livro de feitiçaria que já levou muitas pessoas à loucura.
De acordo com Hwan, o livro está sendo armazenado no porão de um velho xamã, Chang-ho, que achou melhor escondê-lo para que ninguém mais pudesse desejar um poder que não pode controlar. Espero que ele ainda o tenha.
Subo as escadas de uma casa muito antiga e desgastada pelo tempo, com plantas crescendo nas paredes e teias de aranha gigantes nos cantos das janelas. Muitos galhos queimados estão espalhados pelo jardim, totalmente destruído e sem vida. Acredito que esta seja a casa do velho senhor que procuro. Se eu não conseguisse sentir uma energia fraca vindo de dentro da casa, diria que está definitivamente abandonada.
Levanto meu braço lentamente e bato três vezes na porta, de maneira rápida e não muito alta. Ouço passos hesitantes vindo em direção a porta principal, como se nunca recebesse visitas e estivesse receoso com a presença repentina de alguém. Acredito que seja realmente o caso, levando em consideração o estado deprimente em que a casa se encontra.
A porta se abre devagar, revelando o rosto de um senhor idoso, um pouco cansado e abatido. Provavelmente é o xamã sobre quem Hwan me disse.
- Não estou interessado em comprar seus produtos - diz parecendo bravo por ter sido interrompido.
Percebo que ele está muito mal-humorado. Ótimo.
- Senhor - digo me curvando brevemente - Não vim aqui para vender produtos. - explico.
