A ENCANTADORA BRUXINHA ENCANTADA

12 - A PREPARAÇÃO DO CENTRO DE PRÁTICA DE MAGIAS E FEITIÇARIAS

Antes de comprar o imóvel do Sr. Barnabé, a vontade inicial de Júlio era conseguir a Mansão dos Veltson's, que era cercada de várias histórias de assombração, que se tornaram lendas urbanas, sendo que a predominante é a história de que o Dr. Veltson, um médico infectologista, dono do local, trancou os empregados e familiares na casa, em diversos cômodos, pois, todos foram infectados por uma bactéria estranha e, por isso, todos morreram por causa dessa doença misteriosa. Parte dos historiadores da lenda afirmam que o próprio Dr. Veltson criou a bactéria, outros que fora adquirida nos rituais a lua, onde todos ingeriam sangue de animais sem qualquer tipo de tratamento. Outros historiadores informam que, pelo fato de serem encontrado desnutridos, consideram que eram torturados pelo Dr. Veltson e outros que os frequentadores do culto enlouqueceram e há história que os frequentadores fizeram o pacto de não comer após certo ritual.

Depois disso, os herdeiros sobreviventes, entraram e disputa judicial e nenhum dele poderia entrar no imóvel, que acumulava dívidas tributárias, trabalhistas e quirografárias que se arrastavam na justiça. Assim a mansão não atrai compradores em virtude da imensa dívida que a acompanha e continua abandonada.

Líder dos assombrosos: Júlio, esse local não é aprovado, por ser território da legião dos adoradores da lua, almas vagantes agressivas e isoladas que não aceita que legiões entrem no lugar e não fizeram parte do pacto das legiões. Quem entra no imóvel é brutalmente atacado e, nenhum encarnado que conseguiu sair, sobreviveu depois. Eles habitam o lugar e de lá não saem e aprisionaram todos os que no imóvel morreu, bem como aqueles que em algum momento fizeram o "pacto das luas" ou frequentam o lugar durante a lua cheia. Esses tolos encarnados, que se aventuram em passar próximo da mansão, e que possuem sensibilidade auditiva, testemunham que ouvem uivo e grunhidos de animais, principalmente o rosnar de cachorros raivosos. Essa legião não fala, apenas imitam sons de animais e atacam em grupo. Não entre lá nunca, todos que entraram foram consumidos por eles e deles são. Se você entrar lá, sua alma passa a pertencer-lhes. Não é lenda. Não podemos fazer nada depois que for dominado por eles.

Após receber as chaves do imóvel do Sr. Barnabé, Júlio, seguindo as orientações da legião dos assombrosos, vendeu os móveis que guarneciam o imóvel e com o valor comprou alguns móveis necessários para a atividade no centro de magia. Também, contratou um marceneiro local, que era adepto das magias negras, para projetar os bancos coletivos e a cadeira trono do "salão dos rituais", bem como as demais cadeiras e mesa de madeiras, colocadas na sala e destinada a reuniões das equipes de voluntários.

As paredes de alguns cômodos foram removidas para ser criado um amplo "salão dos rituais", e outros dois cômodos para reuniões das equipes de voluntários e atendimentos aos aprendizes de feitiçaria.

Na sala de atendimento aos aprendizes de feitiçaria havia uma pequena mesa e cadeiras simples para a espera, possuindo ainda uma pequena lojinha e um banheiro social. Esse primeiro cômodo tinha acesso à porta da rua e a uma segunda sala, onde ocorreria as reuniões das equipes de apoio, que tinha no cento uma grande mesa e treze cadeiras em volta, sendo que a cadeira do Juliano se destacava em relação aos demais.

Nas paredes desta sala havia muitas imagens de deuses mitológicos, amuletos e outros tipos de objetos cultuados em vários locais do mundo, que faziam parte do acervo pessoal de Júlio. Essa segunda sala tinha apenas duas portas, uma de acesso à recepção e outra que dava acesso ao "salão dos rituais".

Certa vez, durante os dias que o centro ainda estava em obras de adaptação, durante uma conversa, Juliana propõe a Júlio desativar o quartinho da adoração e levar todas as imagens de adoração para o centro. Sabendo que a mulher tem que ser sábia como as noivas prudentes relatada na bíblia, sem demonstrar querer que aquelas imagens saíssem da casa, pensou e com sutiliza propõe: