A ENCANTADORA BRUXINHA ENCANTADA

15 - JULIANA DESESPERA-SE AO VER JULIA DESMAIADA.

Enquanto um grande alvoroço tomava conta do centro de magia, Juliana desesperou-se ao ver Júlia desmaiada, sendo que Júlio apenas percebeu o desespero da amada, quando os tambores pararam e um silêncio tomou conta do salão e deu para ouvir os choros desesperados de Juliana. Uma enfermeira que era frequentadora do centro tentou fazer os procedimentos de reanimação da menina, mas ela não voltava e afirmou que tanto os batimentos cardíacos como a respiração estavam bem baixo.

De imediato colocaram a menina no carro e seguiram em direção ao hospital da cidade. Enquanto isso Julia apenas ouvia bem longe a voz da sua mãe chorando e chamando pelo seu nome, mas não os conseguia ver no salão, nem o próprio corpo. Ainda na subida para os céus dos céus, Nerecoteco falou:

- Menina! Volte para o seu corpo, está muito tempo fora dele. Os anjos não permitem que ninguém o ocupe, contudo, é necessário voltar. Seus pais estão em alvoroço.

Julia viu uma linha de luz dourada que saia dela e a ligava ao seu corpo, que estava deitado em uma maca do hospital. Retornando ao selo com o corpo, ouvi os médicos que a levavam na maca falando sobre o uso de um desfibrilador. Porém, antes de chegar ao local que receberia o tratamento 'para reanimação cardíaca, o espírito de Julia deitou-se sobre o corpo e abriu os olhos, vendo os médicos e as Enfermeiras empurrando a maca com pressa num longo corredor, de forma que as luzes do teto passavam rápido pela sua vista. Então disse:

- Onde está a minha mãe? Eu quero a minha mãe!

Todos pararam e olharam para a menina sem entender os acontecimentos e tentaram acalmá-la e deitada na maca. Em seguida uma das enfermeiras foi a recepção chamar Juliana, para que a menina se acalmasse e fosse possível fazer alguns exames médicos de rotina. Colocaram a menina na enfermaria e pediram que a mãe a acompanhasse naquela noite, até a conclusão de todos os exames.

Após os exames e já na enfermaria, antes de dormir Julia perguntou para a sua mãe:

- Mamãe, por que estou aqui nesse hospital? Eu estou bem! Apenas subi no teto daquele lugar para ver melhor a dança. Alguém me chamou, mas não sei quem! Por que os médicos não acreditam em mim, a senhora me viu lá no teto daquele lugar? A senhora viu as luzes e aqueles homens maus?

Juliana, achando que, em decorrência do acontecimento a filha estivesse tendo alucinações, conforme os médicos falaram, disse:- Minha filha, você adormeceu nos meus braços! pouco minutos depois, percebi que você ficou com o corpo frio, e tentei te acordar sem sucesso. Seu pai quando viu o meu desespero, saiu da sua posição e veio ao meu encontro, e outras pessoas que estavam sentadas próximas perceberam que a sua respiração e batimentos cardíacos estavam bem fracos, e uma enfermeira, que participava do ritual, pediu que te levassem urgente para o hospital, pois viu que a reanimação cardíaca não funcionou. Desesperados, eu e o seu pai corremos para cá, e o médico que te atendeu te levou na maca para tentar te reanimar, pois, os primeiros procedimentos não funcionaram. Ainda bem que você voltou.

Julia: Eu estou bem! Eu vi você sentada no banco, vi meu pai e as pessoas que dançavam em uma rodinha, igual eu faço na escola com as minhas coleguinhas. Vi também uns negócios estranhos, um homem com a cara fumacenta, escura, mandou eu sair, e ele saiu de perto de você. Outros saíram da roda e disseram que eu estava atrapalhando-os, mas eu só estava vendo. Eu atrapalhei o meu pai mamãe?

Juliana: Não meu amor. Você não atrapalhou ninguém. Agora descanse e amanhã conversaremos. Apenas descanse.