Unidos por uma chama- Miraculous

Pov: Chat noir

São 23:46. Eu me pego pensando em uma certa joaninha, cujo seu nome eu talvez nunca irei saber. Por que é tão difícil ama-la? Ou pior, por que é tão difícil ela me amar? Será que sou tão diferente do que ela espera? Me vejo em frente a janela, perdido entre a luz da lua.

- Esconder garras.

- Cara, hoje foi exaustivo. Você me deve uma boa fatia de queijo!

- ...

- Pelo visto você ainda está à pensar nela, não é? Por que de tantas fãs lindas, você ainda insiste em fazer Ladybug se apaixonar por você? - Diz plagg ao terminar seu precioso camembert.

Era o que eu me perguntava também...

- Você tem razão, eu deveria encontrar outra pessoa, afinal ela disse em minha frente que amava à outro.

Então, lembro de uma tal mestiça que sempre me deu bons conselhos. E que sempre dizia o que eu precisava ouvir.

- Plagg, mostrar garras! Acho que farei uma visitinha à Marinette. - Diz o gatinho com um pequeno sorriso em seu rosto.

Ao chegar no quarto, Cat noir encontra sua princesa em um sono aparentemente bom. Ele sorriu, inclinando brevemente a cabeça.

- Como alguém consegue ser tão doce apenas dormindo?- Pergunta-se o gatuno em um tom baixo.

Marinette então, acorda de seu confortável sono e se assusta ao ver o bichano.

- Cat!

- Desculpe! Eu não queria te assustar.

- Meu Deus, a quanto tempo está aqui?

- Não muito, estava de passagem e descidi ver como minha princesa estava.

A mestiça então, sem acreditar nem um pouco em suas palavras, o encara com um olhar de dúvida.

- Tem certeza que não veio por algo a mais?

Eu sabia que não conseguiria esconder nada dela, mesmo se tentasse. Num estante meus olhos se encheram como uma piscina de tristeza. Tentei me conter, mas já era tarde.
Ela me acariciava com calma, seus pequenos dedos eram tão leves quanto pena. Eu queria que aquela sensação nunca acabasse.

- Quem deixou o gatinho dessa forma?

Ela o abraça delicadamente, fazendo o herói se arrepiar por baixo do uniforme de couro.

- Talvez... Um amor não correspondido.

- Sei como se sente.-Diz a azulada com os olhos inchados.

- Tá brincando, só um completo idiota não corresponderia uma pessoa tão incrível, inteligente e...

Foi então que percebi, como não havia reparado tantas qualidades na garota que eu vejo todos os dias no colégio? Fiquei tão surpreso com minhas palavras que nem sequer consegui completar a frase.

- Obrigada pelos elogios, gatinho. Mas realmente eu não sei se ele pensará o mesmo um dia.

- E como você lida com isso?-Pergunta o gatinho curioso.

- Acho que eu não lido. Já estou acostumada só com a amizade, que parece ser natural.

- Uau, eu não imaginava. Pensei que o amor não fosse tão complexo para uma dama como você.

- O que quer dizer com " dama como eu "?- Marinette solta uma pequena risada.

- Não sei, o que você acha que eu quis dizer?

Cat noir fita a azulada, reparando em seu pequeno pijama, que realçava cada curva da garota. Marinette ao perceber, se sente um pouco envergonhada, fazendo suas bochechas corarem.

- Desculpe.- Diz o herói ao reparar em seu desconforto.

- Não se incomode, vou lhe trazer alguns croissants. Sei que são seus favoritos.

Ao ver ela fechar o alçapão e indo em direção a cozinha, Cat noir se levanta e seca o restante de suas lágrimas que anteriormente estavam em seu rosto.
Ele começa a andar pelo quarto de sua princesa, reparando em cada detalhe. Já era tarde, Cat não queria atrapalhar sua amiga, afinal, eles teriam aula cedo e não queria que sua princesa dormisse durante uma explicação.
Então, antes que ele deixasse o quarto, pegou um pedaço de papel que estava na escrivaninha e escreveu um bilhete a ela, colocando em seu mural de fotos, que por coincidência, estava cheia de fotos do modelo. Ele sorriu e logo depois foi embora, antes q a azulada chegasse.
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