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• Wandinha pov's
° Jardim do Eugene - 11:11 AM

( °°° )

Eugene havia me explicado que uma de suas abelhas havia morrido, acho que foi a Rainha da caixa 7 então ele teria que procurar outra pra aquela colmeia não entrar em desespero.

Tirando que essas semanas que se passaram aconteceram muitas coisas, não conversava com minha irmã a dias e ela também não me procurava pra saber o que houve comigo ou o que tinha acontecido.

Aproximaram muitas pessoas novas uma delas era um garoto alto, moreno do cabelo preto, o perguntei seu nome mas ele me disse para descobrir então larguei pra lá.

— Conseguiu Wandinha? - pergunta Eugene olhando a plantinha que eu cuidava.

— Ainda não, aquele adubo que você comprou não está fazendo ela florescer. -  falo pois o caule da orquídea já estava ficando escura.

— Então é por isso que ela não tinha broto, ainda bem que você percebeu por que se dependesse de mim, iria passar despercebido - ri ajeitando seu óculos e volta a cuidar da colméia.

Eugene até que é legal, das pessoas que conheci preferi faze-lo companhia pois não conversa tanto igual aos outros.

— Wandinha, você acha que um dia eu irei conseguir ser Médico? Tipo.... Um médico bom pra poder ajudar meus pais - pergunta se virando para mim.

— Consegue sim Eugene, você tem capacidade pra ser um grande médico...apenas confie na minha palavra - vejo assentir e sorrir.

— Sabe, você é uma ótima amiga - diz.

— Sou? - pergunto.

— Sim, ninguém dessa escola quis ser meu amigo, sempre falavam que eu era esquisitão e um tolo por ser fascinado por abelha, e sempre acreditei que nunca teria uma melhor amiga e aí veio você - diz sorrindo.

— Não fique feliz por isso....apenas vim pra cá por que...fui expulsa, mas fico repentinamente feliz que você gosta da minha presença - tento dar um sorriso amarelo mas falho miseravelmente.

— Nao precisa forçar pra sorrir, eu sei que você agradeceu do seu jeito - sorri.

— Agradeço por entender Eugene - o olho e o mesmo vem tentar um abraço mas recuso.

— É,você ainda não curte abraços mas irei me abraçar pensando que é você tá? - diz e começa a se abraçar.

Ele parece muito com o jeito do Feioso, ele é desse mesmo jeito só que mais... Rude. Feioso é um ótimo irmão o que estraga é sua bondade, ele tinha tudo pra ser o filho caçula perfeito mas papai estragou ele.

Depois disso Eugene começou a terminar de trabalhar em sua casinha, enquanto eu fiquei de fora aproveitei para ir em direção ao bosque negro onde encontrei aquele fantasma.

Estava destinada a ajudá-lo. Ninguém merece ter sua paz perturbada depois de morto, todos merecem paz perante aos pecados que fizeram.

Caminho em direção ao mesmo local que o encontrei, de repente começo a sentir um vento frio e gelado em minha nuca. Rapidamente olho em volta e sinto uma presença... é ele.

Os fantasmas não importam se ainda está de dia, quando querem perturbar ou se materializar eles fazem de tudo pra aparecer naquela hora.

Atrás de mim, sinto um vulto...e dessa vez um vulto escuro de chapéu, aí eu tive a certeza que era ele pois a sua bengala também estava no vulto.

— Pare de gracinha e apareça logo - falo e vejo uma fumaça preta repentina a uma pequena distância de mim se materializando.

— Você é esperta, sabia que estava aqui - sussurra novamente em meus ouvidos e sinto que ele está mais evoluído.

— O que aconteceu? Você não conversava muito, só ficava pausando - pergunto e escuto uma risada.

— Menina você é tola,tem certeza que é filha de Mortícia? - questiona o que me faz pensar duas vezes antes de responde-lo.

— Sou filha dela sim, e você não tem direito de questionar estando morto, fantasmas perderam a questão de dar opinião desde quando foram enterrados - falo e o escuto rir alto.

— Sinto que você vai me dar uma ótima ajuda Wandinha .. você não sabe o quanto - diz.

— Eu ainda não encontrei o garoto, você me disse o nome mas não falou nada sobre suas características - pergunto.

— Por isso eu ainda pergunto se você é addams, sério que você não percebeu o rapaz que se aproximou de você? - responde e me lembro de imediato de quem é - Sim, é esse mesmo que você pensou, ele se chama Augusto e que terá que pagar pelo que fez comigo - diz.

— Então me diz o que terei que fazer, tive ideias pra ele ser expulso mas nenhuma foram boas - respondo e o vejo assentir.

Sua materialização fica mais perto dessa vez.

— Você não me respondeu qual seu nome - pergunto.

— Me chamo Oliver, e enquanto só quero que você faça vai ser o motivo real da sua expulsão - diz e assinto com sua resposta.

— Ok Oliver, então diz logo o que é tenho horário daqui a pouco - pergunto.

— Quero que você entre na sala da Larissa, pegue o arquivo com a letra HTG9 que fica perto da gaveta da janela, em seguida pegue um cheque que fica na gaveta esquerda e copie a caligrafia do arquivo, o valor tem que ser exatamente 58 mil não pode ser mais e nem menos tem que ser este - presto atenção em casa detalhe e prezando para ninguém estar escutando.

Espero que ele esteja falando a verdade.

— Pegue o cheque coloque dentro da bolsa de Augusto, mas seja cautelosa - assinto - Depois de amanhã vira um militar fazendo varredura por todo o colégio, irá olhar bolsas, armários, gavetas e quando olhar na de Augusto encontraram o cheque - diz.

O plano é até bem elaborado, só que como é muito detalhado as vezes será mais difícil mas com um pouco de sorte é sucesso.

— Então se for só isso, irei agora. - respondo.

— É só isso sim e boa sorte - diz.

Assinto e volto novamente a trilha que dava no jardim do Eugene, como é um pouquinho longe terei que dar uma desculpa boa para ele acreditar, por mais que ele não mereça ser enganado mas é o jeito.

As vezes a gente não quer que as pessoas nos engane, mas tem dias que teremos que fazer esse sacrifício.

Agora é ver se irá dar certo, e é o que espero que dê.

:< • >:
Continua
N

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Será este o fim, ou apenas o início?Onde histórias criam vida. Descubra agora