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𝐄𝐅𝐅𝐘 𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄𝐌.

𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘𝗜 𝗡𝗔 𝗦𝗔𝗟𝗔 𝗗𝗘 tecnologia, tentei fazer menos barulho para poder pegar um celular e sair calmamente. Haviam dois zumbis na sala, um deles não tinha um braço e ficava olhando para os lados como um psicopata.

Respirei fundo e me escondi atrás de uma mesa, fui me rastejando até chegar do outro lado da sala, passando despercebida pelos "alunos" que ali habitavam.

Vi um garoto de costas batendo em todos os celulares com um martelo, parecia que os zumbis não estavam nem aí para ele. Arregalei os olhos quando percebi que ele iria quebrar todos os celulares, e não ia dar para ligarmos para a emergência.

O garoto bateu tão forte na mesa que um dos aparelhos caiu no chão, perto de mim. Um sorriso apareceu em meu rosto, junto da esperança de conseguir sair dali, que permaneceu no meu peito durante todo esse tempo. Estiquei um pouco meu braço tentando pegar o celular com uma certa dificuldade.

Consegui encostar no mesmo mas na mesma hora, o garoto virou para mim, me dando a visão de seu rosto.

— Alex? — Arregalei os olhos vendo seu rosto completamente ensanguentado.

Billy seu desgraçado, eu disse para limpar a sujeira que o Arellano fez no rosto desse cara.

— Vagabunda! — Ele gritou.

Peguei o celular e me levantei, me deparando com um zumbi a minha frente. Arregalei os olhos e desviei do mesmo passando pelo meio de suas pernas, agarrei a arma na minha cintura e me escondi atrás de um armário.

Minha respiração estava ofegante e meu coração acelerado, guardei o celular no bolso e senti alguém puxar meu cabelo por trás. Já sabendo quem era, cravei minhas unhas em seu braço fazendo ele gemer de dor e me soltar.

Corri até a janela, mas havia um zumbi ali, aquele sem braço. Eu estava completamente sem saída, eles não queriam pegar o Alex, somente eu.

Alex pegou dois zumbis e os jogou pela janela. Ele me olhou com um sorriso perverso e veio até mim em passos lentos, eu hesitei e comecei a andar para trás, porém percebi que estava entre ele e a parede.

Ele agarrou firmemente o meu cabelo atrás, me fazendo encará-lo. O olhei com ódio e o mesmo sorriu divertido.

— Não vai me agradecer? — Perguntou.

— Por que eu deveria? — Respondi quase em um gemido de dor.

Filho da puta.

— Porque eu salvei sua vida, você ia virar um deles.

— Foda-se, eu não vou te venerar por isso. — Revirei os olhos.

O moreno sorriu desacreditado e apertou mais meu cabelo em suas mãos, me olhando dessa vez com raiva. Eu apenas continuava olhando em seus olhos para tentar deixá-lo desconfortável.

— Onde o Arellano está? — Perguntou.

— Não sei, e mesmo se soubesse eu não te contaria.

— Você se acha a fodona, não é? — Respirou fundo — Olha só, eu estou tentando ser legal. Me conte ou...

— Ou o que? Eu não tenho medo de você. — Disse com dificuldade por ele ainda estar puxando meu cabelo.

𝗭𝗢𝗠𝗕𝗜𝗘𝗦.  ━━  𝗥𝗜𝗡𝗡𝗘𝗬 ✿Onde histórias criam vida. Descubra agora