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𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐀𝐑𝐄𝐋𝐋𝐀𝐍𝐎.

Saí do banheiro enfurecido e decepcionado, apenas fingindo a naturalidade na qual eu não fazia ideia do que era naquele momento. Sentia meu mundo cair e desabar de acordo com oque estava acontecendo lá fora e aqui dentro.

Não dentro da sala, e sim dentro do meu peito.

Afinal, não era só o meu mundo estava desabando, e sim o mundo de todos de Denver. Nunca pensei que fosse viver algo assim. Foi tão de repente.

Avistei Finney no canto da sala perto da janela, olhei para o lado de fora e vi que já estava perto de amanhecer. O restante do grupo estava espalhado pela sala, alguns com sono mas não tinham nem cabeça sequer para pensar em dormir.

Sentei ao lado de Vance que deu um tapinha na minha perna, e logo depois passou os braços em volta dos meus ombros.

— Como foi lá? — perguntou com uma expressão maliciosa, ri fraco.

— Pior do que você possa imaginar, Vance — respondi e suspirei logo após.

Ele riu.

— Relaxa, cara — tentou me tranquilizar — As pessoas vem e vão, você não pode fazer nada se ele não quer ser ajudado. Você fez a sua parte, agora, precisa esperar ele fazer a dele.

Assenti com a cabeça, por mais que não tivesse entendido muito bem oque ele disse. Não conseguia parar de pensar nas palavras que Finney falou para mim dentro daquele banheiro. Confesso que fiquei um tempo em um loop infinito.

[...]

Levantamos assim que amanheceu, estava um tempo de chuva fraca e o céu estava cinza. Todos nós estávamos cansados, mas só poderíamos descansar quando estivéssemos em outra cidade, longe de toda essa merda.

— Pra onde a gente vai agora? — Bruce perguntou.

— Eu não sei — respondeu Vance — Estamos cercados, tem zumbis por toda parte.

— Atrair eles com algum barulho, talvez? — Billy sugeriu.

— Eles não tem consciência do que fazem, apenas querem saciar sua fome. Acho melhor a gente esperar e...

Donna bateu na mesa, me interrompendo.

— Esperar pra ver se a gente morre, Arellano? Porque sinceramente, até agora eu não vi você fazer nada pra ajudar — disse eufórica — Eu juro que se eu morrer por sua causa...

— Cala a boca Donna, você não sabe oque está dizendo. A gente vai morrer se você continuar afobada desse jeito — Gwen retruca.

De repente a porta começa a ser chutada, e todos ficam em silêncio. Vou até a porta colocando minha mão na maçaneta e o ouvido na porta.

— Tá' maluco, Robin?! Você vai abrir e deixar todo mundo morrer? — Donna gritou.

— Cala a porra da boca — sussurrei para que ela não ouvisse, abrindo a porta.

O professor Dilson entra com um fuzil em suas mãos, fecho a porta rapidamente enquanto ele recupera ar.

— Vocês estão bem? Alguém se machucou? — perguntou nos encarando com esperança.

𝗭𝗢𝗠𝗕𝗜𝗘𝗦.  ━━  𝗥𝗜𝗡𝗡𝗘𝗬 ✿Onde histórias criam vida. Descubra agora