Meu Professor Babaca

PRESOS JUNTOS

Puta que pariu.

Eu só queria que abrisse um buraco no chão que me engolisse pra eu sair dessa situação caótica.

Era ELE que tava no banheiro. Será que ele ouviu? Pela cara que esse arrombado ta fazendo, provavelmente ouviu. Ok, é só fingir que nada aconteceu.

-Obrigado...- digo pegando a chave que ele me devolveu. MALDITA CHAVE.

-Bom, já pode ir, sua aula deve começar jaja e eu também tenho que ir.

Sabe aquele momento constrangedor quando nos despedimos de alguém e seguimos o mesmo caminho? É exatamente isso que tava acontecendo naquele momento. Seguimos lado a lado pelo corredor ignorando a existência um do outro. Pra piorar a desgraça, entramos no mesmo elevador. Eu deveria ter escolhido a escada.

-Primeiro andar?

-Sim.

Na verdade eu queria ir pro terceiro, mas eu é que não ia dizer isso.

Alguns segundos depois que o elevador começou a descer, ele parou bruscamente, com um estrondo e as luzes se apagaram. Era só o que me faltava.

-Merda. A energia deve ter caído.

Pelo menos o elevador tinha luzes de emergências, então não ficamos completamente no escuro.

Eu não consegui falar nada, estava paralisado de medo, tenho problemas com elevadores desde criança.

-Você tá bem?

-To.. to ó-ótimo.

-Ta com medo? HAHAHA 

-Não tem graça, eu tenho pânico de elevador...

-Fica tranquilo, daqui a pouco a energia volta.

Eu definitivamente não tava tranquilo. E isso só piorou, a gente já tava lá a 30 minutos e nada.

-Esse lugar tá um forno, a gente vai morrer cozido aqui dentro.

-Para de drama muleque, vão tirar a gente daqui, é só esperar mais um pouco.

-Que jeito simpático de falar com um aluno.

-Eu falo do jeito que eu quiser.

-Aonde você aprendeu a ser TÃO babaca?- O calor, o estresse, tudo me fez ter essa pequena explosão e dizer isso, claro que me arrependi no mesmo segundo.

Kit me olha com um olhar assassino, mas eu me mantenho firme apesar do nervosismo.

-Vou fingir que não ouvi o que você falou pro seu próprio bem.

Em seguida, um gesto que me pegou desprevenido. Ele tirou a merda da camiseta. Dentei disfarçar meu choque ao ver ele assim, suado e extremamente gostoso...

Caralho.

Se concentra Nathan, se concentra.

Por algum motivo, o fato dele ter feito eu perder a postura ali, me encheu de raiva, e que se foda, vou jogar tudo na cara desse filho da puta.

-Sinceramente, você não é só um babaca. É escroto, infeliz, que deve ter uma vida de merda pra ser tão imbecil com as pessoas, pelo menos comigo. Você. É. Um. Otário.

-Repete isso se tiver coragem.

Eu tirei coragem do cu, mas repeti.

-Você é um otário- terminei a frase com um sorrisinho de vitória.

De repente fui surpreendido com ele me empurrando contra a parede do elevador, ele segurou meu pescoço com aquela mão enorme, apertando enquanto me olhava furioso, seu corpo encostando no meu, eu podia sentir tudo, e o pior, eu tava gostando.

Ele se aproximou mais, nossos rostos a poucos centímetros, podia sentir o cheiro dele, queria sentir o gosto, ele quase me enforcando deixava essas sensações ainda mais intensas.

Até que a energia voltou, as luzes se acenderam a porta se abriu. Por sorte não tinha ninguém do lado de fora pra ver essa cena. Sem falar nada, ele pegou a camiseta e a bolsa do chão e saiu.

Eu fiquei uns cinco minutos parado ali, em completo estado de choque.

Eu devo ter imaginado coisas, isso realmente aconteceu?

Será que ele teve a mesma sensação que eu?

NOTAS DO AUTOR: vlww por ler até aqui, deixe seu voto pra incentivar a continuar a fic. Tenho muitas ideias pra esses dois e espero que gostem. Se quiserem deixar sugestões, fiquem a vontade. Até a próxima

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