➼ Bom dia, boa tarde, boa noite, depende de quando você está lendo. Só passando pra dizer que estou feliz de conseguir postar sem muitas distância de dias e que esse é um dos meus capítulos favoritos *-*
➼ Boa leitura!
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Capítulo 11 - Descobertas
Eu estava encolhido no chão da cabine telefônica, contando silenciosamente até cem, tentando permanecer calmo, quando um Jeep Commander preto se aproximou lentamente da calçada. Park abriu a cabine e agachou-se. Por um instante me senti aliviado.
Ele despiu a blusa de frio preta, ficando com uma camiseta da mesma cor por baixo. Colocou a gola da blusa sobre minha cabeça e um momento depois enfiou meus braços nas mangas. Senti uma combinação de cheiros de tabaco e sabonete de hortelã. Algo naquela mistura preenchia com um sentimento de segurança o vazio que eu carregava em mim.
— Vou levá-lo até o carro. — disse ele.
Então me levantou. Envolvi o pescoço dele com meus braços e escondi meu rosto em seu peito.
— Acho que vou vomitar. — as palavras soaram vacilantes. — Preciso dos comprimidos de ferro.
— Shhh. — me apertou contra si. — Tudo vai ficar bem. Eu estou aqui.
Consegui dar um pequeno aceno com a cabeça.
— Vamos dar o fora daqui.
— Precisamos encontrar o Hoseok. — falei. — Ele está em uma festa a um quarteirão daqui.
Enquanto Park dobrava a esquina com o Jeep, ouvi o som dos meus dentes batendo dentro da boca. Nunca na vida estivera tão assustado. Ver a mulher sem-teto morta me fez pensar no meu pai. Minha vista estava tingida de vermelho, e, por mais que tentasse, não conseguia eliminar a imagem do sangue.
— Você estava no meio de um jogo de sinuca? — perguntei, buscando uma distração.
— Eu estava ganhando um apartamento em um condomínio.
— Um apartamento?
— Em um daqueles condomínios elegantes no lago. Eu teria odiado o lugar. Estamos na Highsmith. Consegue lembrar o número?
— Não consigo me lembrar. — ergui-me no banco para olhar melhor pela janela.
Todos os prédios pareciam abandonados. Não havia sinal de festa. Não havia sinal de vida. Ponto final.
— Você está com o celular? — perguntei a ele.
Ele tirou um Iphone do bolso.
— A bateria está fraca. Não sei se você irá conseguir completar a chamada.
