De volta ao lar

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Quanto mais o tempo passa, mais desejamos que ele pare nem que seja por alguns segundos ou horas. Era assim que Milo se encontrava agora.

Já haviam se passado as férias, e dito isso as aulas começavam  na segunda e os familiares teriam que ir embora.

Eles aproveitaram bastante o tempo, mas a verdade é que nunca seria o suficiente, quanto mais temos mais desejamos, isso era inevitável.

Milo começava a se sentir incompleto, e isso que ainda estavam ali preparando suas malas para retornar para suas terras.

Amorinha bateu na porta do quarto de Millo, e o moreno apenas a convidou a entrar, a menina obedeceu sorridente.

— Eu trouxe um presente para você e pra quando você sentir saudades de mim — Ela tinha as mãos atrás das costas escondendo algo.

— Para mim?

— Uhum, para você. O que acha que é?

— Me dê uma dica! — Amorinha balançou a cabeça negativamente, o rapaz levou o dedo indicador a bochecha pensativo — Eu não sei…

— Irá desistir da primeira? Isso é coisa de fracotes! — Exclamou rindo — Você não me ensinou a ser uma fracote.

—  Você tem um brinquedo? — Negou — Um doce?

— Não! Você está passando longe.

O rapaz se jogou na cama dramaticamente, buscando tentar acertar, mas falhando miseravelmente.

— Eu não sei, me diga de uma vez. — Implorou a ela.

A garotinha veio saltitando e se sentou ao seu lado na cama, e entregou o presente que tinha sido embrulhado de modo rápido, mas também tinha até uma cartinha.

— É um presente meu e do tio Bartô.

Milo abriu o embrulho com cuidado retirando a carta feita a mão, ele sorriu ao ver a pelúcia Oxalate na cor azul.

— Oh meu deus! Isso é lindo, obrigada Amorinha.
— Milo estava mais do que feliz com o presente.

— Aperta nele…

Assim como sugerido por Amorinha, o moreno o fez apertar o meio da pelúcia com o maior cuidado do mundo. Somente para ser recepcionado pela voz adorável de amorinha que lhe dizia " Te amo Super Milo".

— É pra quando você sentir saudades, daquelas em que dói o coração e então você terá um pedaço de mim!

A menina disse na maior calma e a reação de Milo foi dar um abraço apertado na menina que retribuiu carinhosamente.

— Eu te Amora, muito! Você sempre será minha irmãzinha — Beijou o topo da cabeça da menina — Minha bebêzinha.

Eles permaneceram ali por algum tempo até que pensaram ser o suficiente, Milo parecia não querer soltar a menina, mas sabia que ela tinha que fazer as malas para retornar.

A garota assim o fez, saiu dos braços do rapaz mas antes deu um beijo na testa de quem considerava o irmão mais velho e saiu.

Milo sentiu seu coração doer, o tempo passava cada vez mais rápido e daqui a pouco Amora se tornaria uma adulta ou uma moça independente e Milo Castello com certeza não estava pronto para isso.

Não tínhamos todo tempo do mundo, e aquilo o fazia pensar cada vez no presente.

Pegou a carta de modo cuidadoso, e tomou coragem para lê-la mesmo sabendo que no final cairia em lágrimas.

As primeiras palavras o saudaram trazendo a sensação de conforto e aquela sensação de estar em casa, mas no meio não se aguentou e desabou em lágrimas.

Mansão Florence - Barbelie e MilovierOnde histórias criam vida. Descubra agora