Conchinhas

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O som das ondas fazia com que Milo se sentisse calmo, o mar era sua casa e pouco a pouco se tornava a de Olivier também.

Sentados na areia, Milo que estava deitado no colo de Olivier enquanto o moreno acariciava seus cabelos castanhos. Observando o mar turbulento, enquanto trocam carícias.

Olivier olhava nos olhos de Milo, preso a aqueles olhos esverdeados que o traziam calmaria. Milo possuía dentro de si uma mistura de calmaria e ingenuidade em seus olhos.

— Já disse que eu quero tudo que eu puder viver ao seu lado? — Olivier disse docemente ao namorado.

Milo tirou seu olhar do mar e o olhou, o encarando com a sobrancelha levemente arqueada.

— Isso é um tanto inusitado!

— Sabe… eu não falo da boca pra fora, eu falo sério — Sua expressão realmente mostrava seriedade, que ele estava sendo honesto com o rapaz.

— Não podemos fazer promessas sem fundamentos, eu não quero que seja que nem os outros promessas de boca para fora.

— Estou fazendo promessas que irei cumprir, não ache que serei como os outros.

— Não estou falando que você é como os outros, eu nunca deixei ninguém me tratar assim, isso já é a prova que você é único.

— Sabe cada palavra que sai de minha boca será cumprida, não somente porque odeio deixá-las pela metade, mas sim porquê o amo! Eu vivo disso intensamente e a maior prova disso é o fato de eu conseguir me desmontar perto de ti!

As palavras saem doces e cada uma com firmeza, todas elas eram diretas e queriam realmente dizer cada pequena coisa.

— Eu nunca me senti assim, sabe? Vivo, eu diria que eu sempre vivi minha vida banal e estava acostumado com tudo. Minha melhor decisão foi vir a Paris! A terra dos apaixonados!

— Quando te tenho por perto tu me desmonta com um mísero olhar, as palavras não precisam sair da minha boca, basta um olhar e então eu sei que você compreendeu.

— Oli? Nesse momento, o que você quer dizer com isso tudo? — Olhou para o namorado.

— Eu quero tudo ao teu lado, eu nos vejo num futuro próximo! Milo, morando em um chalé próximo a praia com crianças pela casa. — Ele sorri orgulhoso ao marido.

— Eu posso ver você ensinando nossos filhos a jogar seus jogos favoritos em seu Nintendo.

— Milo eu lhe vejo ensinando instrumentos a eles e os dizendo a importância da música em nossa vida.

— E então ao anoitecer, deitados na cama cantando canções de ninar aos pequenos.

— Isso! — Ele bate palmas animado com a ideia — Mas não antes de eu lhe pedir em casamento e termos a mais bela cerimônia na praia!

— Oh com certeza! Eu posso imaginar Amorinha entregando as alianças ou então você a me esperar no altar.

— Amélie aos surtos com medo que você diga um não e então Bárbara vindo com as cestas cheias de flores.

Eles estavam animados e comentavam sobre o futuro como se ele fosse o amanhã. Eles tinham sonhos e os planejavam desde do dia em que começaram a namorar.

— Mas o que eu quero dizer com isso e que eu o amo e não desejo deixá-lo ir tão rápido.

— Vovó já dizia coloque um anel no dedo deste homem desde do início — Milo diz rindo arrancando uma risada do rapaz.

[...]

Os dois catavam as conchinhas que estavam soterradas na areia, as pegavam com cautela para não quebrar ou quem sabe até mesmo deixá-las cair.

Olivier procurava pelas mais belas, pois faria delas um belo colar para Milo, embora ele sabia que seria julgado pela irmã mais velha. A que diria que aquilo era uma ofensa à sua querida moda, mas para ele o importante era ver a felicidade nos olhos do moreno.

O mais velho quase nunca vinha à praia antes de Milo, hoje em dia isso havia se tornado uma rotina. Eles iam à praia pelo menos uma vez no mês ou todos os finais de semana, o mar pouco a pouco se tornava refúgio de Olivier também.

Assim como lentamente os jogos se tornaram um dos hobbies de Milo, principalmente Pokémon isso ele havia aprendido a amar de mais.

Cada joguinho lhe mostrava um mundo novo e indecifrável, mas o melhor apresentava um pouquinho da pessoa ao seu lado.

Ele já via perdido as contas das vezes em que viu Olivier desistir de uma partida para conversar com alguém que precisava, ele não sentia ciúmes disso não pelo contrário, o moreno sentia orgulho do rapaz.

Pois ali ele se dedicava e cuidava de vidas, Olivier não sabia, mas ele também havia salvado a vida Milo. Ele era o sol que faltava em sua vida…

— Eu te amo da mesma quantidade de conchas…

— O quanto seria isso? — Olivier perguntou, apesar de saber a resposta.

— Isso é impossível de contar e eu o amo assim…

O amor deles não duraria apenas um verão e sim… a eternidade.

Capítulo curtinho, mas feito com amor! Espero que gostem? Não esqueça de votar, comentar e conferir a nova fic! Amo vocês ❤️

Mansão Florence - Barbelie e MilovierOnde histórias criam vida. Descubra agora