Capítulo II - A sede da Ordem da Fênix

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No corredor de entrada da sede da Ordem da Fênix, Remus entregou à Mel seu mini-malão e aconselhou-a a só destransformá-lo lá em cima.

- Muito obrigada, Prof. Lupin - agradeceu Mel. - O senhor me salvou.

- Pode me chamar de Remus, e não precisa do "senhor" - riu Remus, passando o braço por trás de Mel e levando-a para dentro.

A mansão era de um estilo bem parecido com a Mansão Malfoy, mas (Mel teve o prazer em lembrar) com uma diferença: lá não tinha Comensais da Morte. 

Ao chegar na sala, Mel viu um certo menino de óculos redondos sentado em uma poltrona, encarando o tapete e balançando a perna direita apreensivamente.

- Chegamos, Harry - disse Remus, e quando Harry pôs os olhos em Mel sua perna parou de balançar.

- Mel! - disse ele se levantando e indo abraçá-la. Foi um abraço demorado e carregado de saudade, além de significar um alívio para ambos. - Você tá bem? - perguntou Harry, conferindo a garota com os olhos. 

- Bem melhor agora - disse ela, sorrindo. - Mas que lugar é esse?

- É a sede da Ordem da Fênix - explicou Remus, que ainda estava lá. - A Ordem é uma sociedade secreta que se opõe a Você-Sabe-Quem.

- Hermione e os Weasleys também estão aqui - disse Harry, e eles foram vê-los. Todos estavam felizes em ver Mel, e ela estava igualmente feliz por vê-los.

- Você nem imagina o quanto eles falaram de você desde que chegamos aqui - disse a Sra. Prewett, mãe dos Weasleys. - Só não me disseram que você era tão linda!

- Puxou a mim - disse Sirius, chegando no cômodo, por mais que Mel não se parecesse nada com o primo.

- Oi Sirius - sorriu para ele Mel.

No fim das contas, eles só foram dormir de madrugada porque tinham muito o que contar à Mel. Inclusive que Harry iria ser julgado por fazer magia fora de Hogwarts enquanto defendia a si mesmo e ao seu primo de dementadores. Finalmente, Mel foi dormir, no mesmo quarto que Ginny e Hermione.


Na manhã seguinte, na Mansão Malfoy...

- A Mérope não veio tomar café da manhã - disse Narcisa. - Estranho, não é?

- Nada, Narcisa - respondeu Lucius. - Espere até o almoço que a garota aparece. 

Mas ela não apareceu.

- Eu vou lá chamá-la para almoçar - disse Narcisa, enquanto Lucius e Draco foram se sentando para comer.

Narcisa encontrou o quarto da filha vazio. O banheiro também estava vazio. Os outros cômodos do corredor também. Ninguém respondeu quando ela gritou "Mérope!".

- Lucius, Draco... - chegou ela no andar de baixo, ofegante. - A Mérope não está em lugar algum!

- Como assim ela não está em lugar algum!? - disse Lucius, se levantando. Draco olhava para a mãe com os olhos arregalados.

Os três começaram a revirar tudo lá em cima, até que Draco encontrou o bilhete:

Eu fugi. Não quero que me procurem.

Ass, Mérope.

- Mãe! É a letra dela! - gritou ele, e Narcisa chegou correndo no quarto. Ele apenas entregou o bilhete para a mãe, tremendo levemente. Narcisa leu, tampou sua boca de horror e lágrimas silenciosas começaram a brotar. 

- Você precisa ir atrás dela! - disse Narcisa entregando o papel para Lucius que estava perto da porta. 

- Mas está escrito: não quero que me procurem - respondeu ele, com frieza.

- E você por acaso liga para o que está escrito? Ela tem 15 anos, não pode simplesmente ficar sozinha por aí! Ela pode estar correndo perigo agora! - gritava Narcisa.

- Ela fugiu porque quis - disse Lucius, e desceu para continuar a comer. Draco abraçou a mãe, que chorava.


Na sede da Ordem...

Mel acordou e por um segundo pensou em riscar um dia na sua contagem regressiva na parede do seu quarto, mas teve a feliz lembrança de não estar na Mansão Malfoy. Ela abriu um sorriso ao olhar para o lado e ver Mione e Ginny em vez do seu quarto solitário.

Os que estavam hospedados na casa já tinham começado a fazer uma grande faxina no lugar, e Mel logo começou a ajudar. Às vezes ela se perdia nos pensamentos, pensando em como seus pais teriam reagido a sua fuga, se Draco teria se importado... Mas tinha uma questão ainda mais importante: o que seria dela depois. Naquelas férias ela tinha onde ficar, mas e depois do 5º ano? Ela não queria de jeito nenhum voltar para a Mansão Malfoy, e provavelmente ela nem seria aceita de volta.

Mas, logo ela teve mais com o que se preocupar: a audiência de Harry. Todos na casa estavam preocupados, é verdade. Na manhã da audiência, Harry e o Sr. Weasley saíram cedo, mas Mel já estava acordada e desejou boa sorte a eles. Passou a manhã apreensiva, mas finalmente os dois voltaram com uma boa notícia: Harry foi julgado inocente!



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