Bônus- Flávio

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Quando Susana sumiu sem ao menos se despedir, fiquei como um louco! Depois daquela noite não consegui tirá-la da minha cabeça, fui todas as noites na boate para tentar vê-la novamente, mas infelizmente ela não apareceu.

Susi; seu nome, isso era tudo o que sabia dela!

No domingo meu camarada João me ligou para batermos uma bola na praia com alguns amigos, achei ótimo! Só assim não vou pensar naquela linda morena.

Cheguei na praia e tratei de arrumar uma vaga para estacionar, como  estava lotada demorei um pouco.

___Olha só! Demorou hein princesa!- diz João quando me aproximo de onde ele e os outros estão.

___Idiota! Estava procurando uma vaga para estacionar, hoje isso aqui está lotado!- respondo olhando a quantidade de gente.

___É, mas vamos logo bater uma bola e deixar de conversinhas suas maricas.- diz Kaleb.

___Vamos lá!- concorda Bruno levantando da cadeira.

João divide os times e ficamos assim: Paulo, Bruno, Sandro e João um time e Kaleb, Jonathan, Guilherme e eu outro.

Dividido os times começamos a jogar; João sabe quando preciso realmente me distrair, melhor amigo que esse impossível! Mas parece que quando se trata de jogos e estamos de lados opostos a coisa fica preta, ele é muito determinado, e gosto disso! Sou igual. Depois de mais ou menos uma hora Kaleb comete uma falta e Bruno vem cobrá-la.

Por enquanto o jogo está empatado, mas por mais que goste de meu amigo quero ganhar. Tudo bem que é apenas uma pelada na praia, mas ganhar é ganhar não é?

Bruno vai cobrar  um pênalti e espero que Guilherme que está no gol segure essa bola ou ponha ela para longe!  Bem, parece que Bruno tem a perna troncha, forte mas troncha, ele chuta a bola e a coitada vai para  longe do gol. Mas uma gata que está passando por alí nesse exato momento é atingida pela mesma e cai no chão com o forte impacto na cabeça.

___Idiota!- grito para Bruno e vou ajudar a mulher.- está tudo bem?- pergunto.

___Sim, tirando que não foi você quem levou uma bolada na cabeça.- reclama e passa a mão na testa que está sangrando.- droga!

Ajudo ela a levantar e quando vejo seus olhos... Susana?

___Você?- perguntamos juntos.

___Pensei que nunca mais fosse te encontrar Susi.- digo.

Olha como o mundo da voltas! Vim à praia para tentar tirar Susana da cabeça e acabo encontrando-a.

Um homem aparece assustado e pergunta se  ela está bem. Quem é esse cara? Quem é esse filho da puta? Seu amigo? Seu namorado? Não! Namorado não! Espero que não...

Ele a puxa e diz que  a levará  para um hospital imediatamente. No início ela discorda, mas ele acaba vencendo. Susi olha para mim e acena, também aceno para ela antes de ir embora. João aparece e pergunta:

___Quem era aquela gata?

___A Susana,- falo sem tirar os olhos dela.

___Cara! Não acredito, você disse que ela era bonita, e vou ser franco, pensei que estivesse exagerando, mas ela realmente e gostosa! -diz e olho imediatamente para ele.

___O que foi?- pergunta.

___É melhor você calar essa boca João.

___Tudo bem, mas você não vai atrás dela? Aproveita cara, vai que essa é sua última oportunidade.

João tem razão, preciso ir atrás dela! Não vou deixar ela sumir de novo. Pego minha camisa, a chave do carro e me despeço de meus amigos.

___Ué, já acabou?- pergunta Jonathan sem entender nada.

___Sim, Flávio vai precisar ir agora, tem algo a resolver não é?- diz João.

___Sim, tenho, tchal gente!- respondo e todos dizem "tchal" também.

Corro para onde Susi estava sentada, mas não a encontro mais lá, procuro-a com o olhar mas não a vejo. Desisto, e vou para meu carro. Quando chego  vejo-a perto de onde estacionei, é, parece que o destino está a meu favor mesmo! Me aproximo e pergunto:

___O que ainda estão fazendo aqui?

O rapaz que está com ela  responde que precisa ir a um lugar urgentemente. Me ofereço para levá-la e ele agradece. Abro a porta do carro para Susi, ela se despede dele e entra.

*****
___Fique a vontade.- diz Susi abrindo a porta de seu apartamento.

___Obrigado Susi. - falo, fiz questão de trazê-la até sua casa.

___Aceita algo para beber?- pergunta-me.

Digo que sim, ela vai até a cozinha e sigo-a, ela abre a geladeira e pega uma garrafa de água gelada. Sem rodeios pergunto porquê ela foi embora naquela noite sem pelo menos se despedir, sua resposta demora um pouco, mas depois diz que não precisava se despedir pois o que tivemos foi apenas uma transa. Sua resposta é simples e direta! Desço da banqueta e me aproximo dela, incurralando-a, prendendedo-a na parede. Noto que sua respiração está muito mais rápida,não resistindo mais beijo-a ferozmente. Ataco sua boca com um certo desespero, sim! Desespero. Quando paramos o beijo falo:

___Queria muito te foder, mas não tenho camisinha.- merda!

___Não tem problema, eu me previno.

___Qual método você usa?-pergunto-lhe.

___Pílula...

Pergunto onde fica seu quarto e ela responde. Ao entrarmos estamos como loucos! Susi começa a tirar minha roupa e eu a sua. Não demora muito e já estou dentro dela novamente, fazendo-a gemer loucamente e encontrar sua libertação, sigo-a logo depois.

Após todo o sexo alucinante que tivemos Susi levanta e diz que precisa de um banho, afirma que eu também, mas não tenho roupas no carro. Susana fala que tem roupas do will e  acha  que alguma deve servir para mim. Já havia esquecido dele e pergunto-a se ele é seu namorado, ela responde que não, que são apenas amigos, mas sondo-a ainda mais até que ela diz que seu amigo é gay. Agora sim estou tranquilo! Tomamos banho juntos e quando saímos e nos vestimos Susi vai preparar algo para comermos.

Enquanto comemos meu celular toca e atendo.

___Alô?

___Sr Alcântara, aqui é Diego. -fala meu secretário particular.

___Sim, pode falar.

___Sr, preciso de sua assinatura imediatamente para alguns papéis importantes e temos que resolver alguns problemas antes de fazermos aquela transação.

___Ok, vá para minha casa e daqui a pouco chegarei.

___Sim, senhor. - diz e desligo.

___Preciso ir.- digo para Susi.

___Tudo bem, te levo até a porta.

___Mas antes quero seu número, não vou deixar você sumir novamente.- nem se eu quisesse! Pego seu número e ela me leva até a porta. Beijo-a de novo e depois vou para o elevador, ponho o número da garagem. Ao sair do elevador abro a porta do meu carro e entro. Agora que encontrei ela não vou deixar que fuja!

___É senhorita Susana, parece que estou gostando de você!- digo  para mim mesmo e sorrio ligando o carro.

***

Não é um "capítulo" é apenas o ponto de vista do Flávio.

Ls*

Escrava do DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora