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N/A.: Capítulo sem revisão (não que os outros estejam revisados, mas ok. É um milagre que eu ainda esteja atualizando esta fic, então...)

A cabeça de Timothée fervilhava enquanto ele tentava encontrar a maneira certa de agir.

Àquela altura, Janelle roubara de Oto o posto de seu maior inimigo, e ele lutava para não ceder ao descontrole.

O que faria, se a mulher que o torturara agora manipulava um grupo inteiro de rebeldes? Laon estava cheia de armadilhas montadas por aqueles que, seguindo o exemplo da família de Alyah — que lera as cartas enviadas por Janelle —, decidiram que esperar o momento certo não era mais uma opção.

A água já havia sido cortada para todos, em uma tentativa de conter a iminente revolta. Alguns foram mortos, outros, estavam escondidos — sendo acobertados pelos guardas do castelo que os acompanharam na comitiva.

Plutarch garantia que a água chegasse até onde Élodie estava escondida, enquanto agia como se estivesse combatendo os rebeldes.

Timothée admirou a sua determinação, mas não conseguiu evitar a frustração de sentir que todos sabiam o que fazer, enquanto ele era sufocado pela situação na qual fora colocado.

Poderia conversar com seus aliados, explicar como e por que a rainha tinha acesso a informações tão importantes sobre os rebeldes; mas a ideia de confessar o que fora obrigado a fazer em seus primeiros dias no castelo... Não, aquilo não seria possível.

Sentia nojo e vergonha — e talvez sentisse o mesmo com tudo relacionado ao que acontecera.

A única que sabia — embora não tudo — era a princesa.

Élodie...

Se ao menos ela estivesse bem...

Mas, para o seu desespero, Élodie não melhorava. Não estava piorando, Alyah garantiu que não, mas a febre não ia embora, e a princesa passava a maior parte do tempo dormindo, sem forças.

Se estivessem no castelo, ela provavelmente já estaria recuperada — ou sequer teria sido ferida.

Timothée precisava reconhecer que, mesmo em sua tirania, Oto fazia de tudo para protegê-la.

Ele seria capaz de fazer o mesmo?

Fechou os olhos, ignorando o suor que escorria por seu pescoço, e tentou, mais uma vez, descobrir qual seria a coisa certa a fazer.

Descobriu, então, que já sabia o que deveria ser feito, só precisava ter coragem para fazê-lo.

***

— Bom dia, princesa inválida.

Os olhos pesados de Élodie se abriram com dificuldade assim que ela ouviu a voz de Timothée.

Era ele quem a alimentava, enquanto Alyah e Amélie se revezavam para mantê-la o menos suja possível. No entanto, ela conseguiu notar que, naquele momento, era Timothée quem segurava os objetos que elas usavam para cuidar da princesa.

— O que você está fazendo aqui?

— Servindo a realeza.

— Onde está Amélie? Ou Alyah?

— Servindo de distração para que alguns dos nossos consigam queimar o forte dos soldados do rei.

Élodie demorou alguns segundos para absorver a informação. Quando conseguiu, sentiu-se furiosa por ter agarrado a maldita adaga, afinal, preferia estar morta a incapacitada de participar do que quer que estivesse acontecendo naquele lugar.

REBEL || Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora