DELICADO ✓ | MIDNIGHTS EDITION Serena não sabia mas ela estava sendo observada. Não apenas por ser a filha do treinador. Ela chamava a atenção dele. Gavi a queria há muito tempo. E mesmo que ela estivesse acostumada com a sua vida monótona e tranqui...
🚨: ideia de máscaras pertencente à autora da série "devil's night".
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— Você ao menos comeu alguma coisa?
Revirei os olhos. Não era nada legal ser comparada ao peso de uma pena, mesmo que ele tivesse feito certo ao fazer essa pergunta objetiva. Ela seria completamente negativa. Por isso, fico em silêncio enquanto sou levada nos braços rumo ao palco, escondendo a falta de alimentação durante toda a tarde e com a felicidade estampada na minha cara.
— Você não deveria estar muito longe daqui?
— Está me expulsando?
— Nem passou pela minha cabeça fazer uma crueldade dessas. — Gavi me olhou duvidoso e querendo sorrir minimamente com a minha esperteza deliberada, sabendo que eu estava me aproveitando da sua boa vontade ao simular uma dor forte no pé depois de ter corrido em sua direção. Eu estava agarrada como uma pelúcia no seu pescoço e me perguntando como ele havia acreditado e aceitado as minhas queixas assim tão facilmente.
Mas vai ver não era bem uma inverdade, eu só aumentei um pouquinho a dramatização da narrativa.
— Por que diabos você ainda veio dançar com esse machucado?
— Porque eu quis.
— Jura?
Ele suspirou após subir os pequenos degraus que antes eu havia saído em disparada e me colocou no assento de par com o piano. Eu sabia que ele estava me dando sermões mentalmente pela minha teimosia, mas preferia não compartilhar as suas palavras duras, uma vez que ele não gostava de iniciar discussões e muito menos me contrariar sabendo que seria à atoa. Fiquei esperando enquanto assistia ele pegar a minha mochila no canto e retirar os pares de sandálias apropriados à volta para casa. Eu iria começar a desenrolar as fitas das sapatilhas quando a sombra do meu jogador se abaixou para fazer ele mesmo o trabalho.
Sorrio com a ação. Eu era mesmo uma mentirosa, adorava ser mimada.
— Não sabia que você era um Bieber. — bufei uma risada e rapidamente os olhos castanhos à minha frente ergueram-se de encontro aos meus, tão sem humor quanto uma palha seca no deserto. Gavi tirou a primeira sapatilha e a colocou dentro da minha bolsa, logo partindo para a outra. — Mas eu gostei da sua declaração de amor.
— Não foi uma declaração de amor.
— Não? — cruzo os braços, não acreditando na sua afirmação. — E o que era então?
— Eu fiz tudo isso pra te assustar. — e por fim ele guardou a sapatilha restante, levantando-se e se aproximando em centímetros do meu corpo. A sua inclinação contra o meu rosto dançava em autoritarismo e confiança, desfazendo o amarre do meu coque e deixando os fios loiros caírem de uma vez. — Ou você achou mesmo que eu iria subir e cantar uma música do Justin Bieber pra você?