Capítulo 1 - Distinto

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Boa noite luazinhas, mais uma fic fresquinha e bem inovadora pra vocês. Eu tive essa ideia há um tempo e estava pensando em como desenvolver, acho que agora finalmente tá saindo do papel.

Tem alguns gatilhos, não tão pesados,mas se for preciso eu vou avisar pra vocês ok?!

No mais é isso, espero que gostem e boa leitura

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Distinto "Que é diferente; sem semelhança; que não pode ser idêntico nem igual; diferente"

Março, 2023

Juliette acabava de chegar em sua casa e suspirou cansada se jogando no sofá. Pegou seu celular que vibrava e jogou do outro lado quando viu quem lhe enviava mensagens. Não estava afim de uma dr no momento, estava cansada demais, só queria tentar comer alguma coisa e tentar dormir pelas próximas horas até toda sua rotina recomeçar novamente pela manhã.

Levantou a muito contra gosto do sofá quentinho e macio e foi até seu quarto. Entrou no banheiro jogando as roupas pelo chão e entrou na água quente que saía do chuveiro. O tempo na cidade não estava dos melhores, por algum motivo chovia já há muitos dias sem parar. Chuvas fortes, com raios e trovões e que causavam muitos estragos na cidade toda. Juliette particularmente gostava do tempo mais nublado, combinava talvez com o seu humor e personalidade. Bom, era o que diziam. Ela tinha um jeito mais fechado, na dela, só a viam fora de casa quando ia para o trabalho. Não ia a shoppings ou qualquer outro lugar que beirava ao lazer. Um simples ato rotineiro de fazer compras, ela preferia pedir pelo aplicativo de entrega e eles deixavam na porta de sua casa. Era apenas o básico, já que não via necessidade de comer. Isso tudo pra manter o mínimo contato com outras pessoas possíveis. E ninguém nunca entendeu esse seu lado, há não ser claro sua família e duas amigas mais próximas dela, Pocah e Giuliana. As únicas pessoas que entendiam e compreendiam o porque a morena era tão amarga com a vida.

Juliette beirava os seus quase 33 anos e morava em Sallen, uma cidade não muito grande, que mais parecia uma vila, aonde todo mundo se conhecia. Ela se lembrava de como sua mãe ficou mal quando ela se mudou. Por que tão longe? A mãe questionou. Juliette depois da morte de sua filha, quis um tempo pra si, sumir do mapa e principalmente do pai da menina, então escolheu um lugar pouco provável e difícil de ser achada. Adiantou,mas não tanto. Daniel fazia ligações diárias querendo uma aproximação desnecessária com a morena, que era totalmente fria e deixava claro que eles agora não tinham mais nada que o ligasse um ao outro. A cidade que escolheu tinha um ar rústico e antigo, com muitas mitos e histórias de terror e mistérios. Conhecida como a cidade das bruxas, carregava um lado sombrio, mas apesar disso, estava na lista das cidades com maior tecnologia e ciência avançada. Não era tão fácil conviver ali, as pessoas já eram mais velhas e com a mentalidade ultrapassada. Isso incluía ser extremamente intolerantes com o diferente. Sexualidade, cultura, religião ou qualquer outra coisa que não fosse o que acreditavam. Mas ao mesmo tempo, ninguém ali mexia com a mulher, então tornava mais fácil a convivência. Ela não precisava discutir, nem debater opiniões que não concordava estando dentro de casa.

Saiu do banheiro e colocou um moletom quente, escutando latidos finos de seu cachorro. Cuscuz. Tinha dado ele de presente pra filha, assim que a menina tinha completado 4 aninhos e foi ela que havia escolhido o nome do peludo. Depois do acidente, não conseguiu mais olhar pra bolinha de pelos cor caramelo e não lembrar de sua menininha. Cogitou aceitar a ideia da mãe e deixá-la levar o mesmo para Paraíba, inclusive sua cidade natal e aonde boa parte de sua família morava,mas depois de várias sessões de terapia,viu que ficar sozinha ali não era uma boa opção e o cachorro era uma ótima companhia, além de claro trazer a lembrança de sua pequena.

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