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Pablo Gavi

Lilian andava de um lado para o outro com literalmente a porta nas mãos.

Chegamos a conclusão de que o cabo de Lilian não era compatível com a outra parte do carregador, o que apenas deixou a garota ainda mais brava.

- Para de andar para lá e para cá e liga para alguém lá fora.-Eu estava ficando tonto de tanto ver a menina andar de um lado para o outro.

- Eu até ligaria se o meu telefone estivesse carregado.

A menina foi de encontro a porta e começou a bater nela, gritando desesperadamente por ajuda.

- Estamos no segundo andar Lilian, a música está alta, eles não vão ouvir.- eu tentava manter a calma e lembrar do que eu tinha visto no reels do Instagram caso você ficasse preso em algum lugar.

- Será que eu tinha que me deitar no chão?- pensei alto - não, não, isso é no elavador.

- Pablo, cala a boca e grita.- Lilian falou o que me fez ter vontade de rir.

- Como eu vou gritar se você mandou eu calar a boca?- um riso escapou. Eu garanto que o que ela me falou não teve graça nenhuma, mas de certo modo ela me fazia querer rir naquele estado.

A menina estava muito nervosa e evitava ao máximo contato visual. Lilian também constantemente levava as mãos a boca, e roia a sua unha pintada de azul.

Eu me levantei ao lembrar que naquele quarto, Pedri também guardava algumas ferramentas. Notei também que a brasileira se assustou com a rapidez da minha ação.

- Ele colocou em algum lugar...- e novamente pensei alto, mas dessa vez ela responde.

- O que você está procurando?- ela colocou as mãos nos bolsos e se agachou perto de onde eu estava.

Ela estava muito perto. Os dois agachados em frente a um guarda-roupa, procurando uma provável caixa de ferramentas, nunca pensei que estaria aqui com uma odiadora minha.

- Eu não aguento mais olhar para a sua cara, preciso achar uma caixa de ferramentas para poder me livrar de ficar aqui dentro.

Eu repensei as minhas palavras depois de ver a garota se afastar com uma feição triste. Eu não era assim, principalmente com as mulheres. Não sou um cara que trata as pessoas como qualquer coisa e esse meu pensamento me fez tomar a atitude de ir falar com ela.

- Olha Lilian, foi mal eu não quis falar isso...- eu disse e vejo a garota me olhar com os braços cruzados.- Não me entenda mal, porfavor.

- Não, não, claro. Até porque o que eu poderia interpretar errado na frase "eu não aguento mais olhar para a sua cara."- ela disse com um tom de voz sarcástico.

Eu era o errado dali. Eu não posso ter raiva de alguém apenas por ela não gostar de mim, muito menos tratar ela mal. Eu me arrependia do que andava fazendo com a Lilian nesses últimos tempos. Parte de mim sabia que aquilo não era apenas por ela ser uma hater. As vezes me pegava pensando nela e como devolveria seu carregador, ou então quando abria minha conta fake e havia uma postagem dela, passava minutos apenas olhando e admirando a beleza brasileira. Eu sabia que metade daquela birra apenas era para conseguir a atenção de Lilian, o que acabou saindo um pouco do controle ao ponto de "roubar" um carregador dela.

- Senta ai Lilian.- apontei para um poff azul e a mesma sentou.

- Garota, me desculpe sério. Eu fui muito longe com tudo isso.

Eu me expliquei e em todo o momento a garota permanecia calada, não fiquei mais que 30 segundos falando e a cada palavra que falava via Lilian desviar o olhar.

Eu me desculpei e disse para ela que a sensação de ter alguém interessante me odiando me deixava louco.

- Eu não te odeio.- ela disse séria e novamente cruzou os braços.- apenas quero o meu carregador de volta.

[...]

Após falarmos um pouco mais sobre esse assunto e ela me explicar que tudo não passou de um mal entendido, fomos procurar a caixa de Pedri.

- Não é aquela ali não?- Ela disse e quando olhei para a caixa azul ao meu lado, senti meu coração acelerar e meus olhos prestes a lacrimejarem.

- Deus ouviu minhas orações.- a garota comemorou após um tempão procurando a maldita caixa.

Nós dois nós levantamos ao mesmo tempo e fomos em direção a porta.

- Ótimo, concerta.- ela disse como se fosse fácil.

- Eu nunca concertei uma porta na minha vida.- eu falei e vi a menina segurando o riso.

- Você tem as ferramentas tenta dar um jeito.

Ela se ajoelhou de frente a porta e por impulso, eu estava na mesma posição que ela. Nós dois encarávamos a porta na esperança dela se abrir sozinha.

- Pablo, essa é a hora que você pega o martelo e concerta tudo.- ela disse e eu demorei uns 7 segundos até identificar o martelo no meio de tantas ferramentas.

Eu era péssimo naquilo, e ela teve certeza disso, quando eu bati a maçaneta contra a porta na intenção de juntar as duas peças.

- Meu senhor, para com isso. Desse jeito você só deixa a gente com o prejuízo de pagar uma porta nova para o coitado do Pedri.- ela disse e depois de um tempo eu parei para pensar que depois teria que pagar o concerto da porta quebrada.

- Faz melhor então.- eu disse e quando entreguei o martelo (o único material que os dois "sabiam" usar) nas mãos da garota, ela deixa o martelo cair com tudo no carpete do quarto.

- Acho melhor a gente tentar arrombar.- eu disse e ela confirma com a cabeça.

[...]

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NOTAS DA AUTORA

NÃO REVISADO

Sim gente, um capítulo minúsculo por muitos motivos, e aqui vão 4 avisos importantes.

1- eu estou totalmente atarefada essa semana, a escola aq tá sendo mt puxada e por mais que eu queira fazer de tudo para postar capítulo pra vocês, não consigo

2- O próximo cap vai compensar sim!!

3- não pensem que porque a Lily vai voltar pra Portugal que a fic acaba, na vdd ela só tá começando.

4- a dudoca aqui tá com um "crush" (senhor alguém inventa uma palavra nova pra substituir essa) em um menino IDÊNTICO ao nosso queridissimo Pepi.

𝓛𝓲𝓵𝔂 - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora