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Lilian Rafaeli


Ontem a noite foi maravilhosa. Aquele momento no quarto presa com Gavira foi importante e os dois perceberam que se dariam bem se tentassem uma amizade sincera.

Depois de algum tempo conversando no quarto, finalmente deram conta do nosso sumiço. Pedri (o primeiro sentir falta de Gavi) passou no corredor do quarto em que estávamos e por pura sorte, ou rezas mal feitas por Gavi, Pedri abriu a porta pelo lado de fora se deparando com os dois jovens ajoelhados em frente a sua porta sem maçaneta.

— Finalmente alguém deu conta, não aguentava mais ficar preso com essa brasileira.– Gavi disse. Mas ao contrário de todas as outras provocações dos dias anteriores, ele sorriu.

Ele sorriu e piscou para mim. O que era muito estranho.

— Foi mal pela porta, irmão.– ele deixou a maçaneta quebrada nas mãos de Pedri. Pablo meteu o pé do corredor deixando tanto eu como Pedri um tanto confusos. Ao contrário de mim, Pedri começou a rir e fez sinal para descer junto com ele.

— O garoto te devolveu o carregador?

Pedri perguntou e logo me dou conta que ainda não poderia ter meu celular carregado.

— Acredita que o canalha ainda não me devolveu?– Eu olhei para o garoto mais alto que riu e logo começou falando

— Eu acho que tenho um carregador de sobra para você, quer que eu pegue?

Estávamos nas escadas que davam para o andar de baixo onde estavam as pessoas. Fiz que sim com a cabeça e Pedri subiu novamente, me deixando sozinha e parada no meio das escadas.

Me aproximei do corrimão e fiquei imóvel no alto observando tudo o que acontecia.

— Aonde você estava?– Nanda apareceu do meu lado e ficou quieta apenas me olhando encarar as pessoas em baixo de nós.

— Olha, ela está te chamando.– a toquei com a ponta do cotovelo e apontei com a cabeça para Mikky, a namorada de Frenkie De jong que estava chamando a brasileira.

Apenas deixei a menina curiosa, que se retirou para ter com Mikky. Obviamente iria contar para as minhas meninas tudo o que aconteceu e com todos os detalhes possíveis, mas naquele momento precisava descansar. Minha cabeça doía e meus olhos queriam se fechar.

Estava exausta.

[...]

Nós as três estávamos nos despedindo das poucas pessoas que restaram na festa de Pedri. Entre elas, Gavi que me encarava a cada 5 segundos.

Se você multiplicar a quantidade de vezes que ele pedia um intervalo durante as "partidas de vôlei" na praia, talvez, daria o número de vezes que ele me olhava e depois desviava o olhar.

— Acho que já falei com todo mundo, já pode chamar o Uber.– eu disse para Fernanda que pegou seu telefone e estava prestes a abrir o aplicativo do Uber quando Gavi se intromete na conversa.

— Não está muito tarde para vocês ficarem andando sozinhas por Barcelona de Uber? Vocês querem uma carona?– Gavi disse e as três encaramos ele. A primeira pessoa a responder Gavi foi Pedri, que soltou uma risada escandalosa.

— Ué Gavira, desde que eu saiba, só se oferece carona quem tem carro e  careteira de motorista.

Gavi ficou meio envergonhado e logo em seguida disse

— Na verdade quem vai dar a carona é você. Eu disse para minha mãe que se eu voltasse depois das 22:00 você que iria me deixar em casa.

Ele passou por Pedri deixando um leve tapa na sua nuca, que foi massageado pelo mesmo depois de levar outro tapa como resposta. Eu ri com aquela cena, eles pareciam estar no 7° ano.

𝓛𝓲𝓵𝔂 - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora