- Quando suas aulas voltam? - Joalin questionou Sabina quando a viu passando com a pipoca na mão.
- Em duas semanas. - Sabina replicou.
- Começo de fevereiro? Essa faculdade te explora, você trabalhou até quase o natal. - Noah disse.
- Sai de férias poucos dias depois de conhecer Any, mas me voluntariei a ficar até o natal. - Explicou. - Além do mais, ainda vou lá para as sessões de Any. Ela se sente confortável comigo, não queria ter que trocar o fisioterapeuta dela.
- Any Oh na na, half of my heart is on Any oh na na! - Josh cantarolou e Sabina corou.
- Tenho certeza de que a música não é assim. - Ela disse.
- Para você é. - O garoto respondeu rindo.
- Chancho, você gostou do "meninas levadas 3"? - Joalin perguntou e Sabina arqueou uma sobrancelha.
- O que é isso? - Indagou, levando uma pipoca até sua boca.
- O curta-metragem que te comprei para se auto foder. Pensei que precisava, não sabia que você e Any já estavam na fase dos amassos.
- Onde você deixou isso? - Sabina perguntou aterrorizada, provavelmente todo o sangue de seu corpo havia desaparecido, pois a garota estava pálida.
- Lá em cima com nossos film... - Sua voz se perdeu no ar ao ver Sabina correr escada acima quase na velocidade da luz.
- O que deu nela? - Noah perguntou confuso.
- Só Deus entende a Chancho, cara. - Ela disse rindo.
Sabina podia jurar que nunca correu tanto em toda a sua vida, mas quando alcançou a maçaneta da porta e a abriu percebeu que era tarde demais: Any estava em pé, escorada nas muletas, com os olhos vidrados na tela da TV, onde duas garotas nitidamente transavam.
Sabina correu até a TV e a desligou às pressas, parando na frente de Any e colocando a pipoca sobre a cômoda. Um suspiro longo se esvaiu de seus pulmões.
- No começo eu pensei que uma estava machucando a outra. - Any disse.
- Por quê?
- Porque ela gritava igual uma hiena. - Any disse, fazendo Sabina rir ao imaginar o tipo de curta que Joalin havia alugado.
- Desculpe por isso, amor. - Sabina disse sinceramente, levando uma mecha do cabelo de Any até atrás de sua orelha delicadamente. - Eu não sabia que isso estava ai.
- Bina, eu entendi que elas não estavam se machucando. - Any avisou.
- Eu trouxe pipoca, que tal um filme de romance? - Sabina disse envergonhada.
- E eu fiquei com vontade de fazer xixi. - Sabina lhe fitou.
- Acho que precisamos ter um conversa, hm? Eu e você sabemos que não foi isso que sentiu, mocinha. - Sabina disse e Any puxou Sabina pela cintura, enterrando seu rosto em seu pescoço.
- É um pouco estranho falar disso. - Any sussurrou, fazendo Sabina rir.
- Any Gabrielly com vergonha de falar algo? Isso é novo para mim. - Sabina disse rindo, segurando as duas muletas de Any e as encostando ali.
Ela levou suas duas mãos até a parte de trás das pernas da maior e a puxou para cima, fazendo-a envolver as pernas ao redor de seu corpo.
- Vem, vamos nos acomodar. - Disse, caminhando com Any em seu colo, a colocando com cuidado na cama ao chegarem nela e se deitando ao seu lado.
- Como é o nome disso que senti? - Any perguntou, olhando para Sabina.
- Tesão, desejo, excitação... - Sabina respondeu.
- Você poderia me ajudar, não é? - Sabina franziu o cenho.
- No quê?
- A ter um orgasmo, Bina. - Sabina quase se engasgou na própria saliva ao ouvir aquilo.
- Ny, sua sinceridade realmente me constrange às vezes. - Ela disse completamente enrubescida. - Naturalmente eu posso te ajudar, mas eu acho que ainda é cedo para fazermos isso.
- Por quê? A Hina disse que quando duas pessoas se gostam elas fazem isso e eu gosto de você e você de mim. - Sabina mordeu seu lábio inferior.
- Eu não sei o porquê, na verdade. - Sabina confessou. - Só sinto que ainda é cedo.
- Você não sente as florzinhas? - Any perguntou e Sabina sorriu.
- Sinto. - Sabina disse, dando um selinho em Any.
- Quando você me beija elas nascem lá embaixo também, mas você sempre foge de mim. - Any confessou tristemente e Sabina se ajeitou na cama.
- Quer saber por que eu fujo? - Any assentiu. - Porque eu fico muito excitada, mas não quero avançar as coisas apressadamente.
- Então não quer ficar comigo assim?
- Quero muito, mas acho que precisamos esperar mais um pouco. - Foi sincera.
- E o que eu faço com o que estou sentindo agora? - Any perguntou. - Porque incomoda bastante. - Confessou, se remexendo inquieta.
Sabina fechou os olhos e respirou fundo. O que fazer quando sua namorada está te dizendo que está excitada na sua cama, ao seu lado? Bem, Sabina sabia exatamente o que fazer, mas não achava que era certo ainda.
- Poderíamos assistir filme até sua mente se distrair. - Sabina sugeriu.
- Mas eu quero beijar você durante o filme. - Céus, Any não facilitava para Sabina.
- Você anda muito viciada em beijar, hm? - Sabina brincou rindo.
- Mas é só em você, Bina. - Any disse, juntando mais os corpos e dando um beijo no rosto de Sabina.
- Só em mim? - Sabina perguntou sorrindo.
- Sim. Eu gosto muito de você, sabia?
- Eu também gosto muito de você. - Sabina respondeu, sentindo Any tocar sua cintura.
- Eu sonhei com você essa madrugada.
- Ah é? E como foi o sonho?
- Estávamos em uma fábrica de chocolate e dentro de uma piscina enorme de chocolate também. - Falou com empolgação. - E você me ensinava a nadar e estava de maiô. - Sabina gargalhou.
- Você realmente gosta de me ver com maiô, não é? - Sabina perguntou entre o riso.
- Eu gosto muito. Muito mesmo. - Any disse e Sabina assentiu em meio a um sorriso.
- Quando você estiver andando sem muletas eu te levo em uma praia, mas só no verão, está bem?
- Sim. Você estará de maiô?
- Não. Estarei de biquíni. - Sabina disse e os olhos de Any cintilaram.
- Siliiiim. - Any gritou empolgada, fazendo Sabina rir novamente. - Me dá um beijinho para selar a promessa?
- Ah, então agora não é mais de mindinho? - Sabina perguntou arqueando uma sobrancelha.
- Sim, mas eu quero um beijo. - Any disse, depositando um beijo sem malícia no pescoço de Sabina, mas que foi o suficiente para fazê-la suspirar.
- Certo. - Sabina disse, se inclinando e dando um beijo em Any. Algo no beijo de Any lhe dizia que seria difícil passar o fim de semana sem explodir interiormente.
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Em um piscar de olhos || Sabiany
FanfictionAny Gabrielly tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o cami...