As garotas se beijavam com afobação enquanto um filme qualquer rodava na televisão. Sabina mal podia respirar, mas se negava a parar de beijar Any.
A garota gemeu baixinho quando Any arrastou as unhas em suas costas por baixo da blusa e não resistiu em apertar com vontade a cintura de sua namorada, acariciando a barriga lentamente.
- Bina, por favor... - Any sussurrou em um choramingo, enquanto Sabina desceu uma trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.
Sabina queria, Any queria, então por que não?
Foi o pensamento impulsivo de Sabina que a fez deslizar sua mão para dentro da calça de moletom que Any usava, a acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.
"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não vou ir mais além." Repetia em seu interior como um mantra.
- Isso é bom... - Any gemeu baixinho, abrindo inconscientemente as pernas e fechando os olhos para desfrutar do toque de Sabina.
- Eu vou te ajudar a parar a vontade, está bem? - Sabina murmurou, vendo Any assentir e voltar a colar as bocas.
Os dedos de Sabina começaram a massagear o clitóris de Any por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.
- Bina, isso é muito gostoso... - Any gemeu, mordendo o lábio inferior de Sabina para abafar um gemido alto. Sabina acelerou os movimentos, sentindo as unhas de Any se arrastarem em suas costas.
- É? - Sabina perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.
- Sim, você está se aproveitando de mim. Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.
Aproveitadora.
Aproveitadora.
Os olhos se abriram e Sabina se sentou na cama, olhando tudo em volta. Maldito pesadelo dos infernos!
Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar.
Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Any havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Any ou Priscila a acusavam de ser aproveitadora.
Ela sabia que não era, mas sabia que estava há tempo demais sem ter um orgasmo. Provavelmente era por isso que estava tão frustrada ultimamente.
Isso acabaria ali, pensou.
Sabina retirou toda a sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Any, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Sabina iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.
A garota suspirou e focou em Any: Não seria errado se masturbar pensando nela agora, seria? Afinal ela não era tão inocente naquele assunto mais e já havia deixado claro para Sabina que se excitava com ela. Tal pensamento fez Sabina descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumecido e ela o apertou levemente, enquanto sua outra mão escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.
Ela não precisava de muito, estava completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Any, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.
Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Sabina introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos.
Ela começou um delicioso movimento de vaivém e, com o polegar, acariciava seu clitóris. Acelerou os movimentos quando sentiu que estava na borda, seu corpo já estava suado pelos movimentos rápidos e graças ao calor que a inundava, mas não estava sendo o suficiente, então apertou seu seio com mais vontade e retirou os dedos de dentro dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com os dedos que antes estavam em seu interior.
Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão.
Estava chegando.
Estava chegando.
Podia senti-lo.
Todavia, batidas na porta a fizeram pular assustada.
- Quem é? - Sabina perguntou, sentindo a frustração e o mau humor inundarem cada célula de seu ser.
- Any e Priscila estão lá embaixo. - Noah gritou de volta, fazendo Sabina estranhar. Era sempre ela que ia buscar Any.
- Avise-as que vou tomar um banho bem rápido e em um segundo já desço. - Disse, recolhendo suas roupas do chão. - E diga para ficarem à vontade. - Avisou por fim, indo em direção ao banheiro.
Ela não conseguiria terminar o que havia começado, nunca funcionava por pressão, então nem se daria ao trabalho de tentar.
[...]
- Oi, coisa linda. - Sabina disse assim que desceu da escada, dando um selinho em Any, afinal Priscila já havia se acostumado, porque Any se recusava a ter uma despedida sem um beijinho decente, como costumava chamar. - Olá, Priscila. - Sabina disse, dando um beijo no rosto da mulher.
- Olá, criança. - Priscila respondeu gentilmente. - Não precisa fazer essa cara, só vim porque Any alegava estar com saudades e queria te contar a novidade. - Falou rindo ao ver a expressão preocupada no rosto de Sabina.
- Novidade? - Sabina perguntou confusa, mas paralisou ao ver Any se levantar do sofá e caminhar pela sala. Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.
- Oh meu Deus... - Ela disse incrédula. - Eu estou... Estou tão feliz. - Sabina exclamou, vendo Any se aproximar dela e tocar seu rosto delicadamente.
- Por que está chorando, Bina? - Any perguntou, enxugando uma lágrima do rosto de Sabina.
- Porque a minha namorada está complemente bem e isso faz muito feliz meu coração. São lágrimas de alegria, sua boba. - Sabina explicou, colando sua testa na de Any.
- Agora eu vou poder descer as escadas e preparar nosso café da manhã igual você faz para mim. - Any disse sorrindo.
- Sabina será que podemos conversar um momento antes de eu ir? - Priscila perguntou e Sabina assentiu.
- Claro, como está? - Sabina perguntou, dando um selinho em Any e acenando com a cabeça para Priscila a seguir até a cozinha. - Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana
todo.- Any anda exigindo uma certa liberdade normal para sua idade, prefiro não atrapalhar. - Priscila disse sem jeito, se ajeitando em uma das cadeiras dali. Sabina imitou seu movimento e também se sentou.
- Imagina, Any adora sua companhia e eu também. Não se preocupe com isso. - Sabina disse, segurando a mão da mulher.
- Acredito que precisem de um momento de privacidade e, bem.... - Ela limpou a garganta. - Meu limite de constrangimentos foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. - Replicou rindo e Sabina assentiu.
- Bem, sobre o que queria conversar? - A mais nova perguntou.
- Sobre, hm, vocês. - A mulher disse envergonhada. Sabina arqueou uma sobrancelha. Sobre elas?
O que Priscila teria para falar, afinal?
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Em um piscar de olhos || Sabiany
FanficAny Gabrielly tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o cami...