Tinha sido um longo dia. O trabalho pareceu durar uma eternidade, especialmente quando ocorreram circunstâncias inesperadas, como ter que estender mais quatro horas extras do expediente para concluir o próprio trabalho e o do amigo.
Jeongguk teria amaldiçoado Namjoon pelo aviso repentino de ter que sair com Seokjin, mas ele era o tipo de pessoa que entendia a situação em que os dois se encontravam. O casal tinha pouco, quase nenhum tempo juntos, pelo turno de Seokjin no hospital terminar altas horas da madrugada.
Era gentil demais para dizer não e, secretamente, ficava realmente feliz sempre que os dois tinham algum tempo juntos, embora nunca admitisse isso para Namjoon, que definitivamente usaria aquilo como um meio de desabafar abertamente sobre sua vida amorosa e sexual.
As horas extras de trabalho o prenderam no escritório até meia-noite. Seu pescoço doía e todo o seu ser estava exausto pelo árduo dia de trabalho. Mal podia esperar para chegar em casa, tomar um belo banho quente e, finalmente, aconchegar-se com sua pequena família.
Meia-noite e meia, ele entrou em casa em silêncio, suspeitando que seus dois amores estivessem dormindo. Mas assim que fechou a porta da frente, seus ouvidos captaram o que parecia ser uma lenta balada de blues tocando na sala de estar. Em passos curiosos, seguiu cautelosamente em direção à música, apenas para encontrar a cena mais bonita que já tivera o prazer de testemunhar.
Banhado por lâmpadas noturnas alaranjadas e a pálida luz da lua, seu doce marido ninava sua preciosa filha enquanto dançava lentamente e murmurava uma das antigas canções de vinil, passando os dedos pelos cabelos da bebê suavemente e acariciando gentilmente suas pequenas costas para fazê-la dormir. Ela fazia alguns barulhinhos quando o zumbido da voz do pai lhe faziam cócegas na têmpora, os punhos minúsculos se fechando para agarrar-se ainda mais ao pai enquanto parecia apreciar os delicados movimentos dele.
Jeongguk já havia testemunhado e experimentado muitas coisas em seus 30 anos, como festas de aniversários e festivais que sua família dava todos os anos com as pessoas mais importantes de sua vida. Comeu a comida mais deliciosa que o dinheiro pôde comprar e o paladar pôde degustar. Viu diferentes tipos de pôr do sol em 48 países diferentes ao redor do mundo. Viu sua irmã toda arrumada para seu casamento, tão linda, feliz e apaixonada. Ele até viu seu grande amor andando em sua direção no altar para dizer "Sim", parecendo um verdadeiro anjo caído do céu. E, embora a última memória chegue muito perto, Jeon concluiu que nada poderia se comparar à cena à sua frente.
Jeongguk soube que foi pego em flagrante quando suspirou de amores, pois agora havia um par de olhos castanhos cansados, mas deslumbrantes, do marido o encarando. Seu Taehyung, com os cabelos desgrenhados, os olhos caidinhos com bolsas ligeiramente escuras, mas rosto com o sorriso mais puro, pele morena e macia, vestindo nada além da camisa de algodão de Jeon, enquanto segurava sua preciosa Yerim com uma mão atrás da cabeça minúscula e um braço que segurava seu pequeno corpinho. Seu Taehyung e sua Yerim. Sua pequena família, sua vida.
— Você está em casa. — Taehyung sussurrou, enquanto seu rosto cansado abria ainda mais seu sorriso tímido.
— Desculpa, meu amor, por ter chegado tão tarde. Namjoon esqueceu de me avisar que Seokjin fez reservas para eles em um restaurante. Disse que precisava de uma hora e meia para se arrumar. — O Kim riu.
— Estou realmente feliz em saber que eles finalmente conseguiram um tempo para ficarem juntos. — Falou, ainda de forma baixa. — Namjoon sempre fica de mau humor quando Seokjin lhe manda mensagem avisando que cumprirá um longo turno.
— Eu sei. Por isso mesmo que o deixei sair. Minha sanidade estava prestes a ir pelos ares quando ele me contou em detalhes o que Jin fez com ele no dia dos namorados. — Fez beicinho, dando um grunhido pesado. O mais velho riu da ação, achando as caretas infantis e a manha do marido agradáveis.
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Hayran Kurgu[TAEKOOK | ONESHOT] Onde, para Jeongguk lar não era um lugar, mas sim dois amores.