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Finney's point of view

21/05

Hoje começa a segunda fase das aulas de surf, aquela em que o Matt deixa eles sozinhos na água.

Estou ajudando Robin a passar protetor solar nas costas, por mais incrível que pareça o Hopper não veio hoje.

e quando o Bruce olhou pro Vance daquele jeito — Robin contava animado sobre a noite de ontem — cara, eles precisam ficar juntos logo.

"A gente também"

É o que penso, mas não falo.

a química deles é surreal — a nossa também — você precisa convencer o Vance a pedir ele em namoro.

e você acha que eu não tentei? — ele se vira indignado — ele é cabeça dura, acha que o Bruce merece "coisa melhor que ele" — faz aspas com os dedos.

Antes que eu possa responder Matt chama todos, está na hora.

vai ficar de olho em mim, certo? — Robin pergunta já segurando sua prancha.

eu sempre fico — respondo e dou uma piscadela.

Jurei ter visto ele corar antes de se virar rapidamente, correndo em direção ao mar.

Correndo em direção ao mar.

Isso seria uma coisa impensável sobre Robin no mês passado, ele evoluiu muito, tá conseguindo deixar seus traumas e medos pra trás aos poucos.

E eu tenho muito orgulho dele por isso, sei que a vida dele não é fácil.

Tento afastar os pensamentos sobre o mexicano, agora eu preciso trabalhar.

Por mais que eu queira não posso ficar de olho só nele, existem outras pessoas no mar.

Me aproximo até meus pés tocarem a água e cruzo os braços, atento a qualquer sinal de problema.

O mar está calmo hoje, o que significa que pra pegar uma onda vai ser demorado e difícil.

Me assusto quando Matt aparece do meu lado segurando duas cadeiras, logo ele estende uma pra mim.

Arellano então? — ele pergunta já sentado, faço o mesmo.

como? — olho pra ele sem entender.

eu percebi sabe, já tem um tempo que você olha pra ele — ele volta seu olhar pro mar, para os meninos — e nesses últimos dias você ficaram tão próximos.

Não sei o que responder.

se isso te ajuda — ele rompe o silêncio — eu acho que ele sente o mesmo.

Não sei o que responder, de novo.

E ele não insiste.

Depois de alguns minutos com a água parada as ondas começam a aparecer, então eu me levanto da cadeira e fico alerta.

Quando as ondas ficam altas o suficiente pra eles conseguirem pegá-las, o grupo começa a se mexer, menos Robin.

E isso me deixa aflito por um instante, e se ele‐

Meus pensamentos são interrompidos quando vejo ele pegar uma onda maior que a anterior.

Então ele só estava esperando.

Enquanto ele está em cima da onda eu começo a correr em direção a água.

Não é como se eu conseguisse me segurar.

A onda se desfaz e ele desce da prancha, vindo na minha direção.

por que veio? Eu consegui! Eu consegui pegar a onda! — ele se aproxima animado.

cala a boca Arellano.

É isso que falo antes de puxá-lo para um beijo.

Pensei no que Matt disse mais cedo, acho que isso me deu coragem o suficiente.

A princípio pensei que ele não fosse retribuir e uma onda de medo começa a subir sobre minha mente, mas logo ele segura minha cintura e aprofunda o beijo.

Era como se tivéssemos sendo atingidos por um raio, nesse momento eramos um só.

Minhas mãos em seu cabelo molhado e bagunçado, seus lábios salgados pelo mar e completamente convidativos.

Beijar ele é melhor do que pensei.

Claro que sim.

☆ ☆ ☆

The end.


MALIBU RESCUE - RinneyOnde histórias criam vida. Descubra agora