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Miguel me soltou do abraço e segurou minhas mãos, a alça da sacola que ele segurava estava roçando na minha mão.

Os olhos do garoto estavam me encarando profundamente me dando uma vontade de me olhar no espelho, será que o rímel borrou?

— Ele não vai sair em puni, tá bom hermosa? — Ele disse.

Miguel está pensando em tipo... Bater no Estevan?

— Espera! O que você está pensando em fazer? Não quero que se encrenque por minha causa!

— Não tem como eu me ferrar, não sou da sua escola. Se eu der uns soquinhos nele não vai acontecer nada. — Ele disse despreocupado.

— Não Miguel, você não vai dar soquinho em ninguém!

— Por que não? — Ele está indignado — Não pode ficar por isso mesmo!

— Eu não quero que se machuque.

— Você acha que aquele ameba me machucaria? Sério!?

— Não... Eu só não quero que se meta em brigas. Sei que é criativo e vai fazer isso sem violência. — Sorri para o moreno.

Ele revirou os olhos insatisfeito. Miguel queria meter a porrada no Estevan, eu também ia querer se mexessem com ele, mas violência não vai levar a nada.

— Tá bem...

— Fico feliz que entenda. — Eu chego perto dele e o dei um pequeno beijo na ponta de seu nariz.

Ele sorri contente.

— Que bom que está melhor. — Ele percebeu que meu rosto está mais iluminado do que antes, que parecia que uma tempestade atordoava minha mente.

— Você me deixa bem.

— Ninguém resiste aos meus encantos mesmo. — Ele brinca.

— Como você é convencido. — Nego com a cabeça rindo.

— Você que aumenta o meu ego. — Ele levantou as mãos se defendendo. Quando ergueu as mãos,a sacolinha que segurava esse tempo todo se levantou junto. Ele olhou para ela em sua mão e pareceu se lembrar de algo. — Nossa, quase me esqueci! Isso é para você. — Ele direcionou o sacolinha para mim.

Eu não entendi muito bem mas peguei a sacolinha e olhei o nome da loja que estava gravado nela, Doce mel.

— Antes de vir para o estúdio, eu passei nessa doceria. Foi a onde a gente comprou os chocolates que comemos no parque. Lembra?

— Claro que lembro! Também lembro que você não conseguia nem sentir o cheiro desses chocolates sem ficava com vontade de vomitar de tanto que comeu. — Eu ri de Miguel, que gargalhou junto.

— Exagerei aquele dia.

Olhei o horário no meu relógio e já estava na hora, precisávamos ir para o set de filmagens. Sem enrolação chegamos lá correndo para sermos pontuais.

Estou feliz que minha conversa com Miguel tenha sido tão boa. Estou me sentindo bem novamente. Minha mente não está mais me perturbando.

[...]

— Que bom que ficou tudo bem! — Maddy sorri. — Ainda não consigo acreditar que o Estevan seja tão babaca.

— Pois é...

As gravações já haviam acabado e o horário de ir embora chegou. Eu conversava com Maddy sobre o que tinha acontecido enquanto ela esperava sua mãe chegar para buscá-la, eu também estava a espera de Wilson.

Um carro prata estacionou no meio fio e Maddy se entristeceu um pouco.

— A minha mãe chegou, Sely. Até amanhã. — A garoto me abraça e em seguida corre até o carro de sua mãe.

Eu aceno para Maddy que devolveu o ato.
Atrás de mim, sinto alguém se aproximar e antes de me virar, braços rodearem a minha cintura. Era o Miguel, que começou a me balançar de um lado para o outro enquanto me abraçava por trás.

— Onde estava? — Perguntei.

— Conversando com Mason e Jacob. — Ele disse. — A partir de amanhã, o Jacob já não virá para o estúdio mais.

O que ele disse me acertou como um pequeno choque, eu tinha me esquecido que apartir dessa semana muitas pessoas do cast não viram ou compareceram com menas frequência, porque as gravações estão quase chegando ao fim. É bem tristes pensar que já está quase acabando.

— Eu espero que todo mundo não se afaste quando as gravações acabarem por completo. — Me viro de frente para ele e coloco meus braços em seus ombros o olhando nos olhos. Miguel permaneceu com as mãos na minha cintura.

— Não iremos, todo mundo acabou se apegando muito um ao outro. — Ele sorri.

— Verdade. — Sorri para ele também.

Ouço uma buzina e era Wilson que havia chegado. Pergunto ao Miguel se queria carona mas ele disse que seu pai iria buscá-lo.

Me despedi dele com um selinho e fui até o carro e entrei no mesmo.
De dentro do veículo vejo Miguel acenando para mim e eu retribuo.

Wilson ajeita o retrovisor para conseguir me olhar do banco de trás e diz:

— Sua avó é a segunda pessoa mais legal da família da sua mãe.

Eu dei uma risada. Adoro como ele fica avontade de dizer esses tipos de coisas da minha família para mim. Eu não me importo, eu concordo plenamente que a família da minha mãe é bem chata tirando a vovó.

— E quem é a primeira pessoa? — Eu falei entre risadas.

— Você, óbvio!

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Pra quem pediu, mais um capítulo!!

Muito obrigada amores!!!🥰💖

𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔// 𝐌𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥 𝐂𝐚𝐳𝐚𝐫𝐞𝐳   Onde histórias criam vida. Descubra agora