Estava no aeroporto, sentada de frente a uma janela enorme, que dava visão a vários aviões do lado de fora. Eu aguardava o meu vôo, até que, lembranças do dia que eu falei para o meu pai que queria morar com a minha mãe vieram em minha cabeça.
•Flashback•
Meu pai estava descendo as escadas, após Rita ter o chamado para o almoço. Enquanto a mim, eu esperava sentada na mesa já ansiosa.
— Olha só que beleza! Eu estava precisando da sua lasanha, Rita. — Ele dizia chegando perto da mesa e se sentando.
— Pai, eu preciso falar com você sobre um assunto bem importante, espero que preste atenção. — Minha expressão era séria, vendo-o pegar um pedaço enorme de lasanha, quase não deixando nada pra mim.
— Claro filha, pode falar.
— Então, a mamãe pediu para eu ir morar com ela. — Meu dito era a própria definição de curta e direta.
— O que!... — Ele se engasgou com a lasanha.
— É isso mesmo que você ouviu, ela me disse que conseguiu uma vaga pra mim em um filme, e para participar eu preciso ir morar com ela. — Explico a ele, que me olhava meio desacreditado.
— E você aceitou? — Sua surpresa era explicita, até parou de saborear seu prato favorito.
— Ainda não, disse que iria pensar.
— E então... você vai querer ir?
— Eu pensei muito, e sim, eu vou, porque é o meu sonho, e nunca se sabe quando eu vou ter uma oportunidade dessas de novo, e também, você tá construindo sua família e eu preciso construir o meu futuro. —Ditei exalando uma confiança inexistente em mim. Queria provar que não voltaria atrás com a decisão tomada.
— Filha, eu não vou te impedir e nem tentar te convencer a ficar, porque eu sei que esse é o seu sonho, mas quero que saiba que você nunca deixou de pertencer da minha família.— Com gentileza ele sorriu aí dizer. — Eu estou muito orgulhoso de você querida — Papai segurou minha mão que estava sobre a mesa.
— Por quê? — Seu último dito não havia feito sentido para mim.
— Porque está se tornando uma moça decidia e confiante, que não vai deixar de correr atrás de seus objetivos. — Uma alegria genuína preencheu meu peito. Um sorriso inevitável cresceu em meu rosto que logo é retribuído por ele.
— E quando você vai? Já tem uma escola boa nos Estados Unidos? Que filme irá fazer?... — Como uma metralhadora, papai disparava perguntas que eu ainda não obtia as respostas.
— Calma pai, eu ainda tenho que ligar para minha mãe falando que aceito ir, e lá iremos provavelmente organizar tudo isso, e não, eu não sei que filme irei fazer, mas espero que seja um bem legal.
— Entendi, já irei providenciar e organizar os seus documentos e te desmatriculas da sua escola.
Vou ficar com saudades quando você for filha. — Ele se mostrava cabisbaixo.— Eu também vou ficar, mas prometo te ligar sempre, e também você vai ter mais privacidade para morar com a Martha, já que as filhas dela estudam em um internato de segunda a sexta.
Uma risada abafada negando com a cabeça foi sua resposta, mas logo em seguida ditou:
— Então vamos comer, se não a lasanha vai esfriar.
Depois de almoçar, liguei para a minha mãe avisando que eu ia aceitar, ela fico bem animada por sinal.
Durante a semana eu me organizava para a viagem, que iria mudar a minha vida, escola nova, cultura nova, novas amizades. Nunca estive tão animado. Quando e quando a quinta-feira chegou tudo já estava pronto, e o vôo seria na sexta.
•Fim do flashback•
São ótimos lembranças, apesar da semana ter passado em um piscar com toda a correria, se preparar para uma viagem para outro país de última hora não nada fácil.
Submersa em meus pensamentos, escuto a funcionária do aeroporto falando no microfone, "as pessoas que estão aguardando o vôo 347, favor esperar próximos a portaria 7, pois em dez minutos iremos embarcar".
Ao ouvir isso vou em direção a tal portaria, esperando mais um pouco. Não demorou nada e eu já estava dentro do avião, coloco o meu fone, já que são oito horas de viagem, preciso de algo para a minha distração. Eu escutava Brooklyn baby- Lana Del Rey, no máximo, que sensação boa essa música me trás.
[...]
A viagem foi extremamente tranquila, nenhuma turbulência ou algo do tipo.
Desso do avião indo para a parte principal do aeroporto a procura de minha mãe, que combino comigo que iria me buscar.
Começo a olhar aos arredores e não a vejo, pego meu celular no bolso para ligar para ela.No momento que estava pondo o celular em meu ouvido a vejo também em minha procura, desligo o celular e vou até ela, que me vê se aproximar. Fico de frente a ela que me olhava com um sorriso, e logo me envolveu em um abraço.
— Minha querida, quanto tempo, já estava morrendo de saudades e tão bom vê-la assim tão linda.
— Eu também estava com muita saudades mãe. — Retribuo o abraço.
— Agora vamos pegar suas malas e ir direto para sua nova casa, você deve estar exausta. — Ela saiu do abraço começando a se direcionar para o local onde pega as bagagens.
Pegamos as minhas malas e fomos para o lado de fora, onde tinha um carro bem chique com um homem de terno na frente, eu e minha mãe chegamos perto do carro e o moço abriu a porta de trás pra mim e depois para minha mãe, que sentou na frente. Ele com certeza era um dos funcionários dela, minha mãe olhou para mim do banco da frente, e começa a falar:
— Selena, esse é o Wilson, o meu e agora seu também, motorista. — Ela o apresentava com um pequeno sorriso.
— Muito prazer em te conhecer, Selena. — o motorista falou me olhando pelo retrovisor do carro.
— Ah.... Igualmente, Wilson. — Eu simplesmente travei. Motorista? Que coisa incrível! Mas ao mesmo tempo estranha...
Depois disso a pequena viagem do aeroporto até a minha casa nova foi silenciosa, eu estava cansada, então fiquei vendo os prédios enormes que tinha pela janela. Em alguns minutos chegamos na frente de uma mansão linda. Eu estou doida para conhecer minha nova casa.
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𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔// 𝐌𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥 𝐂𝐚𝐳𝐚𝐫𝐞𝐳
Fanfictionsᴇʟᴇɴᴀ, ᴜᴍᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ ᴛᴀʟᴇɴᴛᴏsᴀ ǫᴜᴇ ᴠɪᴠɪᴀ ᴄᴏᴍ sᴇᴜ ᴘᴀɪ ᴇᴍ ᴘᴏʀᴛᴜɢᴀʟ ʀᴇᴄᴇʙᴇ ᴜᴍᴀ ᴏᴘᴏʀᴛᴜɴɪᴅᴀᴅᴇ ɪɴᴅɪsᴘᴇɴsᴀ́ᴠᴇʟ ᴅᴇ sᴜᴀ ᴍᴀ̃ᴇ ᴀᴜsᴇɴᴛᴇ ǫᴜᴇ ᴍᴏʀᴀ ɴᴏs ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, sᴜᴀ ᴠɪᴅᴀ ɪʀɪᴀ ᴍᴜᴅᴀʀ ᴄᴏᴍᴘʟᴇᴛᴀᴍᴇɴᴛᴇ, ᴍᴀs ɪssᴏ ɴᴀ̃ᴏ ᴀ ᴀʙᴀʟᴀ ᴇ ɴᴇᴍ ᴀ ɪᴍᴘᴇᴅᴇ ᴅᴇ ɪʀ ᴀᴛʀᴀ́s ᴅᴇ sᴇᴜs sᴏɴʜᴏ...