𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔// 𝐌𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥 𝐂𝐚𝐳𝐚𝐫𝐞𝐳

•31•

Eu estava entrando no estúdio ao lado do Tristan e do Brady, que aviam chegado no mesmo momento que eu, íamos conversando até os camarins.

— Eu estou viciado em uma música, sério! Não paro de ouvir. — Tristan falava animado.

— Qual é? — Eu o pergunto.

— Não é aqueles k-pop não, né? — Brady diz de uma forma engraçada, me fazendo rir.

— Não! É uma música brasileira, ela é muito boa, chama "parado no bailão". — Ele pegava o celular do bouço para mostrar para a gente. — Olha só.

— Você sabe a tradução dessa música? — Brady o pergunta.

— Não... — Ele o responde depois olha pra mim. — Sely, você sabe, não é? Você é portuguesa deve saber um pouco da tradução. — Ele fica animado.

— Assim né... — Dou um sorrisinho. — O português do Brasil é bem diferente do de Portugal, eu não sei muito a tradução. — Eu sabia o bastante para deixá-lo assustado com a tradução, Tristan provavelmente pensa que é algo mais leve. Tadinho.

— Ah, então depois eu pesquiso.

— Sua conta em risco. — Rio dele e ele ficou sem entender.

Seguimos para os camarins para nos arrumarmos. Ainda não tinha visto o Miguel, estava com vontade de vê-lo, já estava com saudade, era engraçado.

Pensando nele, assim que sai, vi ele vindo em direção do meu camarim, Miguel já estava arrumando com as roupas do Robin, uma regata, calça jeans e a bandana, que o deixa ainda mais lindo.

— Mary Colter, como vai? Sabia que hoje irei dar uma surra em um moleque antes da aula? — Ele falava de um forma engraçada, me chamando pelo nome da minha personagem chegando perto de mim.

— Olá Robin Arellano, eu estou bem! Eu não fiquei sabendo disso. — Eu entro na brincadeira dele.

— Pois é, você tem que estar lá para assistir.

— Eu irei sim! assistirei você deixando o rosto do garoto todo arrebentada.

— Então estarei te esperando lá. — Ele pisca um olho começando a rir e eu também.

— Isso está no roteiro? — A gente ria.

— Não, mas poderia. — Ele estava com um lindo sorriso. — Ficou muito bom!

— Ficou ótimo! — Falo irônica com um sorriso. A gente se encarava com sorrisinhos.

— Agora falando sério, como você está? — Seus olhos ainda estavam centralizados apenas em mim.

-—Bem, e você?

— Ótimo, só a Alondra que não para de me encher me perguntado quando você vai voltar lá em casa.

— Sério? Que fofa! Também estou com saudades dela.

— Depois você tem que ir lá, Enzo e Paloma também querem comer mais da sua pipoca, eles viraram fãs dela. — Ele ria.