— Como é seu nome? – Indaguei, curiosa.
— Nikki Good, prazer. – Ela respondeu, se aproximando e estendendo a mão para mim, levei o olhar da mão dela até os seus olhos, voltando a sua mão, levantando a minha e apertando em seguida.
— Me chamo Ronnie Osborne.
— Sim, eu sei. – Ela soltou minha mão, abrindo um sorriso de canto de lábios antes de continuar. — Estamos todas reunidas aqui hoje essencialmente por sua causa para ser sincera. – Olhei de esguelha para minha mãe que estava reluzindo de felicidade e continuei.
— Minha mãe chamou todas vocês?
— Isso, sempre que uma bruxa se une a nos, devemos nos conhecer. Somos o seu coven afinal.
— Coven?
— É como se chama a agregação e reunião de bruxas.
— Compreendo. – Olhei para as outras bruxas as quais anteriormente estavam interessadas em conversar entre si, e agora me olhavam. — Vocês me conhece mas não conheço vocês, poderiam... – Fui interrompida pela moça que abriu a porta para nós.
— Nos apresentar? – Ela riu, antes de prosseguir. — Estávamos esperando você se situar antes de começarmos as apresentações.
— Eu me chamo Ágatha Bishop. – anunciou outra, que se seguiu um após o outro na sequência de quem estava ao lado.
— Eu me chamo Emmett Carrier. – O primeiro homem do grupo se pronunciou.
— E eu, me chamo Glinda Nurse. – Ela sorriu da forma mais carinhosa de todos desde que cheguei, afirmando com a cabeça antes de seguir para o próximo da linha.
— Rilian Howe, ao seu dispor.
— Lena, ele deve ser descendente da sua família. – Olhei de esguelha para ela, que assistia tudo em silêncio e atentamente, afirmou com a cabeça e voltei a olhar o Rilian sabendo que estaria estampado sua confusão. Pelo menos era o que imaginava estar. — Minha melhor amiga é uma fantasma, Lena Howe.
— Sim, ela está na minha árvore genealógica.
— Gavin Martin. – Soltou, impaciente.
— Fionnuala Eastey. – Disse o seu após revirar os olhos para o Gavin, certamente devem se detestar.
— Ariadne Waterhouse.
— Espere, você é descendente da “Mãe Waterhouse”?
— Isso, e diferente das referidas e referidos até então, minha antecedência é da Inglaterra.
— E a minha da Polônia – Virou o rosto de lado num sinal de fazer o que, prosseguindo. — Sou Eva von Borcke.
— Caillach la Barthe, da França. Sim, minha mãe era fascinada pela cultura irlandesa, e Caillach é uma Deusa da Cultura Celta e Irlandesa.
— Interessante demais. – Complementei empolgada e ela soltou uma gargalhada.
— Sim, eu sei! – Respondeu com empolgação, acenou com a cabeça para a já pronunciada na roda antes de prosseguir. — A da Glinda também é interessante, a mãe dela era apaixonada em O Mágico de Oz.
— Porque você sempre tem que me citar quando fala de onde seu nome surgiu? – Revirou a sua pupila dentro do globo ocular. — Prossigam para terminamos as apresentações, tenho certeza que ela sequer vai lembrar o nome de todo mundo quando acabarmos.
— Sussannah Boyman, Escócia.
— Faranee Göldi, Suíça.
— Caspian Bernauer, antecessora da Alemanha.
— E por fim não menos importante, eu, querida Agnes Zdunk da Prússia Oriental.
— Uau, realmente tem de todos os lugares.
— Sim, somos todas descendentes daquelas que morreram por ser bruxa de alguma forma. — Respondeu Emmett, com seu olhar curioso sobre mim, me analisando de cima a baixo que fez sentir um arrepio na nuca.
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Serpentear em Escuridão
FantasyRonnie Osborne, é uma artista aspirante a escritora e descendente de uma Bruxa de Salém. E com isso, desde criança, ela aprendeu a conviver com o fato de que não era apenas uma criança comum, mas uma criança que via fantasmas. Após se abrir com sua...