REVENGE - Joseph Quinn

See you again?

Esses últimos dois dias foram bastante agitados, desde o ocorrido na cafeteria com o tal Joseph, não o encontrei novamente e talvez não o visse mais, não sei porque ainda penso nisso. Foca Giana, você não tem tempo pra isso.

  Estou dirigindo até o local que iria ocorrer o show do meu perfeito Bruno Mars, mal posso esperar pra respirar o mesmo ar que aquele homem e gritar ate faltar ar do meu pulmão o quanto ele é gostoso.

  Chegando lá, tava lotado, como o esperado, sem companhia alguma decidi ir ao bar ao lado da entrada, pedi uma cerveja, e uns bombons sabor menta. Tinha alguns casais ao meu lado, e outros quase se devorando no canto do bar, é sério? Em plena luz do dia ainda são 17:30 da tarde, juro que depois disso, nada mais me surpreende. Mas com certeza eu me surpreendi -ainda mais- após isso.

— Com licença, pode me passar seu número? -  sim, era ele, entre bilhões de pessoas no mundo, justamente Joseph Quinn estava aqui, bem na minha frente. O desgraçado mais lindo que meus olhos ja viram, ele estava todo de preto, cabelo todo pra trás, apenas com uma mecha caída em sua testa e tinha um sorrisinho de lado ao falar. Ele era capaz de ficar ainda mais bonito do que imaginei.

— Não vai dá. Não passo meu número para estranhos. - digo brincando, ele faz uma expressão com a mão no peito como se tivesse sido atingido.

— Então ainda sou um estranho? Poxa, achei que te fazer companhia no café teria sido o bastante.

— Não sabia que era fã de Bruno Mars. - digo bebendo direto da garrafa de Heineken e ele manteve seus olhos em cada movimento meu. Admito que gosto disso e gosto ainda mais do seu olhar sobre mim.

— Imagina, só vim aqui pra te ver.

— To começando a achar que isso é verdade, primeiro na cafeteria, agora aqui. Está me perseguindo, Quinn? - arqueei a sobrancelha, o que arrancou uma risada dele.

— Posso está, posso ser um stalker.- disse e virou pra o barman pedindo uma bebida, que logo vi que era igual a minha. — Curto Bruno Mars, o cara sabe encantar, além de ser extremamente gato, como pode?.- isso me fez rir novamente, to me odiando por ceder tanto à ele. Mas tínhamos algo em comum, concordamos que o Mars era realmente um deus grego, esculpido por anjos, tal como Quinn, mas ele não precisa saber disso.

  Ouvimos ao fundo a produção anunciando que Bruno entraria em menos de 5 minutos.

— Você vem? - pergunto a ele e me levantando indo em direção ao palco.

— Estou logo atrás de você. - disse me seguindo.

Aquele fim de tarde, parecia diferente, o céu parecia ter mais vida, em dois tons, uma mistura linda do azul marinho com o azul mais claro sinalizando que já estava anoitecendo, a galera gritava cantando e alguns ate choravam. Ligamos a lanterna quando o sol se fez ausente, e direcionamos ao palco, onde Bruno Mars cantava It Will Rain, olhei pra Joseph, seus olhos brilhavam como as lanternas ao redor, ele sorriu pra mim e retribui e tornamos a cantar junto de todos e de Bruno Mars. Joseph em momento algum saiu de perto de mim, segundo ele, ali na multidão, seria perigoso pra uma garota andar sozinha. Pelo visto éramos dois solitários curtindo a companhia de cada um.

— Meus saltos estão me matando. - eu não aguentaria mais um minuto em pé, com aquele salto. Em que momento eu achei que fosse uma boa ideia vir com eles pra um show?

— Vem cá. - Joseph me guiou ate um banco alto do bar, e la tirou meus saltos, colocando um dos meus pés em suas pernas. — Não é uma boa vir de salto fino à shows, patricinha - disse fazendo massagem em um dos pés que estava vermelho.

— Obrigada por me avisar. - fiz uma cara de tédio pra ele. — Isso ta muito bom. - disse fechando os olhos e jogando a cabeça pro lado.

— Você vai ter que voltar descalça pra lá. Não vamos terminar a noite assim, não é? - disse ele, me olhando e logo em seguida pedindo um gelo, que assim que o barman trouxe colocou no calo que havia formado. Que amor, ele tá realmente perdendo tempo passando gelo no meu pé enquanto poderia está curtindo e flertando com várias garotas que por hora fuzilavam ele com os olhos.