Vou retomando minha visão, avisto meus pais, dormindo. Logo a sensação de que tudo aquilo foi real, e não um pesadelo, me invade.
Eu estava ansiosa, os aparelhos cardíacos apitam indicando que algo não estava certo, meus pais correm até mim e apertam um botão.
— Fique calma, querida. Fique calma. Já passou. - meu pai falava tentando me acalmar.
Por outro lado, minha mãe apenas me olhava assustada segurando em minha mão, apertando-a.
As enfermeiras chegam, pedindo o mesmo que meu pai, me deram uma dose de remédio para ansiedade.
Eu me encostei novamente na cama, recuperando o ar aos poucos. Mas eu ainda tinha duvida.
— Cadê o Joseph? - pergunto, meus pais se entreolham.
— Cadê ele, caramba? - pergunto novamente, impaciente.
— Filha, ele precisou resolver umas coisas na polícia. - papai fala. — Provavelmente será detido.
— Preso? - não pode ser, eu estava magoada, mas não queria isso. Não pra ele.
— Papai, por favor.. - eu sei que ele tem moral o suficiente pra fazer o que eu queria que fosse feito.
— Preciso que você descanse, filha. Irei resolver isso, apenas descanse. - diz. Eu confio nele, sei que ele não mentiria pra mim. Pelo menos, eu acho.
— Eu confio em você. - dou um sorrisinho pra ele e tento dormir para descansar.
...
Já havia passado umas três horas, de acordo com minha mãe, que papai havia saído pra ir resolver tudo.
A porta da sala se abre.
— Querida, - era meu pai. — tem alguém querendo falar com você.
Provavelmente meu pai já sabia de tudo, e até conversado com Joseph sobre, pelo que conheço ele. Mas eu ainda não sei direito, eu preciso mesmo conversar com ele. Mas não aqui.
Joseph entra, meu coração acelera, não com ansiedade, mas porque finalmente eu estava com ele, ali, sem ninguém pra atrapalhar, xingar ou nos tirar do sério.
— Papai, mamãe, vocês podem nos da licença? - peço.
Eles apenas assentem com a cabeça, minha mãe ainda tinha receio, ela olhou pra mim, olhou pra Joseph e saiu.
— Oi. - ele disse. — Como está se sentindo?
— Sinceramente? Me sinto melhor do que dentro daquele galpão.
Ele rir de lado.
— Me desculpa, Giana. - ele chega perto, pegando em minha mão.
Suas mãos tremiam, eu não sei mais o que pensar, algo me dizia pra acreditar nele. Seus olhos não tinham maldade nenhuma, pelo contrario, havia lágrimas, algumas ja até desceram.
Porém eu ainda tinha medo.
— Você não pode viver se desculpando. - digo.
— Eu sinto que te perdi de alguma forma. - diz ele, me olhando.
— Você nunca me teve de verdade, Joseph. - minha voz sai como um sussurro. Trêmula. Ficamos em silêncio por um tempo. Ele parecia fraco.
— A gente precisa falar sobre isso.- ele ainda segurava minha mão.
— É, eu sei. Mas não quero ter essa conversa agora. Por favor. Só fica aqui ao meu lado.
Ficamos ali, apenas nos olhando, ele fazia carinho em meus dedos. O efeito do remédio ainda fazia efeito em meu corpo, então me entreguei ao sono novamente.
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REVENGE - Joseph Quinn
FanfictionGiana Grove, 27 anos Joseph Quinn, 28 anos De um lado, Giana Grove, médica, que vem de uma família conhecida, filha de Diana e Gerald Grover. Do outro, Joseph Quinn, um garoto que tinha sede de vingança, junto de seu irmão Antony por um acontecido...