It's such a cliche...

Capítulo 4

boa leitura ;)

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- A ideia é tentadora. Você está irresistível – Eve desce os olhos pelo corpo dela mais uma vez - Mas eu quero ir no meu show.

Eve finaliza com um sorriso sacana e dá um pequeno passo para trás.

Villanelle não fala nada e, mantendo um olhar em Eve, ela abre a porta do carro para a mulher.

- Então vamos para o show!

- Saiba que depois eu vou cobrar o que você me prometeu.

Eve finaliza com uma piscadinha e Villanelle abre um sorriso confiante.

Os poucos segundos que Eve fica sozinha no carro, enquanto aguarda a loira entrar, foram suficientes para ela se recuperar daquele desejo louco que a consumiu tão de repente.

Seu olhar tenta focar no interior luxuoso daquele veículo para se distrair, mas Villanelle logo entra no carro também.

O trajeto para o estádio foi carregado de tensão.

As mulheres mantiveram uma conversa tranquila sobre o seu dia, mas o desejo sempre presente.

Diversas vezes Villanelle quis entrelaçar sua mão com a de Eve, mas ela se segurava no último segundo.

Não é que ela se sentiu insegura, o problema era que a tensão naquele carro estava tão palpável que ela temia que o mínimo contato que fosse entre elas desencadeasse algo devastador.

Algo que ela não conseguiria parar.

E seu objetivo maior ali era que Eve se divertisse no show de sua banda favorita.

Ao se aproximarem do entorno do estádio o movimento de carros e pessoas estava grande.

Mas graças ao acesso vip de Villanelle, as mulheres logo estavam nos seus lugares bem em frente ao palco.

Nenhum detalhe passou despercebido por Eve, desde a entrada exclusiva do estacionamento até a vista privilegiada do palco que elas tinham.

Foi nesse momento que todas as suas suspeitas sobre quem seria Villanelle se confirmaram.

Influência. Dinheiro. Poder.

Isso a assustou um pouco, mas ao olhar para uma Villanelle relaxada e com um sorriso lindo bem ao seu lado, todos os temores foram embora.

Ela sentia que Villanelle era muito mais que aquilo.

O show teve início no horário marcado e Eve foi à loucura com toda aquela emoção.

Ela pulou, dançou, cantou, surtou.

Sempre acompanhada por Villanelle.

Por mais que a loira não fosse tão fã da banda, ela se entregou ao momento contagiada pela energia de Eve.

Ao longo da noite, Villanelle foi se sentindo mais confiante e dando pequenos avanços em relação a mulher.

Começou com uma troca de sorrisos seguida de trechos de músicas cantadas ao pé do ouvido.

Depois evoluiu para uma mão na cintura de Eve e eventualmente o encaixe do corpo dela no seu.

E assim elas ficaram boa parte do show, os corpos encaixados e se movimentando no embalo da música.

- Você não é fã deles, ne?

Eve pergunta no ouvido de Villanelle, devido à proximidade em que elas estavam.

- Eu gosto das músicas, mas não chego a ser tão fã como você.

Eve vira de frente pra ela, passando os braços em torno de seu pescoço.